02| A seleção

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[AUTORA]

— Esse é Fred e esse é o Jorge. — afirmou Luna calma apontando para os gêmeos. 

— E você parceira, como se chama? — perguntou um dos gêmeos, acho que era o Fred. 

— Angélica Petrova, porém pelas preferência de nomes todos me chamam por Angel. — sorri, eles pareciam legais. 

— Isso explica a sua cara de anjo. — Jorge afirmou sorrindo malicioso e eu ri daquilo. 

— Você é nova na escola, não é? — deduziu Luna olhando lá para fora pela janela enquanto os gêmeos olhavam para mim.

— Sim.

— De qual escola você era? — perguntou Fred.

— Durmstrang. — falei com orgulho e percebi que eles logo olharam um para o outro. — Na verdade eu era de Beauxbatons, mas depois de ter explodido a sala da diretora fui expulsa da escola, assim eu fui transferida para Durmstrang e passei um ano lá e, de novo fui expulsa novamente por ter arrumado briga e ter explodido um quarto do dormitório feminino. — sorri sombriamente relembrando de tudo que já fiz para ter sido expulsa, vejo agora os meninos sorrindo de orelha a orelha, eles devem pensar que foi por brincadeiras a parte, mas sei que ambas as situações não foram bem brincadeiras assim.

— Espera, você foi expulsa de uma escola por ter explodido a sala da diretora, e da outra por arrumar briga com meninas e ter explodido um quarto no dormitório feminino? — perguntou Fred animado. — Jorge, ela é das nossas.

— Concordo Fred, essa vai dar trabalho.

— Filch vai ficar sem cabelos agora. Podemos fazer isso ainda neste ano. Finalmente a nossa hora tá chegando! 

— Mas espera se você já fez tudo isso Angel, isso só pode significar que você é uma... — murmurou Jorge voltando a encarar o irmão.

"Marota." falamos nós três juntos e começamos a rir.

— Pelo jeito de vocês dois, já percebi que são os marotos de Hogwarts, certo? — perguntei empolgada, finalmente achei duas pessoas com sangue maroto nas veias (quer dizer, entusiasmos né, porque de sangue eles não tem nada, ou quase, pois os Weasley de alguma forma tem parentesco com os Black's).

— Sim. Somos os marotos grifanos. — falou os dois sorrindo.

— Bom, acho que vocês já encontraram um maroto a mais para o grupo. — disse Luna desviando o olhar da janela e sorriu para os meninos e pra mim. — ou melhor, uma marota.

— ENCONTRAMOS! — exclamaram Fred e Jorge juntos.

E então, a solidão que eu sentia por horas desde que entrei nessa cabine, se esvaiu completamente apenas por alguns segundos de conversa com esse trio. Queria ser amiga deles, oh se queria...

(...)

No meio da tarde, bem na hora em que a chuva começou a cair, embaçando os contornos das cabines ondulando por quem passava.

A chuva engrossava à medida que o trem avançava mas para o norte; janelas agora iam se tornando um cinza sólido e tremeluzente, que gradualmente escureceu até as lanternas se acenderam nos corredores e por cima dos bagageiros. O trem sacolejava, chuva fustigava, o vento rugia...

— Devemos está quase chegando. — comentou Fred curvando-se pra frente para olhar a janela agora completamente escura.

Nem essas palavras tinham saído de sua boca e o trem começou a reduzir a velocidade.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋| 𝐀𝐓𝐑𝐀𝐕𝐞́𝐒 𝐃𝐎 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎•01Onde histórias criam vida. Descubra agora