Para Sempre - Livro 1- Trilogia Bloody - [CONCLUÍDO!]

Capítulo 4

Capítulo revisado/reescrito.

Agradecimento do capítulo: Rwosane. Obrigado por ter me ajudado!

♣♣♣

Ficamos lá, assistindo as aulas restantes.

Fui pra casa e já estava preparando minhas coisas quando meu pai me perguntou: - Filha, onde você vai?

- Fazer trabalho de ciências. Não é em casa.

- E onde é? - A cara dele apresentara desconfiança.

- Numa floresta.

- E o que deve-se fazer? - Ele arqueou uma sobrancelha.

- Apenas pegar um pássaro como exemplo. Pesquisar sobre ele e fazer filmagens dele. Por isso - peguei o meu smartphone do criado-mudo -, vou levar meu smart. - A cara dele estava tensa - Fica frio! Tem muita gente que vai também. Vou passar a tarde fora.

- Mas logo a tarde toda?! - Ele não explodiu, parecia meio calmo. Mas qualquer coisa poderia irritá-lo.

- O trabalho é pra depois de amanhã! Eu vou somente ver o pássaro, ir na escola, pesquisar sobre ele e depois voltar para fazer as devidas filmações!

- E amanhã? Por que você não faz esse trabalho amanhã?

- Nunca deixe pra amanhã o que você pode fazer hoje! - Dei minhas desculpas.

- Argh. Tudo bem! Vá lá e faça o seu trabalho! - Disse ele, sem nenhuma emoção.

E eu saí de casa, virei à esquerda e dobrei a esquina.

- Kaio disse que estaria na floresta às 13:00 - falei a mim mesma. - E já são... - Tirei o meu smartphone do bolso e olhei as horas - 13:05. Ele já deve estar lá. - Coloquei o smart de volta no bolso e segui com a mochila nas costas.

Assim quando eu cheguei na floresta segura. Vi Kaio observando um lindo pássaro azul-claro.

- Kaio! - Chamei.

- Oi, querida! - Kaio deixa de fazer o que estava fazendo, coloca o caderno na grama e vem até mim com os braços abertos. - Veio fazer o trabalho? - Ele me abraça.

- Meio sim e meio não. Vou fazer o trabalho, mas não aqui - nos soltamos.

- E onde você vai fazer?

- É exatamente nesse ponto que eu iria chegar!

- O que é? - Ele cruza os braços.

- Queria que você me dissesse onde fica a outra floresta, na qual tem aqueles bichos selvagens.

- Menina, tu é doida?! Olha, se tu morrer, diante do tribunal eu vou dizer que foi suicídio!

- Meu filho, somente me diga onde fica! - Ordenei.

- Pra lá - ele apontou para atrás de mim.

- Vai direto? - Indagei, me virando na direção em que ele apontava.

- Descendo de cabeça baixa - ele concordou, e gesticulou com a cabeça um sinal de sim.

- Ok. Tchau.

- Tchau!

E saí, deixando-o para trás. O caminho foi longo. Mas não impossível.

Chegando lá, peguei minha mochila e coloquei de lado.

Sob meus pés, enquanto eu caminhava, ouvia os estalos secos das folhas sendo pisadas. - Aquela floresta não era bem tratada como a outra.

Aves da fauna cantavam lindamente por ali. Por intermédio de um desejo instantâneo, permiti que meus olhos vagassem em busca de algum pássaro bonito e assim aconteceu: Avistei uma graciosa ave de cabeça vermelha que também era branca e preta pelo restante do corpo.

Aos olhos de outrem, aquele pássaro portentoso não poderia ser dito dono de considerável beleza. No entanto, para mim ele era bonito e transmitia algo como uma essência.

- É você mesmo. - Falei para mim mesma.

O pássaro estava junto com outro da sua mesma espécie. E havia um ninho, colocado mais a direita deles.

Mas eles voaram assim quando algo, um leopardo provavelmente, rugiu.

O som vinha da minha direita. E para essa direção eu olhei.

Quase imperceptível eu vi uma jaguatirica deitada no chão e sangrando. E na frente dela havia um homem. Seria então, um caçador? Não, não seria. Ele estava ajoelhado diante do grande animal.

Me aproximei lentamente, ficando escondida de árvores. Até que vi, um garoto de cabelos negros. E ele estava... ele estava... chupando o sangue da jaguatirica!

Cheguei mais perto. E percebi quem se alimentava do sangue do animal.

Leon.