Ironia do Destino - chanbaek | ABO - CONCLUÍDA

Emoções a flor da pele.

Estava andado que nem zumbi até a sala, não tinha dormido nada depois daquela proposta estranha que Sehun tinha feito para mim. 

Eu não estava conseguindo acreditar que ele tinha falado aquilo, porra, era o "Sehun cara de tédio" que estou falando, meu melhor amigo. Mas confesso que esse teste iria tirar essa duvida que eu tenho por ter dormido com Baekhyun naqueles cinco dias, — que talvez eu tenha me apegado a ele, coisas de hormônios, eu acho. 

Só pode ser esse o motivo para está sentindo um aperto no peito quando penso nele, quando sem querer sonho com gente naqueles dias, quando sem querer me recordo do seu sorriso, quando sem querer fico com desejo em vê-lo! Arh!

Mesmo que Kai e Sehun sejam alfas, eu não sinto que o cheiro de ambos é tão bom quanto o dele, nem dos outros caras que estudam comigo e olha que são muitos alfas nessa escola. E isso é estranho para mim, porque me embrulha o estômago, me traz uma sensação louca de vazio. Eu realmente não estou me reconhecendo. Não sei se ficar fingindo ter algo com Sehun, vá tirar essa sensação de aperto que sinto no peito.

— Hey! Chanyeol! Alô, terra para Chanyeol! — Kai passou na minha frente me segurando pelos ombros e balançando em seguida. Foi quando me despertei, nem tinha notado que tinha me desligado.

— Tô aqui, terráqueo! — respondi a ele com tom de brincadeira, mas ainda não estava no clima. Por que me sentia tão mal?

— Você está com uma cara péssima, ah! Esqueci essa é sua cara mesmo, foi mal! — Sehun se aproximou com ar de deboche costumeiro. Somente revirei os olhos e fui andando até o corredor sendo acompanhado por eles. Algumas pessoas que andavam comigo ainda me olhavam estranho. Outras eu sabia que riam quando eu passava, mas já estava me acostumando com aquilo, eu tinha que pagar de alguma forma por ter escolhido a forma mais errada possível para ser reconhecido.

— Chan, eu acho que você não parece bem. — Kai disse cortando o silencio. Ele me olhava com certa preocupação. Tanto que me parou e segurou o meu rosto e ficou me fitando como se estivesse procurando o motivo da minha tristeza. Depois de muito averiguar, ele me abraçou. Eu estava tão sentimental que o abracei de volta. Não sou muito assim, sabe. Mas sei lá, eu estava precisando, e Kai podia fazer basbaquice como o Sehun e tudo, mas ele sempre foi mais atencioso e carinhoso do grupo.

— Ô gente que melação é essa? Alguém morreu e eu não tô sabendo?! — Sehun comentou, mas ignorei e fiquei abraçado ao Kai. Mesmo abraçado a ele eu queria alguma coisa que Kai não estava suprindo com aquele abraço. Será que estou louco? Sou jovem demais para ficar doidão das idéias. Será que é hormônio mesmo? Deve ser coisa de ômega, talvez seja.

— Chan, eu tenho uma certa desconfiança do que está acontecendo contigo, mas eu acho melhor você descobri sozinho. — Kai disse ainda me aparando e fazendo carinho em minhas costas de modo calmo, que eu quase peguei no sono.

— Virou mestre dos magos, Kai? — Sehun e sua sensibilidade.

— Não seja idiota, Sehun! Só acho que se o Channie descobrir sozinho ele vá entender melhor, e cala boca, que você não está ajudando em nada. Não está vendo que o Chanyeol está mal, cara! — praguejou Kai em tom de alfa que nunca tinha ouvido, e mentalmente agradeci a ele por isso.

— Desculpa. — Sehun disse em tom baixo, envergonhado sem duvida. Senti sua mão tocar em minha cintura. — Amigo qualquer coisa estamos aqui, okay! — ele disse se aproximando e me abraçando.

Mas logo senti um cheiro tão bom, mas tão bom que meu coração bateu rápido, até estava mais leve. E logo em seguida ouvi um baque, Sehun tinha caído no chão.