Capítulo 13 - Esperanças.

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~Quinta 25 De Outubro De 2016~
              12:25 da tarde.

Narrador

  Como estava chegando o final do ano e as notas de Serena eram quase todas ótimas, ela passou sem muito esforço no seu segundo ano na Dr. Connor Whitmore.
  Então, como eu acho que vocês já presumiram, Serena começou todo dia a ir ver Sam no hospital mesmo sabendo que as chances dele acordar enquanto ela está próxima são mínimas, mesmo assim, ela insiste nisso igual a uma criança quando quer muito um brinquedo que o amigo tem, ou quando vê a propaganda do brinquedo pela televisão.

Serena Narrando

  Hoje eu decidi fazer uma coisa diferente, como eu já estou livre da faculdade - por enquanto - eu acho que vou escrever mais cartas para Sam, fora as trinta e poucas que eu escrevi no decorrer dos dias.
  Mas agora eu estou saindo para uma consulta com a minha mãe em uma clínica não muito longe daqui.
  Depois que voltar, eu vou direto para o hospital ver Sam, e dar continuidade nos meus planos de escrever mais cartas.
  Chegando à clínica que minha mãe foi para consultar-se, encontramos uma fila de umas dez pessoas que estavam todas na nossa frente, e eu não estou nem um pouco calma para enfrentar uma fila de mais ou menos uma ou duas horas para minha mãe.
  Depois que todos os dez pacientes foram atendidos, eu e minha mãe finalmente entramos ao consultório do doutor, que foi rápido em medicá-la.
  -Senhora Olívia Madson certo ?
  -Sim senhor. - Respondeu minha mãe meio nervosa.
  -Não se preocupe Olívia, você só está com uma alergia que aparenta ser a produtos químicos. Se você se cuidar bem, logo isso tudo vai passar. - Falou sorrindo gentilmente para nós duas.
  -Doutor, mas eu sou dona de casa, como posso evitar produtos de limpeza ? - Perguntou minha mãe com um toque de preocupação na voz.
  -Simples senhora Olívia, você só precisa usar luvas que protejam totalmente suas mãos, e o resto o tempo dirá. A nossa próxima consulta será dia 28 de Novembro, okay ? - Falou sorrindo novamente.
  -Okay. No dia que o senhor julgar nescessário para mim está bom. - Falou minha mãe com convicção na voz.
  -Bom, foi um prazer, senhora e senhorita Madson !
  -Igualmente doutor. - Eu e minha mãe falamos em uníssimo, o que sempre gera risos em nós duas.
  Ao sair do consultório, eu e minha mãe fomos direto para casa.

                           []

  Depois de dar uma passada rápida em casa, eu fui para o hospital que Sam estava internado fazendo mais de dois meses, quase três !
  Meu Deus, eu nunca pensei que Sam pudesse ficar assim por minha causa.
  Ao chegar lá, eu fui até o quarto e adivinha Sam não estava lá de novo, só que diferente da última vez, ele havia sido levado para vestir roupas limpas, e como eles dão banho e tau, eu decidi voltar só depois.

Josh Narrando

  Nesse exato momento, eu estou estudando para provas que estão por vir na faculdade, e antes que você se confunda, sim, eu vou até o final de Novembro mais ou menos.
  Quando eu falei que eu estava tendo dificuldade em algumas matérias, eu não estava brincado, eu realmente estou com notas ruins em algumas, não todas.
  Melissa por sua vez, também já está de férias, igual a Serena, só que ela está me ajudando muito nas matérias que eu estou tendo dificuldade.
  O que me deixa mais deprimido do que já estou, pois além de saber que meu amigo está nesse exato momento em uma cama de hospital lutando para recobrar a consciência, eu também sei que se ele estivesse aqui ele teria com certeza passado sem problemas e me ajudado a passar também.
  Estou sozinho, cada vez mais.

                            []

  Agora enquanto eu estou percorrendo pelo corredor da faculdade vejo quem eu menos queria ver, Alex.
  Ao nos cruzarmos no corredor, sinto quando ele causa um encontrão entre nós de propósito no meio do corredor cheio de olhos curiosos nos observando.
  -E aí cara, está se sentindo sozinho ? Depois do seu amigo Belo Adormecido Branquelão ter te deixado na mão, e sua namorada e amiga também ? - Pergunta enfatizando a palavra amiga.
  Sem mais delongas, eu fui ao ápice do que podia aguentar.
  Sem ter nenhum diálogo que eu sei que seria em vão, dei um soco com tanta força em sua cara de falso que o sangue jorrou de sua boca.
  -Então você quer brigar sua branquelinha atrevida ? - Perguntou com um sorriso diabólico estampado na cara.
  Em seguida, tudo foi muito rápido e sem sentido.
  Ele me jogou no chão, juntando todas as pessoas que por ali passavam, para ver a cena horrível que acontecia no corredor.
  Depois de ter sido lançado ao chão, Alex me acertou dois dolorosos socos em meu rosto branco e frágil.
  Mas como eu estava cheio de raiva e de adrenalina, eu não senti na hora a dor que mais tarde me incomodaria bastante.
  Depois que ele deu os dois socos seguidos em mim, eu consegui dar uma rasteira nele que estava inclinado para baixo me socando quando caiu, então eu fiquei na mesma posição que ele estava, e comecei a socá-lo sem parar.
  Por um instante eu senti como se eu não pertencesse mais a esse mundo.
  Foi quando uma mão tocou meu ombro, puxando-me para cima, e me forçando a soltar aquele miserável filho de uma mãe.
  Foi só ai que percebí que ele já estava todo ensanguentado e machucado. Com certeza eu quebrei seu nariz. - Bem feito.
  -Você pode por favor me explicar o que está acontecendo aqui ? - Perguntou o diretor da faculdade.
  -Senhor, ele começou a... - Ele me interrompeu com um aceno de mão.
  -O senhor vem comigo, e você vai para a enfermaria com o Erick, falou apontando para o inspetor que até o momento eu não havia notado que estava ali.

Serena Narrando

  Depois de ter voltado para casa quando não encontrei Sam, fui dormir um pouco.
  Meia hora depois eu fui acordada pelo barulho do celular, avisando que havia chegado uma nova mensagem.
  Ao pega-lo vi que a mensagem era de Eloíse e dizia o seguinte :
 
Ela : Serena querida, se você puder vir até o hospital agora eu aconselho que venha logo porquê a notícia é boa.

  Ao ler a mensagem, eu me alertei rapidamente e fui correndo para onde Eloíse tinha me aconselhado que fosse, o hospital.
  Ao chegar lá, fui direto para o quarto de Sam.
  Chegando lá dei de cara com Eloíse, Edward e Phillip, o médico que cuidava do caso de Sam.
  -Oi, como o Sam está ? - Perguntei ofegando, devido a pressa com que eu fui para o hospital.
  -Oi querida. Sente-se e o doutor te explicará o que está acontecendo. - Falou Eloíse com carinho e alegria na voz.
  Ao me sentar na poltrona do lado da cama de Sam, eu acenei para Eloíse que acenou para o médico, indicando que ele poderia começar a falar.
  -Bem, como vocês já sabem, Sam não vinha reagindo aos pequenos tratamentos que nós podíamos fazer para tentar estimulá-lo a acordar.
  -Sim, s..sim doutor, prossiga por favor ! - Falei gaguejando de nervosa.
  -Acontece que hoje depois de trocá-lo como sempre as enfermeiras o levaram até mim para fazer uns exames de rotina para saber se alguma coisa mudou. Mas dessa vez foi surpreendente, Sam iniciou uma interação cerebral a pouco.
  -Traduza doutor por favor, pois eu não estou entendendo onde o senhor está querendo chegar. - Falei já impaciente.
  -Isso quer dizer que o meu filho tem grande chance de acordar o mais rápido possível daqui por diante. - Disse Eloíse com um imenso sorriso no rosto e um tom de alegria na voz, que só uma mãe que passa por a mesma situação que ela pode entender tamanha alegria.
  -O quê ? - Perguntei quase chorando com a notícia, pouco antes de ver tudo escurecer e o meu corpo enfraquecer-se.

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