Capítulo 4

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- Ninguém lá em casa acreditaria nisso.

- E por que a opinião deles importa tanto?

- É minha família. E eles ainda estão assimilando a morte do meu pai, não quero que minha mãe se sinta culpada sabendo que me casei com um estranho por causa dela.

- Você fala como se casar comigo fosse uma coisa ruim.

- E você fala como se fosse uma coisa boa - retruco.

- E não é? - ele pergunta. - Eu sou rico, bonito, engraçado e imortal, o que mais você pode querer.

- Alguém que me ame? - falo baixo e ele não ouve (ou não responde), mas suspira.

- Moraria comigo durante esse tempo?

- Deixaria minha mãe, avó e tia ajudarem a preparar as coisas?

- Certo... - ele diz.

- E meus irmãos, quero ver eles periodicamente.

- Eles podem vir aqui - fala com desinteresse.

- Certo... mas saiba que eles são pestes de quatorze anos.

- É fácil controlar os humanos - ele diz.

- Isso não é uma coisa muito legal de se ouvir.

- Isso é a verdade, e agora, se já tiver acabado, o HoSeok está esperando.

Ele entra no lago e some.

- Quê? Que cara doido.

...

Volto para casa e encontro Mike deitado no sofá.

- Cadê seu irmão? - pergunto.

- Saiu com uns amigos.

- E porque você não foi junto?

- Os amigos dele são uns idiotas, e não gostam de mim também - ele diz a segunda parte baixo.

- O meu deus - falo rindo do seu drama. - Não sou nenhum amigo legal da sua idade, mas quer andar comigo por aí?

- Se for para jogar pedras em alguém eu já recusei esse convite hoje.

- Você acha que eu ia te chamar para fazer isso? - bato nele. - Calma... Seu irmão foi jogar pedras nos filhos dos Johnson de novo?

- Não fui eu que te disse isso - ele diz na defensiva.

- Na verdade, vamos sim jogar pedras - puxo-o para o lado de fora e andamos até a casa da família Johnson.

- Normalmente fazem isso aqui? - ele assente com a cabeça. - Sobe - aponto para a árvore ao nosso lado.

- Não - ele diz.

- Não? - pergunto. - Não quer pegar seu irmão e os amigos idiotas dele?

- Podemos fazer isso aqui de baixo.

- Ah, você ainda não sabe subir em árvores - falo sorrindo, debochando dele.

- Vamos embora antes que eles cheguem - ele se vira, irritado, para sair.

- Nada disso, mocinho - puxo-o pela camisa. - Vamos, coloque o pé aqui e a mão aqui - aponto para os lugares.

Ele faz, meio relutante, depois de suspirar.

- Pronto, agora puxe o galho com força antes de colocar seu peso nele, e tem que ser um saindo do tronco principal. E, antes de colocar o pé, veja se é firme mesmo e se não tem limbo.

The Curses of Schwarzwald - Cursed Beauty (ksj) (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora