Não crie expectativas

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Esse capítulo eu dedico a minha amiga Evy, que quando leu o início desse livro falou "Nossa, eu preciso desse terceiro capítulo".

Imagine-se na seguinte situação de vida: Você compra um carro esporte rebaixado, está completamente animado para andar pelas estradas a 200 km/h, cabelos ao vento e no pique de menino louco. Até aí tudo bem, não é? Mas quando você começa a dirigir em uma interestadual, você é esmagado por um caminhão, e o caminhoneiro cego diz que não te viu!


E isso aí são suas expectativas, elas funcionam exatamente desse jeito. Tudo começa como um mar de rosas e beleza, mas tudo acaba em um baque que te leva ao fundo do poço. Futuramente eu vou falar da importância do baque, mas por enquanto vamos focar nas expectativas.

Uma vez eu ouvi uma música que o falava para deixar as coisas fluírem naturalmente - se você nunca ouviu, por favor, pare o que está fazendo e vá ouvir agora - e isso é de longe um dos maiores conselhos de vida. É uma regra básica que quando você não força a barra com expectativas ou vontades loucas, as coisas acabam dando certo... Ou não... Mas foco no que é real.


Imagine que você assando bolinhos e esses bolinhos tem o nome de "expectativas". Eles parecem ser maravilhosos, tem um cheiro de chocolate delicioso e dá água na boca. Depois de prontos, você vai até a pessoa pela qual você está sendo trouxa, entrega seus bolinhos – expectativas - e sai correndo.

É isso que ocorre quando criamos expectativas em cima de outras pessoas, jogamos um sentimento em cima delas e não sabemos se os mesmos vão conseguir corresponder. Mas sabe qual o pior disso? O gosto desses bolinhos é horrível para a pessoa a qual você os entrega. E é aí que vem o primeiro baque.



Ninguém é obrigado a corresponder suas expectativas

Dói demais, não é? Eu demorei muito para perceber isso e é aí onde entramos em um caos brilhante e cheio de loucura. Se a pessoa não gostar de você como você gosta dela? Já pensou nisso? Se não, comece a pensar.

Cada um de nós é diferente um do outro, por isso venho te dizer que entregar expectativas ao próximo e esperar que ele corresponda como você deseja é cilada... E das grandes.

Já pensou que maioria das vezes que você foi trouxa foi porque assou milhares de bolinhos de expectativas e jogou loucamente na cara da pessoa que você queria estar?

Um amigo meu chamado Leiteiro (vamos chamar ele assim), estava depositando expectativas em uma garota recentemente, bem, não eram muitas, mas mesmo assim era algo bem perigoso para acabar em uma situação ruim. Porém, meu amigo praticamente ganhou na loteria, pois a garota correspondeu a sua expectativa de namoro e romance fofo.

Se formos analisar essa situação em que meu amigo estava, temos que dizer que ele tirou a sorte grande. Agora imagine se ele tivesse colocado várias expectativas e a garota não tivesse correspondido? Mesmo tendo colocado poucas, meu amigo poderia ter se lascado e de todo o jeito o caminho para o poço da amargura estaria bem ali ao lado quando o baque acontecesse. E é por isso que vem a segunda lição sobre expectativas:


"Não importa o número de expectativas, evite-as SEMPRE"


Sabe os bolinhos de expectativas? Quando a pessoa com quem você está sendo trouxa não consegue comer eles, essa fornada inteira volta para você e meu amigo... O gosto do retorno é ruim e doloroso. Lembra a minha banda favorita? Então, imagine a dor que eu senti ao ver os caras de um jeito diferente, repare bem que quando temos expectativas em alguém, essa pessoa é incrível, mas ao primeiro sinal de expectativas não sendo correspondida, essa pessoa começa a se tornar uma complicação em nossas vidas do mesmo jeito que o segundo álbum foi a minha decepção do ano.

Não seja Trouxa - Um guia básico para nunca mais quebrar a caraOnde histórias criam vida. Descubra agora