Capitulo 62

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Enzo estaciona na frente do meu prédio enquanto eu tirei o cinto, ele saiu do carro dando a volta pra abrir a porta pra mim. Fiquei surpresa mas não falei nada, sai do carro e ele fechou a porta.

- Não quer subir? - pergunto.

- Não posso, tenho que passa em um lugar pra resolver uma coisa.

- Tá bom então - suspiro.

Observei cada detalhe do rosto dele. Enzo é tão lindo e tá tão calmo. Queria tanto acreditar mesmo em tudo que ele falou..

- Obrigado por hoje - ele soltou um pequeno sorriso com minha fala.

Ele me olhava de um jeito que eu não sei explica, sem conseguir aguentar mais eu segurei o rosto dele com as minhas mãos e me aproximei rapidamente selando nossos lábios.
Logo senti seus braços firmarem na minha cintura colando nossos corpos, a língua dele adentrou minha boca se misturando com a minha em um beijo quente e molhado. As lembranças de Cancún vem a minha mente e eu automaticamente abraço mais ele em mim.

Soltei dele e terminei o beijo com selinhos.

- Acho que você deveria ir embora comigo - ele diz e eu do risada.

Beijei ele de novo, soltei e sai andando.

- Tchau - ele diz e eu olho pra trás.

- Tchau.

Observei ele arrancar com o carro e subi pra casa. Entrei olhando pro chão e lembrando das palavras dele na minha cabeça, me joguei na cama vendo borboletas de tão boba que eu tava, o beijo dele é tão bom e tão excitante.

Coloquei minha camisola e tirei a maquiagem, me deitei e como o cansaço tava demais e eu levantei cedo acabei dormindo rápido..

ENZO P.O.V.

Durante o jantar meu celular não parava de vibrar com mensagens da Barbara falando que precisava conversar comigo. Não sei por qual motivo mas também nem quero saber, vou pra casa logo pra tomar aquele banho quente e deita.

No teatro tive a comprovação que minha mãe talvez não saiba o que meu pai esconde de mim que tem haver com a Fernanda. Helena parecia não entender nada do que estava acontecendo porque ela ficou igual a Fernanda, as duas se olhando sem entender o clima pesado que tinha ficado enquanto meu pai insistia pra que eu fosse jantar com eles.

Eu preciso saber o porque mas pra isso preciso da Fernanda cada vez mais perto de mim. Primeiramente pra provocar meu pai e segundo porque talvez lá na frente, dependendo do que seja, eu vou precisar dela mesmo assim.

Só o que atrapalha é ela, esse jeito dela, aquele corpo que me atrai. Esse sentimento confuso que tenho quando se trata dela, quero estar perto o tempo todo. Merda!

Chegando em casa deixei meu carro na garagem e sai. Tava sem a chave da porta da garagem então fui pela porta central mesmo, entrei já pendurando a chave do carro no chaveiro do Hall e desabotoando meu paletó..

- Demorou - ouvi a voz feminina familiar ecoar na sala.

Olhei pra frente vendo quem eu já sabia com meu copo de uísque na mão.

- Podia me responder sabia Enzo?

- Barbara o que tá fazendo aqui?

- Vim te visitar querido, já que você não vai lá - disse indo até a mesinha de bebida.

Sentei no sofá jogando meu paletó do lado e veio ela também se sentar do meu lado colocando meu copo na mesinha central.

- Onde você tava?

- Jantar.

- Com seus pais?

- Não, tava com a Fernanda - afrouxei minha gravata e abri um botão da camisa - Encontrei ela lá no teatro.

- Hum, a incrível Fernanda - bebeu um bom gole - Quando vai me deixar conhecê-la?

- Não sei.

- Não contou nada pra ela né?

Balancei a cabeça negativamente indo pegar o copo pra beber.

- Enzo como quer um relacionamento com essa garota se ela mal sabe sobre você.

- Depois conto, tenho que resolver outras coisas mais importantes.

- Fiquei sabendo pela minha querida irmã que você e seu pai não estão nada bem..

- Meu pai tá escondendo alguma coisa de mim.

- Família Thompson tem tantos segredos - disse rindo - Mas ele tão escondendo tipo o que? Tem ideia?

- Não, mas tem haver com a Fernanda.

Olhei pra ela que fechou o sorrisinho na hora e bebeu o restinho de álcool que tinha no copo pra disfarça. Arqueei a sobrancelha estranhando, ela também sabe do que se trata.

- Sabe de alguma coisa?

- Não - respondeu rapidamente - Sabe que meu cunhado não é de me contar as coisa.

- Entendi - virei o resto de bebida.

- Quer mais?

- Tá tentando me embebedar Barbara? - perguntei olhando pra ela que deu risada.

- Óbvio que não.

Deitei a cabeça no sofá e ela ficou me olhando cerrando seu riso.

- Pois é, meu sobrinho tá virando um homem - dei risada desviando olhar pro teto.

- Irônico você me nomear como sobrinho.

- Por que?

- Porque não sou seu sobrinho.

- Mas eu considero.

- Mentirosa.

- Olha meu amor por eu ser a mulher que te apresentou o lado bom da vida, deveria me tratar melhor.

- O lado bom?

- Claro, vai dizer que diversão é ruim.

Antes que pudesse responder um celular começou a tocar no meio de nós dois, olhamos e estava o nome do Guilherme na tela do celular dela. Voltei a olhar pro teto enquanto ela bufando atendeu a ligação.

- Oi filho.. - levantou indo pra cozinha.

Suspirei pensando na conversa que acabei de ter com ela, Barbara é aquele tipo de pessoa que quer ter todo mundo na mão dela, foi o que ela fez comigo por muito tempo da minha vida. Até eu crescer e me tocar do que realmente tava acontecendo.
Apresentar a Fernanda pra ela é uma coisa muito complicada, o sonho da Barbara é que eu continue sendo o solteirão que sempre fui porque ela sempre me viu assim, já a Fernanda pensa mais no futuro, casamento e filhos. As duas são mulheres de mentes fechadas, pra eu apresentar essas duas primeiro a Fernanda tem que ficar sabendo de tudo, coisa que vai complica mais ainda.

Uma hora ou outra eu vou ter que contar..

Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora