War of ruined · jikook [ABO]

[07] Meeting and measures drastic

—Jimin... Jiminnie! — sentiu seu corpo balançar uma última vez antes de abrir os olhos e levantar a cabeça. —Você está atrasado!

—Que horas são? — perguntou dando um solavanco na cadeira, enquanto corria em direção ao banheiro.

—Oito e quarenta e três da manhã — Seokjin respondeu, olhando o relógio de pulso.

—Puta merda — tirou sua roupa na velocidade da luz e entrou em baixo do chuveiro. —Arruma um uniforme limpo pra mim, fazendo um favor!

Terminado o banho, se secou e saiu do banheiro com a toalha nos cabelos, sem se importar se estava nú ou não. Afinal, Seokjin não sentia atração por ômegas, e eles eram apenas amigos.

Vestiu a roupa íntima e em seguida o uniforme, não se esquecendo de ajustar os medalhões ganhados em missões no blazer azulado. Depois penteou os cabelos e escovou os dentes, saindo apressado de seu escritório, acompanhado do Kim.

No meio do percurso, se xingava mentalmente por um deslize como este. Era um ômega, porra! Sendo lúpus ou não, ainda era um ômega. E ômegas não possuem privilégios.

Como pudera se esquecer de uma reunião tão importante?

—Eu sou um maldito irresponsável — praguejou para o alfa ao seu lado, passando pelos corredores, há metros da sala de conferência.

—Erros acontecem, Jimin — tentou acalmá-lo. —Eu sei o que vai me dizer, e pouco me importa sua classe, qualquer um pode errar!

Iria respondê-lo, mas não teve tempo. Em um piscar de olhos já estava adentrando o cômodo da reunião, recebendo olhares desgostosos e murmúrios desprezíveis. Sem outra escolha, se curvou em reverência e pediu perdão pelo atraso.

—Me desculpem por isso, não irá se repetir — então, se sentou em seu lugar.

—Bem, onde estávamos? — questionou um dos executivos presente no local. —Ah, sim! Os planos para invadir Seul...

—Invadir Seul? Não seria nos defender deles?

—Para que nos defenderemos se temos poder o suficiente para atacá-los antes de acontecer o contrário? — rebateu.

Riu sem escrúpulos. —Meu senhor, há inocentes lá assim como aqui! Invadir vai levar a morte de pessoas que não possuem culpa alguma!

—E daí? São apenas alguns híbridos — deu de ombros. —Pessoas morrem o tempo todo para outras viverem, é a lei da vida.

—Não — negou. —Pessoas boas morrem o tempo todo, porque pessoas como você matam elas! — se alterou, esmurrando a mesa à sua frente. —Não é a lei da vida! É a sua lei idiota!

Todos se assustaram com o temperamento do ômega, ele sempre foi muito respeitoso com seus superiores, mas naquela situação, a palavra "respeito" não se encaixava. Era sobre a vida de centenas de famílias que estavam falando, e Jimin se recusava a aceitar aquilo.

—Eu sou o capitão daquele exército! E com ele eu faço o que bem entender! Quando Seul vier, vamos contra-atacar e defender nossas terras. Ninguém precisa morrer além dos soldados envolvidos na guerra!

—Eu concordo com o Park — Hoseok se manifestou, apoiando o amigo.

—Mas-

—Está decidido — confirmou o general. —A responsabilidade da arquitetura dos planos está nas mãos do Capitão Park, como sempre foi e como sempre será. Essa reunião termina aqui, e esse assunto está oficialmente encerrado. Obrigado pela presença de todos.

Os alfas de grande poder saíram aos poucos, alguns revoltados, outros conformados, e dois ou três que estava alí por obrigação e não ligavam pra nada.

Jimin espalmou as mãos pelo rosto, completamente arruinado. Havia acabado de adicionar mais algumas dezenas de inimigos pra lista. Não era como se fosse incomum, estava acostumado com todos lhe odiando.

—Chego atrasado, insulto um dos executivos chefe e quase mando ele tomar no cu — suspirou. —Meu dia poderia ficar pior?

—Não diga isso — pediu, Jung. —Vamos apenas encher a cara, como sempre!

—Não tenho tempo para isso — se levantou, afrouxando a gravata e abrindo os dois primeiros botões de sua camiseta. —Não somos mais adolescentes imprudentes, Hoseok.

E sem dizer mais nada, se retirou. Deixando um Hoseok boquiaberto e um Seokjin surpreso para trás. Normalmente, Jimin não recusaria uma boa cerveja, ou tarde de bebedeira. Entretanto, sua atitude era compreensível, ele claramente estava estressado com tanta coisa acontecendo de uma vez.

Uma guerra estava por vir.

As responsabilidades se acumulavam cada vez mais em suas costas.

E falar é mais simples do que fazer.

Será um conflito confuso. Desde a primeira ameaça, no ano anterior, quaisquer tipo de conexão entre as duas metrópoles acabou. Seja politicamente ou via internet. Era como se Seul automaticamente se denominasse um novo país.

A sorte de Busan, são seus aliados. Daegu e Incheon estão ao seu lado pro que der e vier, se precisarem de alguma ajuda, basta contatá-los.

Ainda sim, Jimin tem a certeza de que haverá complicações. Aliás, se parar para pensar um segundo, pode haver espiões dentro do seu próprio exército. Coisa que, claramente foderia com eles e todas as suas expectativas de vitória.

[...]

A tarde de Jimin, novamente, foi cheia. Lá estava ele, quase matando um dos novatos apenas com as palavras. Simplesmente dizimava o jovem, e o humilhava.

Pode soar ruim aos ouvidos de alguns, mas comparado a tudo que aguentou durante seus anos como soldado, aquilo não era nada. Sem dizer que, como comandante, tinha o dever de botá-los na linha, e com carinho com certeza não seria.

—Me ouviu?! — perguntou em um esbravejo. —Agora faça de novo, e faça direito, seu inútil!

De certa forma, devia admitir que estava descontando todo seu estresse naqueles coitados. E devia admitir também, que era prazeroso. Por Deus, se sentia um maldito sádico as vezes.

—S-sim, senhor!

—Ótimo — sorriu discretamente e voltou sua atenção a outro soldado. —Você! Que porra é essa? Será que eu vou ter de desenhar pra vocês como é que se faz? — gritou. —Pelo amor de Deus, vocês são alfas ou o que?!

As vezes se sentia em uma sala de aula. Ele estaria representando o professor de história insuportável que ninguém gosta, mandando seus alunos calarem a boca e fazerem as coisas do seu jeito.

Entretanto, para Jimin, tudo na vida tem um propósito, e se ele nasceu ômega lúpus e estava alí, deveria existir um motivo. E talvez fosse mais decifrável do que parece.

(N/A)

Esse sim foi um capítulo que eu gostei de escrever

as palavras simplesmente fluíram e eu fui digitando, no modo automático

gosto disso, pois é a minha criatividade e inspiração em ação

mas foi isso ae galera

espero estarem gostando

E ESTAMOS BEIRANDO O 1K HEIN

amo vocês 💕