Capítulo 11 - Carta De Arrependimento.

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~Segunda 11 De Agosto De 2016~
                 02:35 da tarde.

Serena Narrando

  Depois de ir ao hospital e ficar sabendo que o Sam só poderia receber visitas hoje, eu e minha mãe voltamos para casa, e foi ai que eu liguei para Melissa chamando-a para vir na minha casa.
  Depois que ela chegou, nós fomos para o hospital visitar Sam.
  Eu acabei decidindo que vou escrever cartas para o Sam, mostrando que eu realmente estou triste e sofrendo com sua situação, que foi por culpa minha.
  Agora eu estou na cama do hospital, sentada do lado de Sam que está todo ponteado, cortado e machucado devido o acidente.
  Eu já tinha reparado mas agora vejo com mais clareza ainda, Sam é um gato, e eu gosto dele assim como ele gosta de mim.
  Me dá vontade de chorar em ver que ele está em um sono profundo e angustiante que ainda não sabemos quanto tempo irá durar, e que a culpa é toda minha.
  Tem registros que dizem que à pessoas que passam cinco e até mesmo dez anos em coma.
  Eu não aguento pensar que isso pode acontecer com ele, eu finalmente descobri que o amo, e não posso perdê-lo assim, tão precocemente sem nem falar para ele o que eu sinto.
  Nesse momento, eu estou olhando para o seu belo rosto que está com um ponto no lábio que antes estava cortado.
  Então, fui me aproximando de seu rosto, e dei um beijo levemente em seus lábios.
  Eu só descobri agora, mas eu estou apaixonada por Sam, e eu nunca vou me perdoar por ter dito tudo o que eu disse para ele.
  Agora, eu estou com o papel e a caneta na mão, e começo a escrever a carta.

Sam, 11/08/2016

  Estou muito arrependida por tudo que eu lhe disse na noite do meu aniversário.
  Eu fui uma hipócrita, e não mereço sua amizade, muito menos o seu amor.
  Mas eu vou confessar-lhe, eu estou completamente apaixonada por você, e acho que não sou digna de seu amor.
  Eu te amo Sam, e não vou lhe esconder isso.

Josh Narrando

  Agora eu estou sentado no sofá junto a Melissa, esperando os Davis voltarem do hospital.
  Eles saíram a uns vinte minutos e Melissa está me olhando como se eu fosse um prato suculento de bife.
  Ela faz um olhar de sedução e se aproxima de mim, então começou a mão boba.
  Ela veio passando a mão no meu joelho, subindo pela coxa, e passando pela cintura, até parar nela e começar a subir minha camisa para que eu a tire - lógico que eu acompanhei seu gesto tirando a camisa.
  Em seguida eu peguei em sua mão e a levei para o meu quarto.
  Eu sei que isto não é certo, devido Sam estar no hospital em coma nesse exato momento, e nós estarmos em sua casa, mas eu não aguentei Melissa se oferecendo para mim daquele jeito.
  Quando nós chegamos no meu quarto, Melissa me jogou em cima da cama e começou a beijar o meu pescoço dando pequenas chupadas e me lançando pontadas de excitação.
  Em seguida, eu me virei por cima dela e comecei tirar sua blusa e depois de ter tirado-a por completo comecei a dar beijos em sua barriga subindo entre os seios que ainda estavam cobertos pelo sutiã e depois subi mais um pouco beijando seu queixo e depois a boca.
  Quando beijei sua boca, ela sem desgrudar nossos lábios, começou a desabotoar minha calça, e ao mesmo tempo que ela fazia isso, eu desabotoava seu sutiã de renda bege.
  Depois que terminamos o nosso assunto "urgente" nós voltamos para a sala.
  Pouco tempo depois os pais de Sam chegaram do hospital e nos contaram uma notícia não tão boa.
  Sam estava reagindo bem a cirurgia, só que seu cérebro foi mais prejudicado do que os médicos esperavam e por isso ficou um grande sinal de interrogação na nossa cabeça.
  No caso de Sam, não tem como se ter previsão de quando ele irá realmente acordar. Será algo que nos pegará de surpresa.
  Bom, pelo menos já se sabe que não há perigo de Sam nunca mais acordar, mas quando ele irá acordar é o problema.
  Depois de mais ou menos meia hora de conversa sobre isso com os pais de Sam, eu fui deixar Melissa em casa.
  Quando voltei, eles já tinham subido para se deitar. Coitados, eu tenho pena deles, estão sofrendo muito com o problema do filho, e eu também, mesmo algumas pessoas pensando que não, mas sim, eu me importo muito com meu amigo.

    ~Terça 12 de Agosto De 2016~
               08:45 da manhã.

Serena Narrando

  Pode não parecer, mas se fosse por mim, eu não viria para a faculdade e passaria o dia inteiro do lado de Sam.
  Eu estou muito aérea pensando nele, e só agora percebi que está chovendo.
  Enquanto estava olhando para as janelas, observando a chuva escorrer pelo vidro, senti uma dor aguda na barriga.
  -Aiiii. - Falei ao sentir a dor. Era Melissa que estava tentando me chamar sem falar nada, para a professora não perceber.
  Ao dar o gritinho de dor, todo mundo olhou para mim, até mesmo a professora, confesso que fiquei muito envergonhada.
  -Posso saber o que está acontecendo senhorita Madson ? - Disse a professora dirigindo-se a mim com um tom de dúvida na voz.
  -Ah, a sim, desculpe-me professora, eu só machuquei meu dedo na cadeira.
  A mulher acentiu com a cabeça e retornou a fazer o que havia parado.
  -Pode falar agora, senhorita delicadeza. - Falei quase em um sussurro, e com ironia na voz, mas em um tom que dava para Melissa entender.
  -Ai senhorita não me toque, desculpe-me por quase perfura-la com o meu dedo pontiagudo.
  -Diga logo o que quer antes que a professora nos flagre, e deixe de enrolar !
  -Hoje, depois do almoço, você vai comigo a um lugar, pegar uma coisa que tenho certeza que você irá gostar. - Assenti com a cabeça, mesmo estando confusa com o que ela me falou.
  Quando saímos da faculdade, a chuva já havia passado, e nós fomos para casa no carro de Melissa.

                          []

  Já faz meia hora desde que eu cheguei em casa, e eu estou esperando ansiosamente para saber onde Melissa irá me levar, e também para finalmente ver o meu belo adormecido.
  Quase meia hora depois do combinado, Melissa chegou na porta da minha casa.
  Ao escutar o barulho rouco da buzina de seu carro, eu me levanto repentinamente do sofá em que eu esperava ansiosa e saio correndo para fora.
  -Tchau mãe ! - Falo me despedindo de minha querida mãe.
  -Tchau minha linda ! - Mamãe responde com carinho na voz.
  -Oi sonsa. - Falo ao ver o sorriso sínico de Melissa.
  -Oi, desculpa pelo atraso Bebê, vamos logo, tenho hora marcada. - Fala apressada com um tom de ironia na voz.
  Ao estacionar o carro e sair me puxando pelo braço, eu me surpreendi ao ver o local em que iríamos adentrar.
  -Uma FLORICULTURA ? - Pergunto confusa sem entender muito bem o acontecido.
  Melissa por sua vez preferiu não me responder, então entramos na loja e vamos direto a recepção.
  -Oi, moça, eu vou querer um buquê de rosas brancas por favor ! - Fala Melissa decidida e pausadamente.
  Ao sairmos ela olha para mim e diz :
  -Eu achei legal da nossa parte levar um buquê de flores para ele, que está tão mal por nossa causa, principalmente por minha causa. Se eu não tivesse contado para ele que era seu aniversário, ele não teria feito aquela festa digna de princesa, e não teria terminado como terminou.
  -A pare com isso garota, a culpa não foi sua, e sim minha. Se eu não tivesse dito tudo aquilo para o Sam, ele nunca teria ido embora naquelas circunstâncias.
  -Agora chega ! - Melissa diz secando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
  -Vamos logo, e não vamos mais nos lamentar pelo que não pode ser consertado. E pare de chorar, você sabe que eu não suporto vê-la chorando.
  -Eu não... - Falei me interrompendo ao passar a mão em meu rosto, e ver que realmente eu estava chorando.
  Aquilo realmente mexia muito comigo e eu sabia o porque. É como diz o ditado, " A gente só dá valor quando perde".

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