Capítulo 2

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Ao entrar no quarto me deparo com um quarto todo branco com uma cama gigante e móveis todos brancos.

Vou até o banheiro e fico impressionada com o tamanho do banheiro todo branco assim como o quarto e com uma grande banheira.

Fico um bom tempo no banho sentia muita falta da água quente caindo sobre o meu corpo já faz um ano e meio que eu só sei tomar banho em alguma fonte ou de chuva.

Termino o banho me enrolo na toalha e saio do banheiro e vejo uma camiseta e uma calça de moletom em cima da cama eu as coloco e seco mais os meus cabelos e os escovo com uma escova que Gail deixou ao lado da roupa.

Olho para a cama gigante e não resisto a deitar um pouco e fico um bom tempo lá que só percebo que eu adormeci quando acordo com Gail me chamando.

— Desculpa não resisti a essa cama. — Dou um sorriso sem graça.

— Não tem problema. — Sorri. — Só vim saber se a senhorita gostaria de comer alguma coisa.

— Que negócio é esse de senhorita? — Pergunto brincando.

— Você é uma senhorita ou já é senhora e não me contou? — Ri.

— Está me chamando de velha agora? — Finjo estar brava.

— Foi você quem disse. — Levanta as mãos em forma de rendição.

Desde que a minha mãe morreu não converso com esse nível de intimidade com ninguém.

— Você é muito legal não gostaria de perder o contato com você depois que eu ir embora daqui. — Sinto lágrimas escorrendo pelos meus olhos e Gail me puxa para um abraço.

— Não vamos perder não menina. — Da um beijo nos meus cabelos.

— Acho melhor eu ir embora. — Quando vou me levantar da cama Gail segura o meu braço.

— A senhorita vai ficar aqui. — Me olha seria.

— O seu marido pode chegar e não gostar de me ver aqui. — Falo e Gail ri.

— Eu tenho marido mas ele não mora aqui e nem sou a dona dessa casa eu somente trabalho aqui.

— Pior ainda imagina o dono da casa me vê aqui e me expulsa a ponta pés e você perde o emprego por minha culpa.

— O menino Jamie nunca iria me mandar embora daqui eu cuido dele desde que ele era um bebê e ele gosta muito de mim.

— Mas eu irei ser expulsa a ponta pés porque eu sou uma completa desconhecida.

— Eu te protejo. — Fala mas tenho medo já fui expulsa desse jeito várias vezes e sei o quanto isso é ruim.

— Acho melhor eu ir a mulher dele pode chegar também e me ver aqui vai pensar besteira.

— O meu menino é solteiro então não vai ter nenhum problema quanto a isso. — Sorri. — Por favor fique. — Me olha com um olhar suplicante.

— Está bem eu fico. — Sei que eu estou fazendo uma grande besteira ter aceitado ficar mas algo me diz que eu devo conhecer o dono dessa casa.

— Isso me deixa muito feliz menina. — Gail sorri e  me abraça.

Jamie

Estou aqui na minha sala lendo uns papéis para a reunião que daqui a pouco eu vou ter.

Ligo para o celular da Gail avisando que pode ser que eu demore um pouco para chegar em casa para o caso dela ligar ou bater lá e eu não atender e do jeito que ela é vai ligar para o FBI ir atrás de mim.

Olho para o relógio e respiro fundo chegou a hora da reunião.

Saio da sala e vou até a sala de reuniões.

Dakota

Estou na sala lendo um livro que encontrei na biblioteca e já está tarde a Gail disse que o patrão dela ligou para ela e falou que iria chegar um pouco mais tarde para que ela não se preocupasse e ela me disse que para ele ela já está na casa dela com o marido e os filhos e eu estou roendo as unhas de tanto nervoso estou muito preocupada pois não sei qual será a reação dele ao me ver aqui e não podemos esquecer que amanhã é natal e eu não quero estragar o natal de ninguém.

— Quer ajuda em algo? — Pergunto para Gail já que estou cansada de ficar sentada lendo.

— Está tudo bem minha menina pode ficar lá sentada lendo.

— Estou preocupada com a reação dele ao chegar e me ver aqui.

— Eu estarei aqui com você não fique com medo.

— Você me falou que ele não gosta de pobres.

— Mas ele vai gostar de você não tem como não gostar de uma garota tão linda e fofa.

— E porque você quer tanto que ele me conheça?

— Porque ele não tem amigos ele vive só para o trabalho.

— Ele sempre foi assim?

— Quando era mais novo ele gostava de sair muito mas aí quando ele fez dezesseis anos os pais morreram num acidente de helicóptero e então ele ficou assim. — Suspira. — As vezes ele não está muito bem e então eu durmo aqui para caso ele precisar e já o vi no meio da noite sentado na biblioteca ou no escritório chorando mas no dia seguinte ele desconversa.

— Coitado ele deve sofrer muito porque eu já perdi os meus pais sei o quanto é difícil.

— Eu era a babá dele aí depois que ele cresceu eu continuei na casa como empregada e depois que os pais morreram ele vendeu a casa e comprou essa e fez uma casa para a minha família nos fundos.

— Então você mora aqui também?

— Não moro na mansão mas naquela casinha ali. — Aponta da janela da cozinha para uma casa não muito grande mas também não tão pequena e eu começo a me sentir um pouco mais tranquila porque como uma pessoa que faz uma casa para uma empregada dentro do próprio quintal poderia ser tão má.

Ficamos conversando por mais um tempo enquanto Gail arruma a mesa de jantar que é enorme e claro preta estou distraída quando escuto a porta da frente se abrindo e Gail aparece na sala de jantar sorrindo.

— Ele chegou vem para você conhece -lo. — Me puxa pelo braço até a sala. — Que bom que voltou cedo senhor. — Gail fala mas o olhar dele está focado em mim.

Shot Fic: Um Natal Inesquecível (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora