O Herói De Lindbergh

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Lindbergh encantado com as palavras de Marcella seguia a seu encontro, enquanto ela falava.

— Sabe Lind, acho você uma graça desde sempre, e não sei se chegou a ler minhas considerações finais que dizia que se o portador do livro fosse de meu agrado, se tornaria meu. Acho que é nosso destino. – Marcella dizia.

— Nano, não! – Molon gritou tentando o impedir de seguir rumo à Marcella. – Nano, eu te amo, você não pode se render a essa mulher.

— Eu não consigo dizer não a ela, Alê. Ela é a mulher da minha vida. – Lindbergh falou.

Molon correu até Lindbergh parando em sua frente o impedindo de seguir andando.

— Acorda, Luiz! Ela está te controlando, ela nunca foi o amor da sua vida, esse sou eu, se lembra? – Molon tentou.

— Quando eu descobri sobre o livro, fui atrás de saber seu conteúdo. – Lind começou a contar. – Nem todo senador sabia sobre ele, então eu levei embora, senti que deveria cuidar do livro, era muito perigoso ele seguir no senado. E agora sei o porquê eu tinha que cuidar do livro, era meu destino ligado ao dela.

— Não, ela está mexendo com a sua cabeça, não deixe.

— Sai da minha frente, Alessandro! – Lindbergh empurrou Molon e foi até Marcella.

Quando Lindbergh tocou a mão de Marcella, ouviu um resmungo de Michel Temer, mas não prestou a atenção.

— Agora sim. Você será o maior bruxo que já existiu. – Ela alisou o cabelo dele e estava pronta para beijá-lo quando algo acerta sua cabeça e ela cai no chão. Era o livro dela, que Molon acertou.

— Esse macho é meu! – Molon falou.

Lindbergh o olhou surpreso.

— O que você fez, seu louco? – Lindbergh perguntou.

— Te salvei! Não agradece?

— Eu não precisava ser salvo.

— A não? E que papo era aquele de "ela é o amor da minha vida"? Se esqueceu o que ela fez com a maioria dos que estão aqui? Ela fez eles engravidar, algo que seria impossível, e você estava se entregando.

— Eu não ia me entregar!

— Ah claro que não, ia até beijar ela.

— Dá para as duas parar de discutir, aí! – Ciro falou. – Temos uma bruxa caída no chão vários políticos prenhos aqui, e vocês discutindo a relação?

— Quieto, Ciro! – Lind e Molon falaram juntos.

— Acho que ele tá certo, Alê. – Lind disse.

— E o que faremos com ela? – Molon perguntou.

— Na minha esposa ninguém toca! – Temer se pronúncia. – Principalmente você, Lindbergh Farias.

— E quem disse que quero tocar nela? Quero é distância dessa maluca! – Lind falou.

Marcella começou a acordar.

— Não adianta fugir, Lindbergh. – Ela disse baixo. – Sei que você sentiu o seu poder quando tocou o livro.

— Tem razão. Vou pegar o livro de volta. – Ele pegou o livro do chão. – Declaro esta reunião encerrada. Vamos Alê, antes que essa doida me hipnotize de novo.

E assim se encerrou a reunião.

Lindbergh e Molon estavam saindo do salão da reunião enquanto conversavam sobre o livro.

— Me conte a verdade de como este livro foi parar nas suas mãos, Nano? – Molon pediu.

— Eu soube sobre ele e peguei. Simplesmente isso. – Respondeu.

— Eu ouvi a Marcella dizer que você sentiu poder ao tocar o livro. Isso aconteceu?

— Acha que sou um feiticeiro como a maluca lá?

— Você concordou com ela, e pegou o livro.

— Que maluquice, Alessandro! Você me conhece, pareço ser um feiticeiro?

— Não sei.

— Nada haver!

Molon ficou em silêncio.

⭐🌟⭐

O casal Haddad acabava de chegar em casa depois da reunião. Passaram todo o caminho em silêncio.

— Estela eu juro que se eu soubesse... – Fernando começou a se explicar, mas foi impedido de continuar.

— Teria mesmo feito diferente? – Ela perguntou calma.

— Eu jamais quis colocar você e nossos filhos em risco.

— Pensou nisso quando se envolveu com Ciro e transou com ele sem camisinha? – Ela seguia calma.

Fernando olhou para baixo.

— Não queria que nem você nem nosso bebê pagasse por meu erro. – Uma lágrima caiu pelo rosto dele. – Eu daria a minha vida para impedir isso.

— Agora não adianta chorar pelo leite derramado, Fernando. E não pense nem por um segundo, em deixar de viver, pois agora mais do que nunca vou precisar de você comigo. – Ela também chorava. – Você errou, mas você não pode nem sequer pensar em me abandonar sozinha nesse momento.

Fernando a abraçou.

— Eu jamais te abandonaria, Estela. Jamais, ainda mais agora que vamos ter outro filho e que seu estado é delicado.

— Então jamais volte a falar que daria sua vida.

— Me perdoe. De verdade, me perdoe por tudo. – Ele pediu e ficaram uns segundos abraçados em silêncio.

— Fernando, eu estou com medo. – Ela disse. Sua voz mostrava que ela ainda chorava. – Estou com medo de perder nosso filho.

— Isso não vai acontecer. – Tentou se manter forte para tranquiliza-la, mas sem sucesso. – Eu vou cuidar de você, e nosso bebê vai nascer forte e saudável. – Era isso que Fernando queria também acreditar, pois se algo acontecesse, ele jamais se perdoaria.

Estela se separou de Fernando o olhando nos olhos.

— E quanto ao Ciro? Como vai ficar sua situação com ele, já que ele disse para todos que esperava um filho seu?

Fernando nem sabia como responder a aquela pergunta, pois nem havia pensado na situação.

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Eu faço minhas palhaçadas, mas sempre coloco uma cena emotiva.
O que acharam?
Estive pensando — vocês me digam se querem — uma segunda temporada explorando Lindbergh como bruxo, o que acham?

A Maldição da Cegonha Em Brasília Onde histórias criam vida. Descubra agora