Implore

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Coloquei a mão sobre a cabeça que doía, estava deitada em minha cama e nem me lembrava como havia chegado até ela. Tirei o cobertor de cima de mim e estava de pijama. Precisava de um banho e escovar os dentes, o gosto de vodca ainda estava na minha língua, mas não antes de descer as escadas correndo e me ajoelhar em frente a privada colocando tudo para fora.

— Muita vodca. — Brook se apoia na batente da porta.

— Você pode segurar o meu cabelo, por... — expeli mais.

— Ela falou com você. — disse Brook.

— Desnaturada. — insulta Cohen. Ele entra no banheiro e segura meu cabelo em um rabo de cavalo.

— Ok, eu acho que acabou. — disse.

— E eu preciso ir respirar ar fresco, antes que vomite em cima de você. — diz Cohen saindo do banheiro.

— É melhor você tomar um banho, depois conversamos. — Brook me deixando só.

Vou para um banho rápido, não havia como ficar tanto tempo de baixo da água gelada, embora parecia diminuir a dor em minha cabeça. Mesmo no curto período de tempo no chuveiro, fiz todo o meu percurso da noite passada até em casa, desde a minha discussão com Caleb, ter dado a minha falsa palavra ao mauricinho do Brewster, até a parte em que estou no sofá chorando como uma garotinha, e algo sobre a Brook aparecer, o que explica eu acordar em minha cama. Ainda precisava mandar um mensagem a April Sorenson para ter certeza que não teria de dar uma surra em alguém, e resolver as coisas com Caleb ou talvez não, e a festa de Jason Brewster que eu definitivamente não iria.

Enrolei a toalha no corpo e sai do chuveiro, Brook e Cohen estavam reunidos na minúscula mesa de quatro lugares na cozinha, ambos vasculhavam o celular distraídos, uma pilha de panquecas estavam no centro da mesa e ao vê-las percebi o quanto estava faminta. Fui ao meu quarto vestir uma roupa, e desci para encontrar Brook e Cohen já comendo.

— Desculpe, mas você estava demorando muito. — explica Brook de boca cheia.

— Ah, — Cohen franze os lábios enojado — Você é nojenta.

Brook arqueá os braços e balança levemente para cima, e o encara como se dissesse "O que foi?", e por fim revira os olhos.

— Pelo menos nunca beijei P.J — provoca Brook, Cohen finge indiferença, mas logo abre um sorriso enorme.

— Como se isso fosse nojento. — Cohen retruca.

— Eu acho nojento.

— Só porque ele não tem uma vagina.

Me junto a eles na mesa.

— Nem mesmo consigo imaginar o P.J com vagina — disse, engolindo um pedaço de panqueca.

Brook ri, e Cohen me fuzilar com o olhar.

— Não me leve a mal, mas ele é tão machão. Nunca poderia o imaginar como uma mulher. —complemento, e Cohen parece suavizar a testa.

— É, talvez você tenha razão. Mas ele é bonito não é?

— Hmmm.. — aprecio as panquecas numa tentativa de fugir do assunto.

— Foi o que eu pensei. — disse Brook rindo.

— Vocês são totalmente ridículas. — disse ele segurando um riso.

O pouco tempo que ainda restava da manhã passamos conversando. Fiquei feliz por ainda não terem tocado no assunto sobre ontem a noite, tinha certeza que Brook havia presenciado muito mais que eu jogada em cima do sofá dormindo. Mas, infelizmente, sabia que cedo ou tarde perguntariam, e a essa altura também sabiam sobre a discussão com Caleb. Enquanto assistíamos a Tree Gelbman morrer pela milésima vez, mandei mensagem para a April, e ainda não sei se estava na hora de falar com Caleb, afinal, ele tinha sido sim um babaca.

Beertown a cidade divididaOnde histórias criam vida. Descubra agora