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Point of View Lucy

Frio … meu corpo estava frio e eu sentia uma dor aguda no ventre, mais sinto um toque suave sobre minha barriga, coloco a mão sobre a de Mark e lentamente abro os olhos, tendo a imagem do mesmo, que parecia pior do que eu.

Lhe dou um ternura, carinho e amor, pois sei que é disso que ele mais precisa agora, ele pega uma cadeira e se senta do lado da cama, apoiando a cabeça sobre a cama, coloco a mão em seu cabelo os acariciando e o vendo simplesmente fechar os olhos e chorar em silêncio.

Porque no final, quando você perde alguém, cada vela, cada oração, não vai mudar o fato que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida, onde alguém que você se importou costumava estar.

Mark avia dormido então escuto baterem na porta, Sana entra e rapidamente me abraça apertado, eu precisava daquilo, de um abraço amigo forte.

- Sinto muito Lucy.  - fala abafada e eu respiro fundo.

- Por que quando tudo esta indo bem, coisas ruins acontecem Sana? - Pergunto com a voz embargada e ela me olhou com pena. Como odeio esse olhar.

- Eu …. Não sei.  - Fala atrapalhada e eu me afastei da mesma passando a mão pelo cabelo.

- É melhor você ir. - falo olhando para a porta. - Não se preocupe eu vou ficar bem. - Completo olhando Mark que dormia serenamente.

- Vai me ligar? - pergunta receosa e eu concordo beijando a bochecha da mesma antes dela ir embora.

- Mark. - o chamo calmamente passando a mão por seu cabelos castanhos sedosos, o mesmo vai abrindo os olhos lentamente e se espreguiça me olhando preocupado.

- O que foi? Esta sentindo alguma coisa? Sente dor? Quer que eu chame o médico? - pergunta como uma metralhadora e eu solto um curto riso.

- Estou bem Mark. - falo segurando sua mão e ele solta um sorriso tímido. - Quero que vá para casa e descanse. - falo e ele me olhou sério pronto para negar mais continuo. - Eu estou bem, não a nada que você possa fazer aqui,vá para casa, tome banho, se alimente, descanse e traga uma bolsa de roupas para mim. - falo firme e ele suspira.

- Tem certeza que vai ficar bem?  - pergunta e eu o puxo pela mão juntando nossos lábios, em um selinho que virou um beijo profundo. - Venho te buscar amanhã. - fala de olhos fechados e testa encostada na minha.

- Tudo bem. - dito colocando a mão em seus ombros e o afastando, ele me olhou uma última vez e foi embora.

[•••]

Estava andando pensativa pelos corredores do hospital, quando ouvi um senhor baixinho, de cabelos brancos e roupas brancas em uma cadeira de rodas dizer: “Amei a mesma mulher durante 50 anos”. Pensei no quanto isso era lindo, até que ele disse: “Queria que ela soubesse disso.” 

Uma tristeza bateu e pensei em Mark.

Teríamos um bom futuro juntos?

Saberíamos lidar com nossas diferenças?

Vale a pena tentar?

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