☆My Dream☆

5

S/N não acreditava em o que seus olhos viam. O garoto a sua frente abriu um sorriso tímido, esperando uma reação positiva vinda da garota.

Porém, estava paralisada.

- S/N... O-oi... - Jimin tentava chamar sua atenção, agora sem graça, balançando uma mão em frente ao rosto da garota.

- Ji-jimi-....Jimi... - S/N não conseguia nem mesmo pronunciar o nome do garoto, que agora não conseguiu conter o riso.

- Jimin? Sim sou eu!- Ele respondia com um sorriso largo no rosto e rindo fraco, achando graça da reação desajeitada da garota.

S/N ainda em choque, não sabia o que dizer, e nem mesmo se soubesse conseguiria. Jimin poderia ficar o resto do dia rindo da adorável reação de S/N, mas avistou algumas meninas se aproximando e decidiu que seria melhor saírem dali o mais rápido possível.

- Está com fome? Posso te levar pra tomar ou comer alguma coisa?- S/N não respondeu. Jimin riu fraco, colocou os óculos e o boné de volta, segurou a mão da garota e a guiou para longe dali.

"Será que eu estou sonhando? De repente o dia parecia estar completamente arruinado, agora eu estou andando de mãos dadas com Park Jimin... Será que é um sonho mesmo? Só pode ser. Ou será que o motorista do taxi ouviu as minhas súplicas, acelerou tanto que acabou batendo e agora eu tô em coma alucinando? Será que..."

- Será que eu morri?

Depois de cerca de 10 minutos caminhando sem falar absolutamente nada, S/N se pronuncia pela primeira vez, mais para sí mesma do que para Jimin.

- O quê?- O garoto para de andar.

S/N se vira e encara o maior.

"Uau, ele é tão bonito. Mais do que nas fotos. Mais do que da última vez que o vi."

S/N vagava em seus pensamentos enquanto encarava o menino cada vez mais de perto, estava tão convicta de que toda a situação era fruto de sua imaginação, que nem se dava conta de que estava ultrapassando os limites.

[...]

P.O.V Jimin

Jimin interrompeu a caminhada assim que a menina finalmente disse alguma coisa, mas uma coisa muito estranha.

- Será que eu morri?- S/N disse baixo.

O garoto estranhou o questionamento da estrangeira. Que tipo de pergunta era aquela?

- O quê? Jimin perguntou, confuso.

A menor simplesmente se virou em sua direção e começou a o encarar fixamente. Seus grandes olhos eram bonitos, mas começaram a o constranger a cada segundo que se passava.

Cada vez mais e mais perto. Ela não dizia nada, somente se aproximava, com um olhar enigmático impossível de se decifrar, Jimin não conseguia entender aquela atitude repentina, somente sentia suas bochechas queimando e sua respiração acelerando. Não foram muitas as vezes que garotas se aproximaram dele daquela maneira.

Olhou rapidamente para os dois lados e avistou um restaurante qualquer, não era ali que pretendia levá-la, mas o desespero falou mais alto.

- A-ah o-olha só, chegamos! Vem!- O garoto, dessa vez morrendo de vergonha, pega novamente na mão de S/N e a puxa para o estabelecimento.

Assim que se acomodaram, Jimin suspira e tenta conversar com a menina, ainda um pouco constrangido.

- Então... Tá tudo bem? Consegue falar agora?

- Consigo.- S/N responde simples.- Mas não tô entendendo o que tá acontecendo. Eu tô sonhando? Tipo, eu estava indo pra uma entrevista de emprego, aí deu tudo errado, eu chorei e de repente eu tô sentada de frente com Park Jimin... Nada disso faz sentido.- S/N diz confusa, piscando várias vezes, como se tivesse acabado de acordar.

Jimin riu fraco. "Que bagunça." Pensou. A pobre garota estava apenas tentando arranjar um emprego, e por sua culpa, agora estava mais confusa do que Jungkook quando tinha que responder continhas de multiplicação.

- Me desculpa. É tudo culpa minha.

- Não! Não mesmo. Você não tem nada haver com isso. Na verdade... Porquê você está aqui?

- Eu tenho tudo haver com isso, S/N.- Sorriu.- Você estava indo pra uma entrevista na BigHit, se lembra?

- Eu estava... Espera. Na BigHit?

- Sim. Você estava em frente a BigHit há minutos atrás.- Jimin disse encarando a garota confusa.- Você não se lembra? Aliás, me desculpa pelo susto, isso é culpa minha também. Eu não pensei que fosse reagir assim... Talvez seja por isso que esteja tão aérea e confusa. Eu vou pedir uma água com açúcar pra você.- O garoto se levanta, mas é puxado de volta.

- Não, espera. Não precisa. - Ela encara o mais velho tentando arduamente lhe passar um olhar confiante. Jimin sorri fraco e volta para seu lugar. - Como você sabe que eu tava indo pra uma entrevista de emprego?- Pergunta ainda confusa, o garoto solta um longo suspiro.

- Então... Era comigo que você tinha falado...- Começa a se explicar, nervoso e brincando com os dedos.- Eu achei o seu perfil no Instagram, te segui e pensei que você fosse me chamar ou algo do tipo, mas não aconteceu. Aí eu peguei seu número lá mesmo e tentei falar com você... Mas aí você começou a falar de currículo e essas coisas, e de repente eu me vi no dever de te ajudar, então arranjei uma entrevista na empresa pra você. Não me entenda mal S/N, a minha intenção desde o começo foi apenas te ajudar...- Concluiu de cabeça baixa, esperando pelo pior.

[...]

S/N novamente estava muda. Não sabia o que dizer e sua mente estava a 1001 pensamentos por segundo. O que faria Jimin querer ajudar uma estranha recém-chegada no país?

- O-obrigado... Muito obrigado mesmo Jimin, mas não precisava se preocupar com isso, você pode acabar se prejudicando.- Disse preocupada, mais com o garoto do que com si mesma.

Jimin encarou S/N de volta e abriu um pequeno sorriso.

- De forma alguma, eu quero muito poder te ajudar. Eu ainda posso te levar pra entrevista, se não estiver brava comigo.

- Brava com você?- S/N riu pelo nariz.- Como eu poderia?- Sorriu aberto, o que fez Jimin sorrir também.

- Mas antes, vamos comer algo, depois de tanto nervoso é capaz de você acabar desmaiando.- Jimin diz brincalhão, enquanto pega o cardápio.

- Ei!- S/N o repreende em tom de brincadeira também.- Aqui tem muito arroz com feijão pra desmaiar assim, por causa de um sustinho.

Jimin apenas ri e continua olhando o cardápio, mais como se estivesse tentando esconder seu sorriso largo e suas bochechas avermelhadas. S/N, boba do jeito que estava, não percebeu e fez o mesmo, vez ou outra espiando o garoto, que percebia, ria e se escondia mais ainda, mais pareciam duas crianças brincando de esconde-esconde.

[...]