Capítulo 27 - Epílogo - Parte 1

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- Sim, mãe. - Toni rolou os olhos, olhando para a garota no banco do passageiro. - Acabamos de sair do aeroporto. Estaremos aí em breve.

- Você vai ver mãe, eu te disse. - Toni mordeu o lábio e olhou para Cheryl. A ruiva no banco do passageiro sorriu suavemente. - Tudo bem mãe, eu tenho que dirigir. Te vejo em breve.

Toni riu suavemente assim que desligou, colocando seu telefone no segurador de copos e entrelaçando seus dedos com os de Cheryl, com sua mão livre.

- Você parece nervosa. - Cheryl inclinou sua cabeça para o lado levemente, deixando seu cachos soltos caírem sobre seus ombro. - Você está nervosa?

Toni deu de ombros e levou sua atenção novamente à rua, seguindo a rota familiar para sua casa de infância.

- Um pouco, sim. Eu não tenho nenhuma razão para estar, na verdade.

- Vai ser divertido, certo? - Cheryl brincou com o pulso de Toni distraidamente.

- Claro que sim! - Toni sorriu. - Você vai poder conhecer minha família louca. - Cheryl riu e travou círculos na mão de Toni.

Semanas haviam passado desde que Cheryl havia sido absolvida. As estações haviam mudado, deixando uma leve camada de neve pelo chão de Nova Iorque. Em Miami, entretanto, a temperatura estava praticamente perfeita. Era confortável do lado de fora, não importava o que você estava vestindo.

Depois que ela foi solta, Cheryl começou a fazer uma rotina de consultas de terapia. Primeiramente, a menina mais nova estava hesitante. Mas com incentivos de Toni e tempo, as consultas duas vezes por semana começaram a mostrar progresso.

Ela nunca voltaria a 100% normal. Mas como seu médico havia dito, sempre havia espaço para uma melhora.

Uma das maiores preocupações de Toni era seu relacionamento com Cheryl. Ela havia conversado com a terapeuta de Cheryl logo que chegou, atirando uma pergunta atrás da outra na mulher de meia idade.

O que ela tinha conseguido era uma lista interminável de termos médicos, que basicamente explicavam para Toni que sim, Cheryl era capaz de amar. E que uma relação estava bem, desde que as coisas fossem devagar e que Cheryl estivesse ciente de onde as coisas estavam indo.

Cheryl estava ciente. Definitivamente ciente. Quando Toni havia discutido com Cheryl sobre o futuro, ela encontrou uma Cheryl tagarela, que não parava de falar sobre como chamariam sua criança e de que cor pintariam sua casa. (Amarelo, obviamente.)

Pensar em passar o resto da vida com Cheryl trazia borboletas ao estômago de Toni sempre. Mas ela podia esperar. Quanto mais pessoas ela conhecia diariamente, mais ela via o quanto precisava de Cheryl.

E agora, aqui estavam elas. Semanas depois, de mãos dadas no seu carro indo para a antiga casa de Toni. A mãe de Toni havia convidado ela e sua 'namorada misteriosa' para passar o natal.

Então sim, Toni estava nervosa. Extremamente nervosa. Ela não fazia ideia de como seus pais reagiriam quando descobrissem quem a garota misteriosa era na realidade. Porque até onde eles sabiam, Toni ainda odiava Cheryl com cada célula em seu corpo.

- Aqui estamos. - Toni sorriu nervosamente. Ela apertou a mão de Cheryl e fez menção para a casa na esquina. Um grupo de crianças pequenas estavam reunidas na frente da casa, chutando uma bola inflável de praia.

- Eu gostei. - Cheryl deu um grande sorriso, se ajeitando no banco para ter uma visão melhor da casa. Toni estacionou o carro e respirou fundo, se virando para Cheryl.

- Está pronta? - Ela perguntou, mordendo o lábio. Cheryl assentiu.

- Você está? - Ela rebateu, se prendendo no fato de que Toni estava mais nervosa do que havia admitido estar.

𝐲𝐞𝐥𝐥𝐨𝐰 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora