Duologia P.S. - Espero que me perdoe - LIVRO 1

Capítulo 1 - Alessandra

Atualmente

Acordo com beijos sendo distribuídos pelas minhas costas, sorrio antes de me virar. Edu é tão perfeito, até hoje não teve um dia em que tivesse me arrependido de ter ido embora, desde que saímos de lá, e viemos morar no Brasil, mais especificamente em uma fazenda distante de tudo no Rio Grande do Sul, esse lugar desde o primeiro dia me faz bem. Cheguei aqui deprimida, os primeiros dias foram difíceis, me recusava a fazer qualquer coisa, Edu nesse momento me fez ficar de pé outra vez, eu amo tanto esse homem, com o tempo nosso relacionamento ficou bem mais firme, somos cúmplices, e nos damos bem, os pais dele, meus sogros, são as melhores pessoas que Deus poderia ter me dado, acredito que de algum lugar meus pais me mandaram eles.

—Vamos Ale, temos que falar com meus pais, o casamento é em três meses e eles não vão deixar a gente e paz por nada. Ainda podemos ir pro Canadá, o que acha? Trocamos de nome e vivemos em uma mansão.— começo a rir contra o travesseiro, Edu desce a mão até a minha coxa e aperta ela, fico de frente pra ele.—Bom dia dona do meu coração

—Vai dizer isso até o casamento amor? Bom dia.— beijo ele, me levanto, seus olhos se prendem no meu corpo e vou direto pro banheiro.

—Sim Ale, e eu até tomaria banho com você, se não tivesse que resolver algumas coisas com os fornecedores da empresa do Nova Iorque.— mesmo vindo morar aqui, Edu ajuda os pais com as empresas pelo mundo.

—Não iria pedir outra coisa amor, assim que terminar vou até a cidade, tenho que começar a encomendar algumas coisas, já que o vestido de noiva sua mãe disse que vou com ela até Paris para fazer. Ela falou sério Edu?— questiono enquanto termino o banho.

—Acha que dona Valéria brinca em serviço?

—Ok, vou até Paris fazer meu vestido.

Termino meu banho e vou até o closet, pegando uma lingerie de renda preta, coloco uma calça jeans de cintura alta, e uma blusa vermelha de botões, deixo meu cabelo solto e não coloco maquiagem. Coloco sapatilhas e um dos colares que tenho em cima da penteadeira.

Desço as escadas e vou direto pra cozinha, está vazia, sento e começo a tomar meu  café, como tudo que posso, porque a comida desse lugar é a melhor do mundo, sorrio quando ouços alguns gritinhos vindos da babá eletrônica que fica na cozinha, como em alguns outros cômodos, a princesa dessa casa acordou com a energia toda pelo jeito, subo as escadas e entro no quarto que fica a duas portas do meu, minha pequena está sorrindo e estende os braços quando me aproximo.

—A princesa dessa casa acordou foi?—beijo sua bochecha e sua gargalhada preenche o quarto me deixando boba como sempre.—Hora de tomar café, depois vai ficar com o papai, a mamãe vai sair.

Desço com ela nos braços e entro de novo na cozinha, Edu está com o notebook de um lado e com um copo de suco na mão, Sofia bate palmas quando vê o pai.

—Como sempre ela prefere você.—Digo entregando ela.

—Ela sabe que tem o melhor pai do mundo meu amor, o que mais ela poderia querer?—Ele entrega um pedaço pequeno de bolo que ela leva até a boca se sujando um pouco.

Sofia tem dois anos, foi uma festa completa quando descobriram a gravidez, minha filha tem os melhores avós do mundo, Lucas e Valéria são loucos pela neta. Edu parecia nas nuvens com a notícia, e quem sabe depois do casamento, e mais alguns meses falamos sobre um irmão pra Sofia, lembro do Victor mais afasto qualquer coisa sobre isso.

—Bom, se cuidem e não deixa ela rabiscar as contas da empresa outra vez, pra isso ela tem vários cadernos, e tem algumas folhas em branco na sua gaveta, tchau meus amores.—Beijo o topo da cabeça da Sofia que está mais interessada no pedaço de bolo, dou um selinho no Eduardo.