já é manhã , mas estou com sono ainda, dormi quanto tempo? bom, na escola eu penso isso.
caminhando, eu vou percebendo o cinza nas cores das pessoas, em cada atitude, riso, tudo é parado e fútil.
ouvindo minha música, entro em outro mundo, um mundo só meu, onde existe vida.
esse termo, vida.
como é confuso para alguém como eu, vida.
toda vida tem um começo, um meio e um fim, isso não é algo monótono ?
eu não entendo, porque existes, vida?
mas ao mesmo tempo, agradeço por existir, sinto que eu não seria o mesmo sem ti.
acho que esse é o mesmo tipo de sentimento que tenho por minha amada, que estranho.
o dia passa e mais uma vez me aqueço com seu sorriso de despedida, e como eu odeio despedidas.
chegando em casa, pego meu telefone e já que não tenho nada para fazer, vou ouvir o correio de voz.
no primeiro, tem cerca de 13 segundos, é algo gritante , muito agudo e não dá pra identificar nada familiar.
no segundo, tem 12 segundos, nesse parece ser uma mulher chorando seguido de um vidro quebrando.
no terceiro... tem 3 segundos e ele fala "não olhe", uma voz feminina grossa com um tom meio desesperado, mas não algo gritante como o primeiro.
no quarto, esse é estranho, não quer abrir de jeito algum, até tentei reiniciar o celular e nada funciona.
no quinto, bom, esse foi familiar: escuto um tipo de chocalho e risadas infantis, sinto que já ouvi essa risada, mas não sei ao certo ond... calma, sei sim.
isso... por algum motivo me lembra minha amada, mas não a atual, a minha amada dona do choro de muito tempo atrás.
mas como? isso é algum tipo de brincadeira de alguém, mas é muito estranho o fato de que a risada me lembra a de minha amada.
agora é melhor eu olhar o registro de chamadas, bom, pelo que me lembro antes tinham mais que 10, agora tem 35 e a maioria delas é de um número oculto, o intervalo entre elas é estranhamente peculiar, tem 3 minutos de diferença pra cada, e as primeiras foram feitas no mesmo minuto. isso parece muito que alguém estava desesperado por algo , acredito eu que foi algum engano, mas a coincidência não me deixa pensar isso ao certo.
após algum tempo de conversa, pergunto para ela se alguém a ligou em algum momento de um número oculto, ela diz que não e acrescenta que teve um pesadelo na noite passada , acabou acordando no meio da madrugada e quando foi olhar o seu celular, aparecia 4 chamadas perdidas vindo de meu número, algumas mensagens aleatória vindo de meu número também, fotos do escuro.
mas não me lembro de ter mandado isso, porém é levemente familiar, bom, não sei.
só que.. com essa sequencia de acontecimentos, em vez de sentir medo disso, eu sinto medo de uma única frase que me assola: onde eu estou?
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Exenfove
Romancetalvez o leitor consiga ler meu diário. mas é isso mesmo que deseja?