Capítulo 15

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Fiorella

Eu e Caio fomos o caminho todo falando sobre coisas aleatórias e cantando as músicas que tocavam na rádio. 

-Quem era aquele homem gato que ficou olhando para você quando te abracei? - Pergunta Caio do nada

-Ah, aquele é o babaca do meu professor. 

-O que você pegou na balada? - pergunta surpreso

-Sim, lindo né - acabei elogiando ele, o que fez eu ficar surpresa comigo mesma.

-Lindo? Pouco para ele né, pelo que vi ele é um gostoso, pena que estava com tanta roupa por cima daqueles braços. -Diz Caio rindo

-Você é bem descarado né - falo rindo dele. 

-Mas e vocês, ficaram de novo? - Ele pergunta todo curioso, e conto tudo o que aconteceu. - Não acredito, ele te quer e fica nesse cu doce, sem contar que vocês dois estão com graça.

-Não é graça Caio, e sim errado, não podemos ele é meu professor, pode acabar com a carreira dele. - fomos conversando até chegarmos no apartamento deles, e Caio fala de um barzinho novo que abriram.  Resolvo ir, preciso me divertir e me distrair um pouco.

Eu e Krissy fomos nos arrumar para ir nesse tal barzinho que Caio falou. Passei uma make bem básica e um batom vermelho que destacou meu rosto, Krissy insistiu que eu usasse que ficaria lindo e realmente ficou. Optei por um vestido vermelho um pouco decotado que batiam no meio de minhas coxas e coloquei um salto que Krissy me emprestou, ele era preto, a coisa mais linda.

Krissy fez uma make dourada nela o que combinou com seus olhos, colocou uma calça e um cropped. Caio estava com uma calça colada e uma camiseta. Lindo como sempre. Ele não parece ser gay, somente quem é próximo a ele sabe de sua sexualidade, o homem exala masculinidade, e tira suspiros por onde passa.

Quando eramos mais novos, tínhamos uns 13 anos, chegamos a "namorar", ficamos 2 meses juntos e então ele percebeu que não era o que ele queria e que não gostava, com isso ficamos mais íntimos e mais próximos cada vez mais.

Fomos todos no carro do Caio, ele quem sabia onde era então resolvemos que ele seria o motorista da noite. Chegamos lá e não parecia um barzinho e sim um restaurante, tocava uma música baixa e agitada, havia bastante pessoas, sentamos em uma mesa lá fora.  Logo veio uma moça baixinha e com um corpo invejável até nós.

-Olá, boa noite, o que desejam. Este é o cardápio - diz ela um pouco tímida, acredito que é por conta de Caio.  Pedimos uma porção de batata com cheddar

-Me trás um suco de laranja com um pouco de vodka. - diz Krissy 

Opto por pegar apenas suco de laranja e Caio também. Logo chega nossos pedidos e comemos enquanto conversamos.

-Amiga, tem um cara em uma mesa aqui do lado que não para de te olhar - Diz Krissy, quando olho vejo de quem se trata 

-Não acredito que ele ta aqui, que merda - digo para ela e Caio.

-Quem é?- Diz Krissy

-O professor da faculdade dela, que ela pegou na boate e depois pegou na faculdade. - diz Caio super tranquilo

-Que? Como assim na faculdade?? - diz ela indignada e conto tudo para ela e ela ri e diz que estamos de cu doce, assim como Caio. Será que nenhum dos dois percebem o quão errado isso é? Meu Deus.

Levanto da mesa e vou até o balcão e peço outro suco e resolvo esperar, assim não tenho que ficar lá sentada enquanto ele me olha descaradamente.  Sinto alguém se aproximando e Theo para do meu lado. Que merda, parece até que é perseguição 

-Que foi? Tá me seguindo agora? - digo encarando ele

-Ia te perguntar o mesmo. Você está linda - Fico vermelha assim que noto seu olhar por todo meu corpo

-Obrigada, agora por favor me de licença, quero ficar sozinha. - digo tentando parecer séria

-Fiorella, a gente precisa conversar. - digo ele sentando no banco ao lado do meu

-Não temos nada para conversar- digo me levantando e ele segura meu braço

-Então me escuta pelo menos? -Volto a me sentar e o encaro esperando ele falar - Eu não sei o que ta acontecendo, mas desde o dia da boate você não sai mais da minha cabeça, não estou dizendo que quero me casar com você e sim que quero você, e sinto que me deseja também, se não você não estaria sentada aqui comigo, e nem mesmo ficaria vermelha quando te elogio, ou retribuiria meu beijo ontem na sala. Sei que é errado e perigoso  para você e para mim. Mas ninguém precisa saber e a gente não precisa ter nada, a gente pode só ficar as vezes, quando der vontade, algo sem compromisso. - Escuto tudo atentamente e não sei o que dizer, fazer ou até mesmo como agir, apenas o encaro e fico quieta - Diz algo por favor

-Olha Theo, eu não sei, você é meu professor se alguém descobre você perde seu cargo e ai? Você se ferra por uma aventura.

-Ninguém vai descobrir, Fiorella a gente se deseja, aceita, a gente fica e se a gente não gostar a gente esquece tudo o que aconteceu, e ninguém ficará sabendo. Não por mim. 

-Tá bom, mas nada dar na cara, e a gente não tem nada, você é livre e eu também, a gente só vai se encontrar quando sentir necessidade, acabei de sair de um relacionamento e não quero me machucar novamente. - Digo e ele concorda com a cabeça.

Sinto sua mão nos meus cabelos e ele se aproximando de minha boca e me beija, dessa vez eu não tentei resistir apenas o beijei novamente, foi um beijo diferente, foi calmo, com desejo. Sinto sua mão esquerda apertar uma de minhas coxas e ele encerra o beijo com alguns selinhos. Dou um sorriso para ele e meu suco chega.

-Agora preciso voltar para minha mesa, até mais. - Digo me levantando

-Espera ai, me passa seu número? - Diz Theo

-Pra que? A gente não tem nada, se quiser me chame no facebook, beijos. - digo e saio andando e me sento na mesa.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora