Betty Cooper3 meses antes. Início do verão.
Estava de volta a Riverdale depois de quase dois anos longe desta maldita cidade. O motivo para eu ter pegado minha moto e saído sem rumo? Haviam vários, mas que não tinham por que serem lembrados agora. Agora eu tinha 17 anos, e decidi que faria o meu último ano na cidade em que eu nasci e vivi a minha vida inteira, mesmo que as pessoas que aqui vivem me causassem nojo, uns hipócritas em sua maioria. Riverdale era aquele tipo de cidade pequena que se esforçava em parecer perfeita e amável, e até certo ponto realmente conseguia, pois seus habitantes nunca mostravam quem eram realmente, há sempre uma podridão escondia, todos aqui têm seus segredos obscuros que se mantinham escondidos por uma máscara. Mas na verdade, esta cidade está bem longe de ser perfeita.
Eu moro no lado sul da cidade, um lugar que não era muito bem visto pelas pessoas perfeitinhas que residiam no lado norte, por ser perigoso, um lugar barra pesada por assim dizer, mas quem é que está se importando, não é mesmo? Eu não estou. Arrisco dizer, que é por conta dos Serpentes do Sul, gangue da qual eu faço parte desde os meus 14 anos, as pessoas do lado norte acham que somos o tipo de criminosos sádicos e pessoas muito perigosas que podem fazer mal a seus filhos e a quem eles se importam, mas não é verdade, posso dizer que somos até um pouco pacíficos, se ninguém se meter no nosso caminho para nos prejudicar, é claro.
Eu nunca fui uma garota que segue as regras, muito menos que finge ser algo que não é para agradar terceiros. Desde muito nova tive que aprender a me virar sozinha, pois minha mãe estava muito ocupada bebendo, se drogando e transando com seus inúmeros clientes, tive que ser auto suficiente e cuidar de mim mesma, se não ninguém faria isso, de certa forma até foi bom, isso me faz forte e não precisar de ninguém. Portanto, vivo para mim mesma sem ter que dar satisfação da minha vida para ninguém, fiz coisas que não me orgulho? Claro que sim, muitas, e ainda continuo fazendo. Mas quem irá lidar com as consequências dos meus erros, serei eu, e sempre assumi esse risco.
O que estou fazendo agora? Comendo um lanche no Pop's, tive que sair de casa pois minha mãe levou um de seus clientes para lá, briguei com ela porque já tinha dito mil vezes que não queria ela trazendo homens para nossa casa, mas como sempre Alice não me escuta, tive que sair daquele lugar para clarear as ideias. Olho em volta na lanchonete e tinham poucas pessoas ali, eu sentia saudades deste lugar, lembro que vinha aqui com meus amigos, quando eu os tinha, e também foi aqui o meu primeiro encontro com o meu ex namorado. Reviro os olhos e como uma batata frita, não tinha razão para pensar no passado agora, aquela pessoa que você era Elizabeth, definitivamente morreu no dia daquele maldito baile. O que aconteceu não importava mais.
Ouço o sino da entrada tocar e meu olhar vai para quem havia acabado de entrar. Jughead Jones caminhava em direção ao balcão para fazer seu pedido com uma garota em seu enlaço, uma visão costumeira porque Jones sempre estava acompanhado por uma boceta. Reviro os olhos e solto um riso debochado desviando o olhar para a janela. A sorte definitivamente não estava ao meu lado, por que eu tinha que encontrar justo ele no meu primeiro passeio na cidade? Poderia ter sido qualquer pessoa, mas não ele! Eu poderia explicar a minha história com Jughead porque, sim, nós temos uma história. Mas ela era desgastante e fodida demais para contar em detalhes, estou dispensando todo o drama que essa história envolve. Basicamente, ele é um babaca fodido, e isso é tudo o que precisam saber.
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Bad Decisions
FanfictionQuando se é jovem, tudo o que você se importa é em seguir o fluxo, viver cada momento intensamente como se fosse o último de suas vidas. Cada memória criada conta, sejam elas as mais belas ou as que fazemos de tudo para esquecer, são importantes par...