A sociedade em que eu vivo diz que as garotas devem ser "normais" seguir padrões, homens casam com mulheres e mulheres casam com homens, aceitar tudo o que dizem, mas no meu reflexo não vejo o "normal" que eles vêem, eu não sou assim, eu vejo ela e...
Já faz duas semanas desde que Mi Le se mudou para outro quarto, temos tentado ficar o máximo de tempo juntas, mas somos vigiadas constantemente pela diretora e por Xia Yu. Na calada das madrugadas fujo para o quarto dela e ficamos juntas sempre de olho para não sermos pegas, descobri nesse tempo que temos bons amigos e isso tem nos ajudado muito, a turma com quem Mi Le joga basquete tem inventado jogos intermináveis e assim tenho a chance de estar quase todas as noites com ela. Mesmo com todo nosso esforço e de nossos amigos não consigo deixar de me preocupar com minha Coala sozinha, ela sempre diz que está bem, mas essa situação está berrando o ridículo e infelizmente mesmo com nossos protestos e discussões nada mudou.
Mi Le está com a cabeça deitada no meu colo há pelo menos meia hora, ela dorme profundamente com o rosto sereno, não sei como passar por isso e não morrer cada dia um pouco mais por ficar longe dela por que mesmo que estejamos nos esforçando ha ausência dela é cada vez mais devastadora, nesse tempo que estamos juntas pude perceber que o que sentia antes era vago e nem fazia ideia do quanto eu precisava dela, mas agora nem mesmo a palavra amor poderia definir o quanto eu queria cuidar dela, estar com ela e no quão inútil me sinto por não poder fazer nada.
Chun se aproxima de onde estamos e senta ao meu lado, ele parece ter algo a dizer, mas apenas mexe as pernas tão freneticamente que começo a me preocupar, ele é o primeiro dos meninos que nos ajudou desde que assumimos nosso namoro e eu sei que Mi Le o considera mais do que ela demonstra.
-"Tem sido difícil pra vocês certo?" – ele pede cabisbaixo.
-"Sim, desde que conheci Mi Le nunca á vi assim estou tão preocupada.".
-"Eu e os garotos tivemos uma ideia mais cedo, mas para que dê certo preciso que aguentem um pouco mais essa situação." – o encaro confusa, mas ele não diz mais nada e sai nos deixando sozinhas de novo.
-"O que foi?" – ela acorda e se espreguiça me dando um beijo suave nos lábios.
-"Nada, está tudo bem." – ela franze o cenho, mas logo relaxa e me abraça.
-"Como foi o jogo? Quem ganhou?".
-"Foi bom, mas ninguém ganhou tenho quase certeza que faltou seu toque de mestra." – dou uma piscadela e ela sorri de canto me derretendo.
-"Como você está pandinha?".
-"Estou bem contanto que esteja com você." – seguro seu rosto entre minhas mãos e á beijo apaixonadamente quebrando todas as regras, sentindo o doce de seus lábios que faziam tudo valer a pena.
-"Uau me sinto tão sortudo! Estou vendo as duas garotas mais gatas de toda a universidade se pegando. Será que morri e fui pro céu?" – Chun brinca e Mi Le pega a bola de basquete do banco de baixo e arremessa nele.
-"Contanto que só olhe." – Mi Le rebate e nós três ficamos conversando e rindo enquanto os outros meninos jogavam.
As horas passaram rápido demais e já tínhamos que voltar aos dormitórios, caminhamos de mãos dadas e nos beijávamos sempre que a diretora não estava nos observando. Assim que chegamos ao corredor que nos separava meu estômago afundou ao ver a expressão de Mi Le, ela lutou tanto para não ter que se esconder, mas agora é exatamente isso que estava sendo obrigada a fazer, precisava fazer alguma coisa só não sabia o que, e se eu chamasse a família dela nem imagino como ela se sentiria, então volto para o quarto relutante com a cabeça fervendo de ideias para dar um fim naquela situação.
Depois de passar a noite em claro e sem conseguir nenhuma brecha para fugir, me arrumo o mais rápido que consigo e corro para o quarto de Mi Le, entro sem bater e pulo em seus braços abraçando-a forte, procuro seus lábios e dou um beijo carregado de saudade que ela retribui sem pensar duas vezes, ela segura em volta de minha cintura e sinto o calor se espalhando pelo meu corpo, esqueço tudo que está ao nosso redor e começo a tirar a sua blusa passeando aos mãos pelo corpo dela, sentindo a maciez da pele dela da qual senti tanta saudade, acaricio seus seios e desço pelo seu pescoço fazendo uma trilha de beijos até chegar aos seus seios sugando-os gentilmente, Mi Le relaxa me deixando completamente livre, desço minhas mão para sua calça e desabotoo abaixando até seus joelhos, beijo sua barriga e revezo entre mordidas suaves, passo minhas mãos entre suas pernas fazendo como ela me ensinou, abro-as e á encosto na grade do beliche Mi Le não protesta e solta um gemido assim que começo a chupar seus lábios, lambo sua extensão enquanto brinco com seu clitóris já inchado pedindo para ser sugado, sem precisarmos de palavras coloco dois dedos dentro dela e começo a bombar enquanto á chupo, a voz dela falha e sua mão pousa em minha cabeça, aumento o ritmo á fazendo jogar a cabeça para trás, apreciando a doçura dela sem deixar nenhuma gota de seu gozo escapar até vê-la com as pernas bambas se segurando na grade da cama.
Subo e á beijo sem deixar brechas para medos e preocupações, só percebemos a hora quando alguém bate na porta e ouço a voz de minha colega de quarto nos chamando.
-"Garotas a diretora está á três minutos daqui." – ela sussurra e eu ajudo Mi Le a se arrumar.
-"Eu te amo." – digo e lhe dou um beijo.
-"Eu te amo. Nos vemos na quadra de basquete mais tarde?".
-"Sim vou estar lá." – saio do quarto ás pressas e volto para o meu e finjo arrumar minha mochila quando a diretora abre a porta abruptamente.
Depois que ela sai ficamos apenas nós duas e a pergunta martela em minha cabeça, queria saber o porquê de ela ajudar sem mesmo nos conhecer e como se adivinhasse o que estava pensando ela sorri e diz;
-"Não acho certo deixar Mi Le sozinha, e vocês não estão fazendo nada de errado." – fico á encarando completamente surpresa e ela se volta para sua mochila, e pela primeira vez percebo que nas breves conversas que tivemos não havia pedido seu nome nem uma vez sequer.
-"Obrigada por hoje e sinto muito se te coloquei em uma saia justa. Qual é o seu nome?".
-"Lian, muito prazer.".
-"Xiao Rou, o prazer é meu." – mesmo não sabendo exatamente quem ela era senti o mesmo tipo de carinho que sentia por Chun, como uma daquelas boas pessoas que raramente surgiam em nossa vida.
Música: Winter Aid – The wisp sings
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Lian
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