Aqueles que receberam o e-mail de Lindbergh foram ao local indicado, claro que tiveram alguns revoltados que não quiseram comparecer, mas os interessados estavam lá, aguardando saber sobre a tal maldição que Lindbergh havia falado — ou ver se era apenas delírio do senador.
Antes de começar a reunião, Ciro se dirigiu a Fernando Haddad, que estava contente agarrado a sua esposa.
— Fernando. – Disse o cumprimentando junto de Estela. – Posso falar com você, à sós?
Fernando o encarou sério.
— Podemos falar na frente de Estela. – Disse em resposta.
— Podem falar, Nando. — Estela falou. –Eu vou tomar um ar.
— Tem certeza? – Fernando se certificou.
— Sim. Falem à vontade. – Ela deu um beijo nele e saiu, sabia que o que quer que os dois conversassem, Fernando a contaria.
— Diga, Ciro. O que houve?
— O motivo de estarmos aqui que aconteceu. – Falou.
— Como assim?
— Olha, eu lamento que você tenha descoberto que eu sarrei quase todos que estão aqui e outros mais... Mas se descobrirem que eu cedi aos seus desejos de ser eu o passivo ao menos uma vez, minha reputação vai cair na lama.
— Sua preocupação é essa? Eu sinceramente não sei onde que você quer chegar com essa conversa, não foi só uma vez que fizemos daquela forma, e agora vem com essa preocupação? Você...
— Eu estou esperando um filho seu, Fernando. – Disse.
Fernando congelou. Como assim?
— Não entendo, Ciro. Como aconteceu isso com você e não comigo?
— Como assim não aconteceu com você?
— Eu achei que estivesse, mas o teste deu negativo. Não faz sentido, Ciro.
— Agora que piorou tudo. Eu não deveria ter cedido aos seus desejos. Agora eu me fodi sozinho!
— Não precisa ficar assim, Ciro. Eu poss...
— Não, Fernando. Você não pode. Só quero entender como você se livrou. Vou procurar Lindbergh para explicar isso. – Ciro revoltado deixou Fernando só e foi em busca de Lindbergh.
Fernando estava surpreso com aquilo, mas nada poderia fazer, conforme Ciro disse. Resolveu ir em busca de sua esposa.
Poucos minutos depois, Lindbergh anuciava o início da reunião.
— Os senhores sabem o porquê que vos convoquei aqui. — Iniciou Lindbergh. — Sobre o que a mídia tem noticiado nestes últimos dias, e creio que alguns dos senhores já confirmaram que estão grávidos. Pode parecer loucura, mas falei a alguns dias atrás o motivo disso para alguns de vocês, não espero que todos levem a sério, mas mesmo assim não irá mudar o que está acontecendo.
— Baboseira tudo isso que a mídia está falando! – Álvaro Dias se pronunciou. – Nem existe esta tal maldição ou esse livro que você falou, Lindbergh. Aposto que deve ser mais um de seus delírios de drogado.
— Primero que nem sei quem te convidou para esta reunião, Álvaro. – Lindbergh o respondeu. – Segundo, vá cuidar de seus bordéis e deixe que eu resolvo o assunto que você tem medinho de falar, porque todo mundo sabe que você quer imitar o Ciro Gomes e pegar toda Brasília, mas nem pra passiva serve. Agora cale a boca!
Álvaro se aquietou por uns instantes, e os outros presentes também.
— Para quem não acredita, este é o livro das maldições parlamentares. – Lind ergueu um livro de capa dura preta. – Foi escrito por uma mulher, uma "bruxa" que foi impedida de entrar para a política na era Vargas. Nele contém 75 maldições destinadas aos homens da política, incluindo a que estamos vivenciano, onde políticos homens estão aparecendo grávidos, e pode surgir muito mais, já que esta maldição irá durar até o último dia em que Bolsonaro for presidente.
— Por que acha que isso é culpa de Jair, Lindbergh? – Ciro questionou.
— Porque a maldição de número 69 diz: No dia em que a população eleger um candidato a presidência demente, políticos que tiverem casos românticos com outro homem ficará grávido de seu amante. Esta maldição só pode ser quebrada com a saída do presidente demente do cargo, mas durante todo o seu mandato, os políticos poderão engravidar. – Lind leu.
— Então isso pode acontecer mais de uma vez? – Alckmin questionou.
— Sim. Até o final do mandato de Bolsonaro, já que tudo isso começou com a eleição dele. Lind respondeu.
— Não faz sentido isso, Lindbergh. – Ciro falou. – Como já não faz sentido seguir escondendo, eu e Fernando Haddad tivemos um caso e terminamos antes do segundo turno, e com isso eu engravidei dele, mas ele não, não faz sentido.
Lindbergh ficou surpreso com a declaração de Ciro, pois era difícil o imaginar por baixo. Lindbergh coçou a cabeça e voltou a olhar o livro.
— Só pode haver uma explicação para isso, Ciro. Estela está grávida, e de dois meses. – Lind falou e todos começaram a comentar aquilo.
Fernando e Estela ficaram surpresos com o comentário de Lindbergh, pois ninguém sabia da gravidez de Estela.
— Por que diz isso, Lindbergh? Por que acha que minha esposa está grávida? – Fernando curioso perguntou.
— Nesta maldição específica tem alguns avisos, que todos vocês podem vim ler depois. — Lind disse e seguiu a ler a página. — Um dos avisos diz: Aquele político que tiver uma esposa grávida antes do período de votações, estará imune a maldição.
— E a partir do primeiro turno, se o candidato que tiver mais votos for demente, a maldição começa a entrar em vigor. – Disse uma voz feminina ao fundo do grande salão.
Todos surpresos se viraram para olhar a dona da voz, era Marcella Temer, de pé, ao lado de seu marido, que disse baixo para ela se calar.
— Eu cansei de ficar em segredo, me casei com esse velho porque ele sabia onde estava meu livro, mas nunca me devolveu. Agora sei que ele sempre esteve escondido no senado. – Marcella concluiu.
Todos estavam surpresos, ninguém esperava que justo a primera dama seria a bruxa da maldição que condenara quase toda Brasília.
— Era você o tempo todo? – Lind disse surpreso.
— Continue Lindbergh. – Marcella pediu. – Jogue a bomba em Fernando, diga por que ele se tornou imune a minha maldição.
Lindbergh com receio disse o que mais dizia o livro.
— Mas pela traição, pode pagar com a vida do filho que a esposa espera.
Estela paralisou ao ouvir aquilo, já enfrentava uma gravidez de risco pela sua idade, agora poderia perder seu filho por culpa de Fernando. Uma lagrima caiu pelo rosto dela.
O sorriso de satisfação de Marcella era enorme.
— Eu lamento por isso, Estela. – Marcella disse em solidariedade a Estela. – Não previa que isso se tornaria tão grande. Mas eles tem que pagar. E quero meu livro Lindbergh, achei ótimo que justo você cuidou dele, poderia ser um grande bruxo, se quiser.
Os outros políticos estavam em choque com tudo aquilo.
— Como você continua jovem e viva? – Lindbergh questionou intrigado.
— Sou uma bruxa, Lindbergh. Fui presa por causa da primeira maldição que anunciava uma epidemia de um vírus que matava as pessoas, e me roubaram o livro, mas o bom é que agora reencontrei meu livro. E sabe Lind, agora que não preciso mais do velho vampiro, você poderia ser meu novo parceiro, gosto do seu jeito bravinho, daria um excelente bruxo. – Marcella disse encantando Lindbergh com suas palavras. – Só venha até mim para selarmos a união.
Lindbergh encantado saiu de onde estava, seguindo rumo a Marcella Temer, a mulher além de bruxa, parecia uma sereia encantadora de homens, e o senador tinha caído em seus encantos...
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A Maldição da Cegonha Em Brasília
FanfictionCom o resultado das eleições de 2018, uma maldição antiga entra em vigor atingindo os políticos homens do país, como eles iram lidar com este problema? [CONTÉM GRAVIDEZ MASCULINA, SE NÃO TE AGRADA CAMBA!]