Para Carol
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Eu não sabia dizer quanto tempo já perdi nas redes sociais lendo sobre Joel, principalmente após começarmos a nos ver. Não foi intencional, começou com o follow de uma fã, então um tweet aparecia, e então outro. Quando dei por mim grande parte da minha timeline era sobre ele e sua banda. É claro que quando as coisas entre nós começaram a ficar séria eu me afastei disso, e deixei de seguir suas fãs, evitando ver tudo o que podia sobre ele. Aprendi que a realidade era muito diferente da insinuação de fãs.
Joel era de fato tímido e fechado, e quando estava confuso murmurava palavras em espanhol, sem notar. Aquilo era engraçado, já que espanhol não era sua língua materna.
O principal motivo para eu ter me afastado dos comentários sobre Joel nas redes sociais era que a maioria das vezes que falavam sobre ele era assuntos íntimos. Estando iniciando um relacionamento com ele me fazia querer ficar longe do que as pessoas pensavam e suspeitavam de como ele era na cama, e coisas afim.
— O que esta pensando? — perguntou Joel, se desencostando do batente da porta e vindo em direção a cama.
— E como você estava maravilhoso essa noite. — Me ajoelhei na cama, ficando na altura de Joel. Ele veio até mim, me dando um selinho. — Ta cansado?
— Até que não. Dormi na van.
Soltei um suspiro, me sentando sobre minhas pernas, olhando Joel.
— O que foi? — perguntando, tirando o boné e arrumando o cabelo, logo o colocando de volta.
— Você ta muito gato com essa roupa — respondi, completamente indignada com aquela beleza.
Joel jogou a cabeça para trás, soltando uma risada.
— Meu Deus, Carol — falou, vindo até a cama outra vez. Colocou um joelho no colchão e se inclinou em minha direção, me dando um selinho mais demorado dessa vez. — Vou só tomar um banho e vamos ver o filme que combinamos, okay?
— O que? — Fingi uma cara de espantada. Ele vestia uma calça branca, com uma lista preta em cada lado. Uma blusa moletom branca com listras e um boné preto completavam o que tinha usado para se apresentar essa noite. Deixar ele tirar aquela roupa? Para tomar banho que não seria. — Que tomar banho e ver filme o que menino.
Tirei seu boné, o jogando para trás, e segurei em sua nuca, o puxando para mim. Joel tentou apoiar as mãos no colchão, mas não conseguiu, e caímos na cama, com seu corpo sobre o meu.
Minhas mãos subiram por sua nuca, meus dedos se entrelaçando em seu cabelo, enquanto Joel me beijava. Sua boca tinha gosto de limão e era gelada contra a minha, me causando arrepios.
Ele levantou a mão, a subindo pela parede, os dedos passando pelo interruptor de luz, a apagando. Apenas a luz roxa do teto iluminava o quarto agora, com pequenos feixes, quase insignificantes.
Coloquei a mão dentro de seu moletom, o subindo e descobrindo que ele não usava nenhuma blusa por baixo. Ele levantou os braços, me ajudando a tirar a roupa de seu corpo.
Joel voltou a apoiar seu corpo sobre o meu, e por cima da minha blusa eu conseguia sentir sua pele quente. Seus dedos, assim como sua boca, eram gelados, mas todo o resto do seu corpo parecia ser febril.
Ele desceu seus lábios por meu pescoço, dando beijos por toda sua extensão, até minha clavícula. Uma de suas mãos entrou em minha blusa, subindo as pontos do dedos por minha cintura. A outra mão foi para minha coxa, percorrendo minha perna e a apertando.
Joel soltou uma risada ao finalmente ver que eu usava uma blusa sua, que ele lavou de forma errada e encolheu tanto que mal servia em mim.
Segurou na barra da blusa, a subindo de vagar, sua boca beijando a pele exposta da minha barriga conforme a blusa subia. Ele a puxou para cima, tirando ela de mim e jogando para trás.
Subindo de volta para meu rosto, Joel voltou a me beijar. Dessa vez sua pele estava contra a minha, ainda quente. O contato frio de seus dedos contra mim me causava arrepios.
Desci as mãos por seus braços, passando para sua barriga, a ponta dos dedos percorrendo seu abdômen até a barra de sua calça.
Quando eu estava prestes a abrir o zíper de sua calça alguém bateu na porta.
— Carol? — chamou meu pai.
Joel franziu a testa, rolando na cama e saindo de cima de mim.
— Como ele sabe que você ta aqui? — perguntou, se esticando e pegando seu moletom no chão.
— Com você na cidade, onde mais eu estaria? — Dei uma risada, me sentando na cama. — É isso que da namorar a filha do chefe, ele sempre vai achar a gente.
— É isso que da a filha do chefe me namorar.

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Girls
FanficEnquanto Christopher tentava superar o abandono da noiva, Zabdiel se sentia deslocado em uma festa, e Joel conhecia a nova moradora do seu prédio... A cada novo conto, uma nova e alternativa realidade de CNCO. Livro de oneshots.