Capítulo 2

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Entre tirar as roupas e caminhar até o quarto, estavam os beijos ardentes.  Por um lado, me sentia energizada e excitada pela experiência do desconhecido. Pelo outro, tinha plena consciência de que estava em um barco furado.
Eu e Kay ficamos juntos em toda a minha estadia na Europa.    Voltei semanas depois dele, para o Estados Unidos.
   Havia acabado de entrar em meu escritório, quando minha secretária entrou e ligou a Tv:
- Precisa ver isto.
  Uma reportagem mostrava Kay saindo de seu jatinho particular, vindo da Itália. Os muitos repórteres estavam curiosos sobre sua ida à Europa:
- Fui para a Itália a negócios,  mas não negócio que tenha aproveitado minha estadia. Conheci pessoas que só sabia de ouvir falar, como por exemplo, Arine Torres.
- Senhor Harle,  o que houve entre vocês?
- Nada. Conversamos apenas. Ela é maravilhosa.
Em seguida, ele entrou em seu carro e se foi. Droga, agora todos já sabiam.
   Keller desligou e me puxou para a janela. Lá em baixo,  meus seguranças tentavam conter e afastar os enxeridos que tentavam invadir o prédio com suas câmeras. Respirei fundo:
- Keller, me ligue com Corinne Harle, por favor.
- Sim, senhorita. Agora mesmo.
Em poucos minutos, ouvi o grito de Corinne pelo telefone:
- Vocês combinaram de ir juntos, não é?
- Mas é claro que não. Eu nem o conhecia ainda.
- Sei, sei. E agora?
- Agora? Agora, prepare o enterro, pois vou matar seu irmão linguarudo e fofoqueiro.
Desliguei, irritada. Na hora do meu almoço,  tive problemas com os repórteres, mas consegui um lugar para comer:
- Sozinha novamente, Arine? Tá virando rotina.
- Harle. Sente-se. O que faz por aqui?
-  Vim almoçar,  vi você e entrei. Está furiosa comigo?
- Deveria? - falei, apontando as câmeras do lado de fora do estabelecimento.
  Ele riu, pegando minha mão:
- A proposta que fiz em Veneza ainda está de pé.
- Ser sua namorada? Kay, já conversamos sobre isso. Muita repercussão.
- Você deveria ter se acostumado. É famosa. Por favor?
- Vamos devagar com tudo isso,  ok? Temos que nos conhecer melhor.
- Nos conhecemos muito bem, meu amor.
  Fiz cara feia e ele gargalhou:
- Ok, entendi o que quis dizer. E aceito essa condição. Você aceita, então? 
- Claro que sim.
Nos beijamos e almoçamos juntos. Em poucos minutos, fotos nossas no restaurante repercutiram pelo país todo.
  Depois de trabalhar o dia todo, cheguei exausta ao meu apartamento. Ia me jogar na cama, quando o telefone fixo tocou:
- Mãe?  O que houve?
- Como assim, " o que houve? " Está mesmo namorando com Kayke Harle?
- Estou, mãe. Estou sim. O que você quer?
- Estamos todos muito felizes aqui em casa. Finalmente vai largar essa porcaria de emprego e ficar de boa.
- Mãe,  não vou largar meu emprego. Gosto do que eu faço.
- Filha, você precisa casar com ele. Ele é lindo, perfeito, milionário... Ou seria bilionário...
- Grrrr!! Mãe,  acabamos de nos conhecer, vamos com calma. Entendeu?
- Certo, certo. Mas case-se com...
- Mãe?  Ainda está aí?
- Não,  sou eu, o Dan. Estou no meu quarto agora, relaxe.
-  Ufa! Obrigada, Dan. Me livrou das conversas da mãe....

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