CAP.6

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Dei alguns passos até uma caminhonete prata, não muito longe do posto policial. Quando me aproximei da traseira da camionete vi alguns corpos caídos, e quase todos estavam com marcas de bala. Passei pelo lado dos corpos, até que me deparei com o corpo de um policial dentro da caminhonete totalmente ensanguentada, resultado de um corte em sua garganta. Abri à porta do passageiro e tentei tirar o fuzil, que estava caído sobre o policial, quando o puxei o mesmo acabou pegando em meu braço esquerdo! Naquele momento tentei não me desesperar, vendo que o policial estava me encarando com aqueles olhos vermelhos. Com muita relutância consegui puxar o fuzil e me soltar do policial, mas com o barulho do latido de Marley, os corpos antes caídos ao chão, agora estavam de pé e em busca de sangue! Minha reação naquele momento foi de puxar Marley pela coleira e correr, mesmo que mancando!

- O que está acontecendo? - Minha irmã perguntou olhando para mim.

- Depois eu te conto, agora entra logo dentro dessa viatura! - Disse ao fechar o porta-malas e pegar a chave do carro.

Abri a porta esquerda, atrás do motorista onde joguei o fuzil e coloquei Marley. Fechei a porta e entrei rapidamente dentro do carro. Coloquei a chave na ignição, mas o carro demorou para ligar!

- Luan tem um monte de infectados vindo para cá! - Aryani falava enquanto olhava pelo vidro traseiro.

- Vai merda, vai! - Disse já em desespero.

- Acho melhor você fechar a sua porta. - Minha irmã falou olhando pelo retrovisor.

Assim que fechei a porta do carro, alguns dos infectados acabaram pulando no meu vidro. Fazendo Aryani gritar desesperadamente.

- Agora vai! - Disse assim que liguei o carro.

Pisei o pé no acelerador do carro, deixando os infectados para trás.

Quilômetros a frente....

- Você está bem? - Aryani perguntou ao ver minha perna sangrando.

- Mais ou menos. - Respondi encostando o carro.

- Quer que eu cuide disso? - Perguntou ao entrar no meio dos dois bancos.

- Não precisa! - Falei ao descer do carro.

- Você vai aonde? - Minha irmã perguntou assim que desci do carro.

- A lugar nenhum, só preciso descansar a perna. - Falei pelo vidro do carro.

Me encostei na porta do carro, enquanto esperava minha perna parar de doer.

- A gente tem que fazer alguma coisa para estancar esse sangue! - Minha irmã falou ao se aproximar.

- Mas com o quê? - Perguntei arqueando a sobrancelha esquerda.

- Já resolvi isso. - Disse entrando novamente no carro.

Enquanto esperava minha irmã voltar, vi a porta do outro lado se abrir.

- Como você está? - Aryani me perguntou preocupada.

- Para falar a verdade, nada bem! - Disse segurando as lágrimas, que começaram a aparecer.

- Vem cá. - Falou ao me abraçar.

- Eu ainda estou sem acreditar no que eu fiz, como tive coragem de atirar na minha própria mãe? - Falei já envolto em lágrimas.

- Não cheguei a conhecê-los tão bem, mas o pouco que vi, percebi que eram pessoas de bom coração e criaram ótimos filhos! E além disso você não tinha muitas opções. - Disse ao olhar em meus olhos e secar minhas lágrimas.

- Pronto! - Minha irmã falou com um pedaço de pano e uma garrafa de álcool em mãos.

- Calma! Você está querendo atear fogo em mim, é isso mesmo? - Disse entre risos.

História Z - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora