Um mês se passou desde o dia que passei mal, e a única coisa que eu fiz foi ficar na casa de minha mãe ouvindo sermão, ou na casa de Beverly Hills longe de todos.
Quando me dava coragem, até ia para a escola, só para não reprovar por falta pois a única coisa que fazia nas aulas era dormir e jogar um joguinho idiota no celular.A alguns dias, comecei a passar mal, sentindo dores de cabeça e tontura de vez em quando. Então como acabei ficando preocupada para saber o tanto que minha saúde piorou, fui ao médico sem ninguém saber.
Tirei sangue à dois dias e hoje iria receber o resultado.
Quando o doutor me falou o que me causava aqueles sintomas e me entregou o papel do exame, minha boca se abriu em um perfeito O.
"Sophia, você está bem?" Perguntou ele. Nesses dias essa é a única pergunta que eu escuto que é dirigida à mim, já me acostumei a ignorar.
Não o respondi e cobri meu rosto com as mãos, não poderia ser, eu não deveria estar grávida.Então, depois de um tempo no consultório me recompondo, saí dali pronta para voltar para casa e chorar até minha cabeça latejar.
Fiquei dois dias escondida do mundo novamente, e dessa vez nao falei com ninguém. Mas então, graças a esses dois dias, resolvi encarar Ian, o chamei para conversar.
Respondi suas mensagens desesperadas e marcamos de conversar em sua casa, em um dia que ele me disse que era certeza que não teria ninguém na casa além de uma única empregada.
E assim se fez, me ajeitei o máximo que minha auto-estima suportava sem falar em minha mente que eu ficaria ridícula se não usasse um moletom e calça jeans e um tênis escuro.
Peguei um carro que tinha na garagem, e mesmo sem habilitação para dirigir, fui até sua casa, esperando ter uma conversa calma e rápida com ele.