XIII

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Chegamos em casa e decidi tomar um banho, enquanto Peter ajudava Dona Amélia a preparar o almoço. Assim que saí, pus uma roupa quentinha, pois fazia frio lá fora e fui até a varanda da casa, onde costumávamos ficar.
—Tudo bem? - Peter disse se sentando ao meu lado.
—Vai ficar... - falei enquanto observava o céu. —Peter, posso fazer uma pergunta? - disse olhando em seus olhos castanhos.
—Claro... - ele respondeu olhando nos meus.
—Quanto tempo levou pra você se acostumar? - falei sentindo os olhos marejados.
—Olha Ally, se eu te disser que já me acostumei, estaria mentindo... mas você aprende a viver uma nova vida, agora sem eles... e quando a dor for embora, ficarão as lembranças dos momentos que passaram juntos. - ele disse com lágrimas nos olhos.
—Desculpa... por fazer você falar disso. - falei me sentindo idiota.
—Ta tudo bem Ally, ta tudo bem. - ele respondeu me abraçando.
—Crianças, venham, o almoço está pronto. - ouvimos minha avó gritar da cozinha.
—Vamos? - Peter disse levantando.
—Peter... espera. - falei pegando sua mão. —Obrigada! - disse lhe dando um selinho.

Saímos da varanda e fomos até a cozinha, onde o cheiro de comida italiana já invadia a casa toda.
—Sentem, já vou servir. - Dona Amélia disse terminando de pôr a mesa.
Peter sentou ao meu lado e minha avó ficou na ponta, a macarronada estava ótima, mas o nó que sentia em minha garganta, não me deixou comer mais que duas garfadas.
—Peter, você poderia ficar com Ally hoje á tarde? Eu preciso sair para resolver algumas coisas... - minha avó falou como se eu não estivesse ali.
—Claro, sem problema algum Dona Amélia. - ele disse sorrindo.
—Hey, eu não preciso de babá e parem de falar como se eu não estivesse aqui. - falei cruzando os braços e eles riram.

Assim que terminamos o almoço, eu e Peter cuidamos da louça, enquanto minha avó se arrumava para sair.
—Eu já volto crianças, me liguem se precisarem de alguma coisa.  - ela disse me dando um beijo na testa.
—Ta bom, até mais vó, te amo. - falei lhe devolvendo um beijo.
—Até mais Dona Amélia. - Peter disse antes que ela saísse.

Ficamos a tarde toda jogados no sofá, assistindo filmes para passar o tempo, mas acabamos pegando no sono. Quando acordei, estava com a cabeça no peito de Peter, que ainda dormia tranquilamente. Fiquei observando seu rosto, seus lindos cachos, sua mandíbula bem definida e como ele parecia um anjo enquanto dormia. Depois de alguns minutos, ele finalmente acordou.
—O que aconteceu? - disse esfregando os olhos.
—Pegamos no sono... - falei sorrindo.
—Caramba... O que? - questionou ao perceber que eu ainda o observava.
—Tenho tanta sorte por ter você e sou muito grata por isso. Você é a pessoa mais incrível que já conheci, nunca deixe ninguém te dizer o contrário. Eu te amo Peter! - falei sorrindo com a certeza de que estava falando a verdade.
—Eu é que tenho sorte Ally, e eu é que te amo!!! - ele disse me abraçando e dando um beijo em seguida.

continuum | peter parkerOnde histórias criam vida. Descubra agora