children | jikook [revisada]

10 🐣

eu tentei dar o meu melhor para o último capítulo alcançar as expectativas que deixei no penúltimo e peço perdão se o que lerão não é o que foi esperado, mesmo com a minha demora.

tenham uma boa leitura.

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quando jungkook viu jimin caindo no chão com o golpe que havia levado, sentiu seu coração vacilar uma batida e seu estomago socar a si mesmo pela dor que constatava na região, junto com o seu mundo que parara de girar. depois que raciocinou a situação e enxergou de longe o menino sendo levado para dentro, levantou-se do assento e ignorou os chamados dos outros quando desceu as escadas, saindo pela saída principal. no corredor branco e vazio, seus pensamentos eram mais altos quanto a preocupação com o seu pequeno amor e o coração que guardava dentro do peito parecia querer sair de lá. correu pelo piso liso e, desesperado, se espalmava pelas paredes para ganhar impulso — a escola nunca pareceu tão grande.

mais alguns passos e chegou na porta branca com o dizer ''ENFERMARIA'' colado nela, avistando um garotinho fitando a estrutura fortemente. taehyung, que batia os pés no chão em ansiedade, voltou a atenção para jungkook, que estava parado ainda no começo do corredor. ele analisou o moreno, rindo fraco e irônico ao ver sua situação.

— eu espero que a sua presença aqui não seja somente como a de um amigo — se pronunciou. — o que o jimin menos precisa nesse momento é relembrar o amor platônico dele.

jungkook sentiu uma pontada de culpa, mas se aproximou e, com uma cadeira de distância, sentou perto do garoto para dizer:

— não é platônico quando é dos dois lados.

taehyung analisou com os olhos semicerrados toda a face de jungkook, buscando algum vacilo nela, mas o que encontrou foi apenas sinceridade. ainda sem expressar nada, balbuciou: — obrigado por isso, narigudo.

e foi assim. os dois esperaram sentados algum sinal positivo vindo de dentro da porta branca, a qual abrigava e desabrigava paramédicos que entravam e saiam. durante o transtorno, os meninos viram os pais de jimin entrarem de mãos dadas na sala e saírem da mesma forma, depois foi o treinador quem entrou. receberam notícias da senhora e do senhor park que o garoto já estava melhor e que tinha fraturado a perna somente.

— whoa... jiminie tem realmente bons amigos aqui - uma mulher com rabo de cavalo loiro e jaleco branco parou na frente dos dois depois de fechar a porta com a delicadeza que um lugar como o hospital exigia. ela usava um batom vermelho muito em contraste com a pele pálida e a roupa clara. — devem estar mesmo preocupados com ele, certo? — se ajoelhou na frente dos dois, o seu tom de voz junto com o sorriso era o mesmo que pessoas mais velhas faziam quando conversavam com crianças. taehyung levantou uma sobrancelha. — hmmm... acho que posso deixar vocês entrarem rapidinho, desde que não façam muito barulho. e tomem cuidado, porque a perna de jimin ainda está sensível — os dois meninos balançaram a cabeça positivamente e levantaram num só pulo, aguardando a doutora dar o sinal depois de olhar os corredores.

jimin estava mal, quer dizer, era o que se esperava que ele estivesse. a perna direita estava realmente engessada e esquerda tinha band-aids coloridos cobrindo os ralos feitos na queda. uma das mãos também estava coberta por uma fina camada de atadura e quando jimin levantou o rosto outrora cabisbaixo, os outros garotos viram mais dos band-aids cobrindo o seu nariz, testa, bochecha e queixo. o garoto mal pôde olhar direito os amigos, porque taehyung rapidamente subiu a escadinha colocada na frente da maca e o rodeou com os braços, recebendo uma resposta imediata do melhor amigo.  

taehyung era muito fresco, jimin sabia, ele odiava coisas como sementes no pão, alho no arroz e cebola com carne. ele reclamava muito da educação física por ter que conviver com, segundo ele, um bando de animais suados e fedidos e ter que compartilhar o vestuário com um bando de animais suados e nojentos. então ele apreciou o fato de taetae ignorar o seu mau odor e o suor que molhava sua camiseta para abraçá-lo.