Os Filhos De Fernando

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— E quanto ao Ciro? Como vai ficar sua situação com ele, já que ele disse para todos que esperava um filho seu? – Ana Estela perguntou.

Fernando nem sabia como responder a aquela pergunta, pois nem havia pensado na situação.

— Eu não sei. Tenho que falar com ele. – Fernando respondeu.

— Fale logo com ele. Melhor resolver tudo isso logo. Mas não deixe de me comunicar o que vocês decidiram.

— Está bem.

Fernando deixou se passar alguns dias para que pudesse ligar para Ciro e saber como ficariam as coisas entre eles.

— Fernando? Você me ligando? Sentiu saudade? – Ciro provocou.

— Sem gracinhas, Ciro. Só liguei para saber sobre... Nosso filho.

— Ah era isso? Não se preocupe, não quero nada de você.

— Por que está dizendo isso?

— Vou ir embora com a minha família para Paris. Desde que Giselle me deixou, não vejo sentido para ficar aqui e enfrentar o fascista.

— Vai ir embora levando meu filho?

— Sim. Não vai lhe fazer falta, já que Estela está grávida.

— Não acha que isso é egoísmo de sua parte, Ciro? Apesar das circunstâncias que isso aconteceu, foram nós dois que fizemos essa criança.

— Já está decidido, Fernando. Era só isso mesmo?

— Por que está agindo assim, Ciro?

— É melhor assim, Fernando. Não quero mais proximidades com você. Tchau Fernando. – Desligou.

Fernando se sentiu péssimo pela forma que Ciro o tratou, apesar de tudo, ele não tinha o direito de fugir com o filho deles.

Saiu de seus pensamentos ao ouvir Ana Estela o chamar, correu para atendê-la. Ela estava sentada na cama de seu quarto com uma de suas mãos no ventre.

— O que aconteceu? – Fernando perguntou imensamente preocupado, indo até Estela.

— Quando saí do banho senti uma dor forte, e então senti o sangue. – Ela explicou mostrando o sangue em sua mão direita. – Nosso bebê, Fernando.

— Vem, vou te levar a um hospital. – Ele a pegou no colo. Não sabia como faria, pois não tinha carro, mas pararia o primeiro táxi que encontrasse.

...

Os jornais noticiavam:

"Foi internada hoje, no hospital Nove de Julho, em São Paulo, Ana Estela Haddad, esposa do ex prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Conforme internos do hospital, a ex primera dama da capital paulista está grávida de dois meses, e seu estado é grave."

Diante disso, amigos dos Haddad deixaram mensagens de apoio.

Lindbergh e Molon saíram do Rio e foram visitar Estela no hospital, em São Paulo. Os dois entraram no quarto onde ela estava com Fernando, os cumprimentando.

— Como você está, Estela? – Molon perguntou.

— Com medo. – Ela respondeu não conseguindo segurar a emoção. – Eles não deram muitas esperanças.

Fernando segurou a mão dela.

— Vai dar tudo certo. – Molon disse.

— Pode confiar que vai dar tudo certo, Estela. Eu tenho certeza. – Lindbergh falou.

O celular de Molon tocou e ele pediu licença para atender e saiu do quarto. Com isso Lindbergh se aproximou da cama de Ana Estela colocando um dedo na frente dos lábios pedindo silêncio. Tocou o ventre de Estela falando algo muito baixo e depois se afastou.

— O que você fez, Lindbergh? – Fernando perguntou curioso.

— No livro da maluca tem umas coisas que poderia impedir a morte do filho de vocês. – Respondeu.

— Então está tudo bem com meu bebê? – Estela perguntou.

— Sim. Ele vai ser um menino forte. – Lindbergh falou.

— Menino? – Fernando e Estela perguntaram juntos.

Antes que Lindbergh pudesse responder, Molon entrou no quarto.

— Perdão, gente. – Ele disse ao entrar. – Nano fez algo para ter melhorado a expressão de vocês?

— Só nos deu esperança. – Estela falou sorrindo para Fernando.

— Se quiserem dar meu nome ao garoto em minha homenagem... – Lindbergh falou e todos riram.

Algumas horas depois, Ana Estela fez novos exames para ver o estado do bebê, e os médicos ficaram surpresos ao perceberem que já não havia mais risco ao bebê, foi realmente um milagre, já que os médicos não davam mais que 1 dia a ele. Saiu até mesmo notícia nos jornais.

⭐🌟⭐

Com o passar dos meses, não tinha mais como os políticos se esconderem, não tinha como reverter o feitiço de Marcella Temer. Todos já sabiam quem eram os políticos afetados pela maldição da cegonha.

Ciro estava em Paris, com a separação de Giselle, ele ficou só, pois Daciolo também terminou com ele. Somente Yuri decidiu ir com ele, para o ajudar com a criança que viria.

— Pai, não acha que é errado impedir que Fernando se aproxime dessa criança. – Yuri questionou.

— Não vou impedir. Só queria estar longe até nascer. – Ciro disse. – Não seria certo eu fazer isso com ele. Se eu fosse impedido de ver o Gael, iria pirar.

— Então fale com o Fernando, pai.

— Vou pensar. – Ciro tocou sua barriga sentindo dor.

— Pai, o que houve?

— Não sei, mas algo não está certo aqui. – Disse com dificuldade pela dor.

— Quer que eu ligue pra emergência?

— Já deveria ter ligado, Yuri. Eu creio que isso esteja muito errado, porque ainda tô de cinco meses.

— Calma, pai, vai ficar tudo bem.

Quando Ciro chegou no hospital, mesmo com dores, ainda flertou com a enfermeira que o atendia.

— Eu vou ser sincero com você, senhor Ciro, vamos precisar fazer um parto de emergência, e devo dizer que o risco é grande tanto para você, como para a criança. – Disse a enfermeira francêsa.

— Faça logo, então. – Ciro disse ainda com dor.

Foi feita uma cesariana em Ciro, foi complicada, mas saiu quase tudo bem, exceto que o filho de Ciro estava doente e fraco.

As chances dele eram baixas, e dois dias depois, aconteceu o pior. Yuri ligou para Fernando para o comunicar.

— E como Ciro está? – Fernando perguntou meio abalado.

— Ele não quer falar sobre. Acho melhor respeitar.

— Eu lamento por isso, Yuri. Era meu filho, não esperava que isso fosse acontecer...

— Queríamos que não tivesse acontecido, né Fernando? Mas você ainda tem a Estela. Terão um belo bebê, eu sei. Meu pai também não tem idade para essas maldições malucas.

— Mesmo assim dói, Yuri.

— Fernando, agora vou ter que desligar. Ver como está o meu pai.

— Claro, cuide dele.

Fernando se sentiu péssimo por Ciro, conversou com Estela sobre, e ela lamentou o ocorrido, mas não tinha mais nada o que fazer agora.

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Como esse capítulo saiu meio fraquinho, vou postar outro mais tarde.
E sobre o filho do Ciro, já tinha pensado na morte dele desde que pensei merda ao querer engravidar ele rsrs (sou uma pessoa horrível)
Era isso.
SF-🖤🖤

A Maldição da Cegonha Em Brasília Onde histórias criam vida. Descubra agora