Prólogo

682 49 45
                                    

(Nota inicial: Para quem não conhece a banda ou nunca viu o clipe, recomendo que assistam antes de ler, para fazer um maior sentido.)

Aproveitem, espero que gostem!

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Era uma madrugafa fria do mês de Novembro, talvez uma das mais frias que Alex já enfrentara até agora.

E ele já havia passado muitas madrugadas naquele mesmo bar.
Mas ele sabia que com poucos goles, estaria aquecido e mais relaxado.
Já fazia algum tempo que ele estava ali, e a bebida não havia surtido efeito.
Ou pelo menos era o que ele achava.

Ele desvia a atenção para seu celular, onde abre uma conversa. "Stephanie" era o nome do contato ao qual a mensagem era destinada. Ele digita:

"Está acordada?"

E então volta sua atenção ao ambiente.

Olhando em volta, ele via a mesma coisa que via todos os dias.
Mulheres com roupas provocantes, normalmente acompanhadas de homens ricos, homens ricos e velhos fumando e bebendo com uma mulher bonita em seu colo; Outros homens e mulheres já desmaiados no balcão; casais que se beijavam tão intensamente que pareciam não se importar com ninguém que estivesse em volta.
Um barman super ocupado, e outro encostado no batente da porta da cozinha, conversando com um outro homem. Os olhos do morendo, então, param no habitual relógio que existe acima de alguns sofás.

Já eram 3:30 da manhã, e ele ainda estava ali. No dia seguinte, teria uma prova de álgebra. Mas ele não se importava. Que a álgebra fosse para o inferno.

Depois de encarar por um tempo o relógio, Alex percebe algo diferente.
Os ponteiros se contorceram e formaram uma espécie de sorriso no objeto.
O garoto disse a si mesmo que deveria parar de exagerar na mistura de álcool e cigarros.

- Alex?

Ele escuta alguém o chamar, como um eco distante em seus pensamentos.

-  Alex!

A pessoa repete, mas agora o acordando de seu transe com um sacode.

- Que foi?

Olhou para o lado e viu Matthew, seu colega de banda, o encarar preocupadamente.

- Você tava praticamente dormindo. Não acha melhor ir pra casa?

-  É, acho que vou mesmo. Vou só dar uma acordada.

O moreno se vira e vai em direção ao banheiro do lugar. Ele entra e joga água em seu rosto, se sentido melhor em relação ao calor, mesmo com o frio que assolava a cidade, ele agora se sentia em chamas.

Ele olha para frente e se encara no espelho. Depois de algum tempo, sua imagem começa a ser distorcida, ficando embaçada e borrada, com as cores dançando de um lado para o outro. Esse reflexo no espelho dizia a ele que era hora de ir para casa.
Assustado, o garoto sacode a cabeça e volta a realidade.

Ele sai do banheiro e volta até onde estão seus amigos, com os quais troca algumas palavras. Depois, pede ao barman uma bebida. Após três doses, ele volta sua atenção novamente ao relógio, e dessa vez, vê o mesmo derretendo. Atordoado, ele se despede e sai do bar, em meio a tropeços.

Na rua, o vento cortante passava rapidamente por seu rosto, o que lhe causava pequenos calafrios por baixo de sua jaqueta de couro preta. Andando apenas alguns passos na calçada, e não vendo os dois homens parados em sua frente, ele quase esbarra em um deles. O homem o encara enquanto o moreno pede desculpas e segue seu caminho.

Novamente, ele desbloqueia seu celular e abre a mesma conversa.

"Onde você está?"

Digita. Em seguida, desliga o aparelho e o guarda no bolso.

Andando mais um pouco, ele passa na frente de um homem encostado em um portão de ferro, que manda um beijo ao garoto, o fazendo recuar bruscamente, tropeçando enquanto anda, claramente devido ao álcool que corria livre por seu sangue naquele momento.

Enquanto olha para trás encarando o homem, ele manda outra mensagem.

"Eu quero te ver"

Ele olha o relógio em sua tela.
Marcava 3:56 da manhã.

Agora o garoto passava em frente a um açougue, e de relance vê encostados na vitrine, uma mulher e um homem, fazendo coisas inapropriadas pra estarem na vitrine. Assustado, ele aperta os olhos para confirmar o que via, e se depara apenas com o mesmo homem velho, mas agora apoiado, olhando para uma das carnes que estavam expostas.

Mas o que é que estava acontecendo com ele? O moreno sacode a cabeça e tenta voltar a realidade, enquanto digita novamente em seu celular.

"Por que não me responde?"

Quando olha novamente para cima, vê um garoto pulando um muro que estava em sua frente, em seguida pulando por cima de um carro, atravessando a rua e depois pulando por cima de outro muro. Agora ele não sabia mais se estava imaginando ou se era mesmo real.

Pegando novamente seu celular, ele percebe algo diferente dessa vez.
O aparelho parecia deslizar por dentro da pele de sua mão. Ele guarda o celular, tentando se livrar da situação e vê um taxi vindo pela rua. Ele levanta a mão em sinal de aproximação e conversa com o taxista. Devido a sua fala enrolada, o motorista se irita e vai embora.

Ele atravessa a rua, vendo dois homens dentro de um beco, na parte onde a iluminação não chegava, criando dois vultos. Ele enxerga um dos homens com uma mulher, e novamente, se afasta surpreso. Quando volta a si, vê apenas um dos homens o perseguindo para fora das sombras.

Assim que vira a rua, o homem recua. O garoto se apoia em um poste enquanto segue seu caminho, e acaba por tropeçar e cair no chão, ficando com sua cara no concreto frio, e por um momento, o sentido oscilar, ficar fundo e depois voltando ao normal. Quando olha para cima, vê um homem ajoelhado em sua frente, dizendo a ele coisas que ele não entendia.

Depois que volta a si, vê o mesmo homem, mas encostado em uma parede, o encarando curioso.
O garoto levanta rapidamente e continua andando. Em seguida manda outra mensagem.

"Me responda para eu saber que você está bem"

Seguindo o caminho, ele atravessa a rua e para na frente de uma casa.
Ele bate na porta algumas vezes, não obtendo reposta. Por fim, ele digita:

"Estou aqui fora"

As luzes da casa se acendem e à janela, uma senhora o espia por baixo da cortina branca, sem entender a presença do garoto a sua porta.

Na casa da frente, do outro lado da rua, uma garota levanta do sofá ao ouvir seu celular vibrar na mesa de madeira. Ela o tira do carrgador e vê a notificação.

"17 mensagens não vizualizadas"

E em seguida vê o remetente delas:

"Alex cara da banda".

Ela sacode a cabeça em negação e larga o celular de volta na mesa, saindo da sala.

Mais abaixo dela, o garoto esperava, passando as mãos em seu rosto, pela resposta.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Notas da autora

Oi genteey, tudo bem?

O que acharam do nosso prólogo?

Ele foi totalmente baseado no videoclipe dessa música, então por isso que as coisas aconteceram muito rápido e talvez até sem sentido, hahaha, mas deu pra entender bem a vibe desses dois, né?

Desculpem por ser tão curto, no próximo a história vai começar a se desenvolver pra valer.

Também vou postar no início do próximo capítulo as imagens do elenco.

Bom, deixem suas sugestões nos comentários, e se gostaram votem e compartilhem com aquela sua amiga ou amigo que curte AM ou uma fic.

Muito obrigada, até a próxima!

Why'd you only call me when you're high?Onde histórias criam vida. Descubra agora