AMOR PROIBIDO - CONCLUÍDO

Capitulo 47

Camilla

No dia seguinte, acordei com a claridade vindo da janela, me levantei e fechei as cortinas, o Filipe se virou pro outro lado da cama mas continuou dormindo. Eu já me sentia descansada fisicamente, apesar da dor de cabeça e do mal estar no estômago persistir. Então peguei meu celular, respondi algumas mensagens e fui pro banheiro tomar banho.

Amarrei meu cabelo no alto, e depois do banho e de escovar os dentes sai do banheiro enrolada em uma toalha. No quarto me vesti e depois de ligar o ar condicionado sai deixando o Filipe dormindo.

Fiz café e comecei a preparar um sanduíche, quando escutei meu celular vibrar, abri a mensagem da Malu.

Almoço hoje?

Quando termino de ler o Filipe sai do quarto com a cara de sono me analisando de longe.

- Bom dia amor! - Ele fala cauteloso.

- Bom dia! - Falo passando maionese no pão de forma, sem olhar pra ele. - Você pode me levar pra casa? - Pergunto ainda de cabeça baixa.

- Posso amor. Mas você está bem? - Fala se aproximando.

- Sim. -Falo simplesmente enquanto ele me abraça. Não retribuo o seu abraço. - Só com dor de cabeça.

- Você tomou remédio? - balanço a cabeça dizendo que sim a sua pergunta e me mantenho em silêncio. Ao sair de seu abraço pego o Sanduiche e vou para a mesa no canto da sala.

- Vai me dar gelo agora? - Questiona me seguindo e se sentando em minha frente.

Respiro fundo e tomo um gole do meu café, sem tirar os olhos dele.

- Eu to esgotada Filipe.. parece que tudo que eu falar vai ser em vão, e tudo que eu fiz e passei contigo não valeu de nada. - Falo baixo olhando em seu olho, tenho certeza que minha expressão é de mágoa. - Eu só quero ir embora.

- Eu sei, eu não conseguiria "agradecer" - Ele faz aspas com os dedos. - Um terço de tudo que você aguentou, e passou comigo e por mim Mila. Eu sei que o que está me fudendo a cabeça hoje, é consequência do que eu fiz, e eu preciso passar por isso sozinho! Não quero te arrastar pra mais esse inferno que vai ser. Eu amo você demais.. - Ele tenta pegar minha mão, mas eu me afasto.

- Então é isso? - Pergunto sentindo minha garganta fechar, e os olhos ardendo.

Ele respira pesadamente, sua expressão fechada e triste. Mas não responde nada, levanta e vai em direção ao quarto.

Só me permito chorar quando estou sozinha em casa. Eu amo o Felipe de uma forma que não consigo me imaginar sentindo o mesmo por outra pessoa. Mas eu não aguento mais sentir meu coração sendo quebrado a cada mês. Amor é pra ser fácil, pra ser bom, e não uma luta diária.

Em meio aos meus lençóis e lágrimas eu decido que é a última vez que me permito ficar nesse estado por alguém, e prometo a mim mesma, que se eu não me acertar agora com o Filipe já era.

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Meu celular vibra com mensagem da Malu de novo, ela está vindo me buscar para o almoço. Pensei em cancelar, mas eu realmente to com muita fome e com vontade de conversar com minha melhor amiga. Além de desabafar preciso saber como tá a vida dela.

Quando estou tomando banho percebo meus seios super doloridos e me sinto inchada demais, péssimo momento pra minha tpm vir, já está tudo horrível sem isso, nem posso imaginar como vai ficar meu emocional agora.

Visto uma roupa simples e passo um pouco de maquiagem, enquanto aguardo a Malu fico pensando na merda de conversa que tive com o Filipe, ele não tem coragem de me dizer o que pretende com tudo isso, eu não sei se está acabado nosso relacionamento ou se ele tá apenas confuso e passando por esse momento de odiar a si próprio, eu juro que entendo ele e o que mais quero é estar aqui pra ele. Mas eu não posso obrigá-lo, eu não posso impor a minha presença, e eu não vou poder fazer nada se ele decidir se entregar.. é esta posição que me mata, a impotência. O que é suposto eu fazer numa situação dessas?!