No escondido é mais gostoso

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Ela pegou a minha mão e deslizou pelo meio das pernas dela. No escuro da boate e no cantinho mais escondido ainda do lugar, parecia que ninguém ia nos importunar, então não esquentei para qualquer limite que o pudor pudesse impor. Deixei que ela me levasse e não posso falar que estava sendo usado. Acho que, no fundo, tudo que a gente precisa é de alguém que dê vazão às nossas loucuras e que seja, na prática, tão ousado quanto o pensamento.

Até por que só pensar não adianta nada.

Ela estava sem calcinha. Percebi isso e fiz uma cara de espanto que ela teve de rir. E ainda me disse “quero te dar no banheiro da balada”. Eu achei que ela tava louca. O segurança na porta, o fluxo insano de pessoas entrando e saindo e aquele tesão batendo de uma forma tão maluca que eu poderia deixá-la nua na pista e sei que ela me chuparia com prazer ali.

Eu continua sorrindo, de nervoso. Aquela mulher maravilhosa dizendo que queria fazer aquilo tudo bem ali me fazia pensar que não adianta mesmo tentar imaginar como alguém pensa. Logo ela, que sempre ficava tímida para as conversas mais apimentadas no Whats, agora me dava uma aula de como deixar alguém subindo pelas paredes.

– Inocente ou não, importante é saber a hora de perder o controle.
Falou e botou meu pau pra fora da calça. Me imprensou na parede e fez menção de subir no meu colo. Chegou a roçar a cabeça na boceta molhada, deslizou o comecinho, mas sentiu que alguém observava. Parou, me beijou e disse que era agora ou nunca. A essa altura eu só pensava na gente dentro de qualquer uma das cabines, metendo forte e eu segurando a minha garganta e tampando a boca dela pra ninguém saber.

E aí é que mora a coisa mais louca de tentar fazer isso numa night qualquer: a divisão de gênero faz com que a organização natural das coisas separe as pessoas e não permita que role nada mais apimentado – pelo menos ali. O perigo de fazer aquilo, a tensão misturada à vontade de trepar loucamente e um dos dois instigando tornam tudo mais delicioso. E deve ter sido por isso que nem percebi em que raios de banheiro estávamos entrando. Só vi a porta sendo trancada e ela vindo pra cima.

É uma rapidinha, ela praticamente me informou, como quem pedia para eu botar com força, fundo e sem se estender muito. E eu atendi.

Talvez tenhamos demorado um pouco mais do que deveríamos, mas ainda bem que não havia ninguém na fila do banheiro para pessoas com deficiência. Ela foi se atirando pra fora fingindo que nada tinha acontecido e eu ainda levei uns minutos para me recompor, mas o medo de ser pego foi embora assim que percebi que os seguranças estavam mais preocupados com dois brigões na pista do que com o que rolava nos banheiros.

Voltei e a encontrei no meio dos amigos, rindo, me olhando com a cara mais safada do mundo e eu não aguentei:

– Vamos embora? Por favor… conheço outro lugar onde a gente pode fazer isso sem ter que se preocupar se alguém vai nos ver ou nos obrigar a parar.

– Já até paguei minha conta. Me leva pra onde você quiser.

No carro, em direção ao motel, perguntei por que aquela loucura toda se a gente podia ter ido embora antes. Podia, ela disse, mas sem uma história boa pra contar. E sorriu. Aquele sorriso de que sabia que tinha o controle inteiro da situação e que se sugerisse qualquer outra loucura pra mim eu atenderia sem nem hesitar.

Acho que é isso que a gente procura em alguém: um parceiro ideal para cometer as maiores loucuras. Aquilo que você pensaria “nunca faria isso”, mas com a pessoa certa até repetiria.

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