Primeiras Vítimas Da Maldição

379 20 81
                                    

Estela estava já na cama pronta para dormir, quando Fernando, assim que saiu do banho se deitou ao lado dela.

— Está melhor, amor? – Ele deu um beijo na testa dela. – Tomou o remédio para enjoo?

— Sim. Mas eu preciso te contar uma coisa. – Ela começou.

— O que foi?

— Antes eu  queria saber se você ainda tem algum desejo pelo Ciro?

— Que?

— Vi os olhares que você lançou a ele na reunião. Sente algo por ele ainda?

— Claro que não! Eu te prometi jamais voltar a me envolver com outra pessoa.

— Mas isso não te impede de desejar.

— Tudo que sinto pelo Ciro é apenas desprezo por tudo que fez, e sinto pena do pobre Daciolo.

— De verdade?

— Sim. Agora conte, o que ia dizer?

– Eu não achei que fosse acontecer, mas aconteceu. Eu estou grávida, Fernando. – Disse.

Fernando ficou sem reação.

— Sério? Você está mesmo grávida?

— Sim. Até eu fiquei surpresa. O doutor disse que apesar de na minha idade as chances serem baixas de acontecer... – Fernando não deixou ela completar, pois a beijou.

— Isso é ótimo! Os meninos vão amar ter mais um irmãozinho ou irmãzinha.

— É melhor eles não saberem ainda. Melhor esperarmos passar o tempo de risco. Não vamos dar esperanças a eles pra depois...

— Vai dar tudo certo, e va... – Foi interrompido por seu celular. Era Ciro. – Eu já volto amor. – Falou dando um beijo nela e se levantou saindo do quarto. – O que você quer, Ciro?

— Mas que rude. Precisamos falar sério, sobre o que discutimos entre os presidênciaveis. Possivelmente vão surgir alguns políticos homens grávidos, e tem uma grande chance do Alckmin já ter sido atingido. – Ciro falou preocupado.

— Do que você está falando?

— Lindbergh falou duma tal maldição dos parlamentares, e então lembrei daquele dia em que fizemos um troca troca sem proteção, e pode ser possível que estejamos... Você sabe, igual Bolsonaro.

— Não imaginei que você fosse de cair nessas coisas, Lindbergh não devia estar falando sério.

— Fernando, eu... Estou me sentindo estranho.

— Ciro, você andou bebendo não foi? Por que não volta para o seu novo amante, o inocente do Daciolo, vai ver se ele não engravidou. – Fernando desligou, estava magoado com Ciro, porque enquanto estavam juntos, Ciro buscava outros, teve uma noite com Aécio, inclusive passou semanas com Boulos, para depois engatar em Daciolo enquanto ainda tinham um caso. Agora seria melhor viver o presente que recebera de sua esposa.

Quando voltou ao quarto, Estela estava já dormindo. Beijou a testa dela e se deitou a abraçando.

⭐🌟⭐

— Fernando deve ter razão, Lindbergh não estava falando sério. Como justo eu fui cair nisso? – Ciro pensou em voz alta. Estava na cama, esperando por Giselle.

— De novo pensando em Fernando, Ciro? – Giselle perguntou.

— Eu? Não! De onde tirou isso?

— Eu não aguento mais, Ciro. Você vive me colocando chifres com vários machos em Brasília, cansei de tanto chifre. Minha cabeça dói muito por isso.

— Você quer se separar?

— É lógico, Ciro! Não quero ser conhecida como a corna mansa sua.

— Você pode esperar um pouco, estou me sentindo enjoado. – Ele disse indo a um banheiro vomitar.

— Ciro? O que está acontecendo? Não me diga que você também...?

— Nem se atreva a dizer isso! Isso nem é possível.

— Dizem que João Doria também ficou grávido, mas não sabe de quem é o filho. Aquele ali também é mais rodado que roda de caminhão.

— Quem disse isso? – Ciro perguntou.

— Jornal. Acabou de passar enquanto você estava no telefone.

— Isso me deixou mais enjoado ainda. – Ciro falou.

— Quer que eu pegue um remédio para enjoo? – Giselle se via preoccupada.

— Eu vou ficar bem.

Ele voltou para a cama.

⭐🌟⭐

No Palácio da Alvorada chegava Aécio desesperado.

— Preciso falar com Temer, urgente. – Pediu em desespero.

O presidente estava chegando naquele momento.

— Meu querido Aécio. Como vai? – Disse Temer.

— Muito mal. Precisamos falar urgente à sós.

— O que houve?

— É sobre o livro secreto do senado. – Disse com um olhar desconfiado.

— Esse livro? Então venha. – Temer o puxou até seu escritório olhando para todos os lados vendo se alguém estava por perto.

Dentro do escritório...

— Fale, o que t...

— Estou grávido. – Aécio falou.

— Que? Como isso aconteceu, por que não se cuidou? Sabia das consequências do livro!

— Mas aquele dia você que não quis usar camisinha, não queria gastar dinheiro.

— E agora, o que faremos?

— A mídia está em cima de todos desde a queda da masculinidade do Jair. Eu não quero ser exposto assim. Se ficarem sabendo do nosso caso...

— Nosso caso não, você terá essa criança sozinho.

— Você terá que me ajudar.

— Eu sei do seu caso com Ciro Gomes, como posso ter certeza que esta criança é minha?

— É claro que é sua! Você e seu corte de gastos que cortou até a verba da camisinha. Ciro não era assim, sempre usamos proteção.

— Quero ter confirmação da paternidade desta criança. Se cair na mídia, eu vou desmentir tudo.

— Mas o DNA vai provar!

Aécio saiu do escritório de Temer disposto a tudo caso ele fuja de sua obrigação.

_____________________________
E seguimos de graça rsrs

A Maldição da Cegonha Em Brasília Onde histórias criam vida. Descubra agora