Olá para o Presente

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"Você precisa colocar todo seu peso no punho, assim", Louis colocava Harry em pose de combate. "Também é legal fingir que não está olhando, pra pessoa não saber o que esperar, e então você põe toda sua raiva pra fora".

Harry tentou deferir um soco em Louis, que desviou e teve que segura-lo logo depois, pois ele havia perdido o equilíbrio.

"Por isso tem que flexionar as pernas assim, pro seu corpo não ir pra frente junto com o punho", aconselhou.

Louis estava ensinando Harry a dar um soco de verdade (isso graças aquela vez em que Harry tentou bater nele), pois, segundo ele, 'todos precisam saber como dar um bom soco de vez em quando'.

"Não acredito que essa viagem acabou", comentou Harry ao se cansar de 'treinar' e se jogou na cama. "Não parece que a gente saiu de casa mil anos atrás?"

"É", Louis se jogou ao lado dele. "Você quer que eu compre alguma coisa pra viagem?"

"Eu estava pensando em passar em algum supermercado no caminho".

"Eu posso ir agora, se você quiser".

"Hum", Harry se levantou. "Se você insiste... Eu vou tomar banho e aí podemos ir".

"Não se preocupe com isso, Hazz", Louis sorriu e se levantou também. "Eu não vou bater o carro da sua mãe. Prometo".

Harry suspirou e sorriu ao receber um selinho de Louis. Como poderia dizer não a ele?

"Está bem", concordou. "Eu vou ajeitar nossas coisas".

Então Louis puxa Harry para um beijo de verdade e, depois disso, ele sai com a chave. Ele desce pelo elevador, pega o carro e liga o GPS de seu celular. No entanto, ele não procura por nenhum supermercado, ele planeja ir a outro lugar.

Louis sabe que Harry vai suspeitar da demora dele, assim como sabe também que pode estar dando um tiro no escuro, mas ele precisa tentar. Vai levar um bom tempo para fazer isso e ainda passar no supermercado, no entanto, ele já planejou dizer que se perdeu e que a fila estava enorme, caso fracassasse.

Mas a verdade é que ele realmente se perdeu, só não de carro. Ele entrou na gigantesca UCLA e pediu informações sobre como chegar à sala do reitor. Deus, era como se ele estivesse em uma cidade dentro de outra cidade.

Apresentou-se a mesma secretária com quem Harry havia falado e retirou de dentro da mochila os documentos e pastas que pegou do cacheado sem que ele notasse. Teve que implorar por uma oportunidade para falar com o reitor, pois a secretária permanecia irredutível: "ele apenas atende com hora marcada".

No entanto, assim que ela viu a foto de Harry nos documentos, ela se recordou que o mesmo havia ido embora sem explicação e decidiu ver o que iria acontecer. "Vou ver o que posso fazer".

Louis comemorou com um soco ao ar quando ela se levantou para entrar na sala do reitor. Ele não conseguia se sentar, pois tamanha era sua ansiedade, mas trinta minutos já haviam se passado e nada dela retornar. Perguntava-se o que estava acontecendo e, assim que decidiu se sentar, ela voltou de lá.

"Ele não tem muito tempo", ela disse, quase lhe arrancando as esperanças, "então você precisa ser rápido", abriu a porta para que Louis pudesse passar.

"Obrigado, obrigado!" ele praticamente beijou a mão dela de tão contente que ficou.

A porta lhe dava acesso a um hall cheio de outras salas. A última a direita estava iluminada, então foi lá que ele entrou, encontrando o reitor sentado em uma mesa ampla e circular. Havia uma grande televisão presa à parede, quadros, cartazes e avisos.

Crossing (Larry AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora