Memória, não se perca no rancor da alma!
Não te esqueças do amor;
Não ultrapasse o limite da raiva,
para que eu não me esqueça;
Não me deixe só nesse corpo mortal, de ódio e rancor...
no buraco vazio que se tornou escuro.
Lapso de memória,não te esqueças da história!
Não corra para as profundezas do abismo;
Não mergulhe no sangue derramado que foi vítima da ira;
Lembre-se das boas lembranças que permeiam meu coração,
tenha misericórdia deste corpo mortal fadado ao ódio!
Instinto corrupto que só pensa em vingança,
vá para o esquecimento,
esse será seu castigo!
Sou inimiga de mim mesma.
Conheço cada face de meu ser,
O esquecimento poderia tirar de mim meu instinto cruel,
mas fará pior,
tirará minha essência,
o meu perdão.
A chance de perdoar através das boas recordações desapareceria...
Mas sou o bloqueio do amor,
Inimiga de mim mesma,
Presa num corpo mortal,
Fadada ao caráter cruel.
Lapso de memória,
leve consigo o ódio!
Não me deixe presa no abismo profundo do meu ser!
Memória, não se perca no rancor da alma!
Lapso, não te esqueças,
para que eu não me perca.
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Multifacetada
PoetrySão poemas que retratam as várias faces de uma garota. É aqui que compartilho meus sentimentos mais profundos e obscuros.Em cada palavra deixo minha marca.