Coffee

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     Braços quentes e delicados me envolveram e me conduziram ao seu peito, ele não me apertava mas me abraçava de uma forma que passava segurança. Seu suéter vinho cheirava ao aroma doce e silvestre de sempre, sua mão que estava em minhas costas começaram a acariciar meu cabelo que não estava lá grande coisa.
     Com a respiração calma e estável fui adaptando-me a seguir os movimentos de seu peito, para cima, para baixo... me fazendo parar de chorar, acho que ficamos ali cinco minutos abraçados até o objeto que estava em cima da mesa começar a piscar uma luzinha vermelha e tremer. Eu levei um susto e percebi que ele também, mas nada disso foi um motivo para me soltar.
      - Eu vou lá pegar o nosso pedido, fique aqui, não precisa se levantar - nossos olhos se encontraram.
    Levantou-se e foi em direção ao balcão, me virei novamente para o vidro, peguei o celular para conferir o meu estado. Bochechas inchadas, coradas e o nariz parecendo uma rena natalina. Eu to horrível, nossa senhora !!!! Ri comigo mesma dos meus pensamentos, esperando ele voltar.
    Olhei em sua direção, não dava para trazer tudo de uma só vez, dois pratos, duas xícaras e apenas dois braços e uma viagem.

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