Capítulo 4 - Solidário.

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     ~Terça 31 De Maio De 2016~
              09:57 da manhã.

Sam Narrando

  Hoje eu acordei na cama do Hospital Regional De Nevada depois de ter sido atacado violentamente por Alex, o namorado de Serena.
  Ontém quando eu estava de saída da faculdade, chegando no carro dos meus pais, Alex me atacou covardemente com uma paulada na cabeça.
  Eu desmaiei e fui rapidamente trazido para o hospital mais próximo da faculdade por que a pancada foi muito violenta e ficaram fragmentos de madeira no meu couro cabeludo, do pedaço de pau que acertou minha cabeça.
  Graças a Deus não foi nada grave, mas eu levei alguns pontos na cabeça.
  Essa semana definitivamente não é a minha melhor de todas.
  Alex depois de ter me atacado, foi contido por um dos seguranças da faculdade, que estava no portão na hora do ocorrido. Em seguida, foi encaminhado para a delegacia mais próxima e preso por tentativa de homicídio.
  Mas como eu ví que Serena iria sofrer com a situação, eu resolvi limpar a barra dele.
  Eu convenci os meus pais a retirarem a queicha na delegacia com uma condição para o Alex. Ele não iria chegar mais perto de mim, não me dirigiria a palavra e também não tentaria sequer se aproximar de mim. Então como ele concordou, ele foi solto.

  ~Quarta 01 De Junho De 2016~
               01:36 da tarde.

  Já fez 24 horas que eu estou hospitalizado e as únicas pessoas que estiveram aqui foram os meus pais.
  Hoje pela manhã eu tomei uma sopa  e também uns sedativos para o médico examinar a minha cabeça novamente. Tomei tudo direitinho, a minha mãe fez questão.
  Quando eu acordei, meus pais me disseram que o médico falou que eu vou ter que passar só mais 48 horas aqui no hospital para ficar em observação e ele poder ter certeza de que eu vou poder ir para casa sem nenhum problema. Eu perguntei aos meus pais se eles tinham perguntado ao médico quando eu poderia voltar a minha rotina normal do dia a dia, e eles disseram que tinham perguntado sim e o doutor disse que na segunda eu já poderia ir para a faculdade mas com devidos cuidados.
  Eu estou meio sonolento, mas não quero dormir, eu estava olhando para a paisagem fora da janela quando bateram na porta.
  -Filho, sua amiga Serena está aqui para visitá-lo. Ela pode entrar ? - Pergunta minha mãe, com um tom de carinho na voz.
  -Sim, sim mãe, pode mandar entrar. - Em seguida, Serena entra com um buquê de rosas azuis celeste na mão, coloca as rosas que já estão dentro de um vaso de vidro transparente em cima da mesinha do lado da cama e diz :
  -Oi Sam, desculpe por eu ter demorado tanto para vir te ver. É que eu estava com o... um... Alex na delegacia, e hoje pela manhã eu fui para a faculdade. Então eu só tive tempo de vir aqui hoje a tarde. - Ela dá uma pausa e continua. - Eu quero que você saiba que eu te admiro muito por ter sido tão solidário com ele ao ponto de pedir aos seus pais para retirarem a queicha mesmo depois dele ter te atacado daquele jeito covarde.
  -Eu não fiz mais do que o certo e não tem do que você se desculpar por que quem errou foi ele e não você. E eu quero que você fique sabendo desde já que não é por causa do seu namorado que eu vou me afastar de você e deixar de ser seu amigo, pra isso vai ser necessário muito mais.
  -Sam, eu gosto muito de você, e eu sei que você também gosta muito de mim, e talvez esse seu jeito de gostar seja meio distorcido do meu. Eu não quero que você se machuque mais do que você já se machucou Sam. Eu tenho namorado ! E não posso retribuir esse seu modo de gostar entende ?
  -Sim, entendo perfeitamente, mas desde que eu te conheci eu ví que me sentia atraído por você e eu não vou desistir de te conquistar Serena. Aconteça o que acontecer eu vou estar sempre lá para você.
  Ela deu um sorriso e disse :
  -Você é muito fofo, mas eu não posso trair o Alex, eu não vou traí-lo, mesmo depois do que ele fez. - Ela dá um suspiro e prossegue. - Eu passei por uma fase muito difícil na minha vida e ainda estou passando, o Alex sempre esteve presente em todos esses momentos, ele nunca foi grosso comigo, nem fez qualquer coisa que depois pudesse se arrepender. Errar é humano, e o seu erro foi não confiar e nem acreditar em mim e partir para a agressão quando não se tinha motivo e nem necessidade.
  -Olha Serena - Eu a interrompo e falo. - O que ele fez não foi de uma pessoa calma e gentil não. Ou ele te ama tanto ao ponto de esconder essa parte obscura de você, ou você está cega com o amor e não consegue ver como ele realmente é. - Assim que eu terminei de dizer essas palavras o aparelho que mede alterações em qualquer parte do corpo começou a apitar, sinalizando que havia alguma coisa errada.
  Eu comecei a sentir um enjoo e Serena foi depressa chamar minha mãe que chamou as enfermeiras.
  Quando elas chegaram eu já estava ficando sem ar. Se tratava de água  que tinha entrado na parte nasal então eu comecei a engasgar e sufocar. Rapidamente as enfermeiras colocaram um aparelhinho no meu nariz que sugou toda a secreção.
  Nesse meio tempo a minha mãe já tinha pedido para Serena ir embora, já que ela não iria conseguir conversar comigo tão cedo.
  A noite, as coisas se acalmaram mas eu tinha perdido o ânimo depois da minha discussão com Serena, então passei o resto da noite feito um zumbí, não conversei nem comi, nem nada, eu só dormi.
  Quando já era umas 09:45 da noite, eu recebi uma notícia muito triste, embora já esperada.
  A minha avó Dolores de 97 anos morreu de infecção generalizada.
  Acontece que ela já vinha lutando contra o câncer desde seus 94 anos, então já era de se esperar que mais cedo ou mais tarde ela iria partir dessa para melhor.
  Minha mãe, quando soube que a sua ela havia morrido teve que voltar para Los Angeles para cuidar dos preparativos do interro e da celebração. Meu pai como o bom marido que é resolveu ir também depois de eu quase gritar nos seus ouvidos que ficaria bem.
  O médico decidiu me liberar mais cedo e como eu fiquei sozinho em casa, aproveitei para dar uma estudada, pois já havia perdido muito tempo sem ir para a faculdade.
  Como a minha mãe é muito preocupada comigo, ela deixou comida feita e deixou mais alimentos pra mim fazer mais comida quando a que ela fez acabar.
  De noite eu jantei tomei banho e falei com Josh pelo telefone. O que eu não fazia desde que tinha chegado a Nevada.
  Eu o deixei a par de tudo, e quando eu digo tudo, é tudo mesmo.
  Nossa ligação durou uma hora, cinquenta e sete minutos e trinta e cinco segundos, quase duas horas.
  Depois que eu desliguei o telefone, eu já estava bem cansado, então fui dormir.

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