Crianças te trocam fácil

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Dia difícil.

Mal tinha acordado e já senti uma súbita vontade de cometer Jiminsídio só por ver Taehyung me sacudindo para lá e para cá e dizendo "Acorda, Jimin! Nós vamos para a piscina do Jeon hoje!". Esse "Nós" no caso são ele, Hoseok, os meninos e Jungkook, porque que a minha pessoa aqui vai ter que ficar de olhos bem abertos nos pestinhas. Vai que um deles — cof Yoongi cof cof — inventa de ficar jogando água no outro ou dá um caldo e o menino bebe a água da piscina todinha. Se eles não fizerem xixi antes disso acontecer já é uma bola dentro. Se bem que seria bem nojento se... Bom, é melhor parar por aqui, e não me responsabilizo pela imaginação de vocês.

— Taehyung, sabe o que você tem? — Perguntei quando ele parou de me balançar.

— Não. O que eu tenho? — Perguntou, curioso.

— Fogo no rabo. — Respondi em um tom um pouco alto. — Então, por obséquio, apague ele e me deixe em paz por mais cinco minutos. — Falei enquanto me ajeitava na cama novamente, deitando de bruços.

— Tá bom. — Disse e no mesmo instante senti que havia algo de errado.

Ele vai aprontar.

Ouvi seus passos se distanciarem do quarto, indo até outro cômodo que não me importei em inspecionar. Alguns minutos depois, ouço seus passos vindo em minha direção e, conhecendo Taehyung como eu conheço, ele iria fazer algo, e na hora até me bateu um leve desespero. Aí eu senti algo gelado em certa parte bem quente — aquela carinha safada. Ele colocou gelo na minha cueca!

— Naja! — O gritei enquanto tentava tirar o cubo de lá e pulava por conta da temperatura. A essa altura já estava fora da cama, como ele queria. Só não havia necessidade de fazer isso. — Era para você colocar esse gelo na sua bunda e não na minha!

— A chama de Kim Taehyung não se apagará nunca, meu amor! — Fingiu jogar seus cabelos longos para o lado.

Esse não tem fogo, tem um incêndio.

Para ser sincero, eu não estou nem um pouco empolgado, talvez seja porque eu iria trabalhar e corria o risco de matar um dos filhos do meu chefe porque esse matou o irmão afogado — muita morte para apenas um dia. Na verdade, Taehyung conseguiu comprar um pouco da minha alegria fazendo panquecas. Ah, qual é? As panquecas dele são maravilhosas — sem duplo sentido, por favor.

Está pensando nas panquecas dele, não é? Safadeza em pessoa.

— Eu já tô vendo você babando com o Jungkook de sunga. — Imaginei, mesmo sem querer. — Imaginou não é? Safado. — Sorriu malicioso.

— Vamos logo, Tae. Sem provocações por hoje. — Disse firme com cara de tédio.

— Claro. Vou deixar esse trabalho para Jeon Jungkook e sua sunga fatal. — Riu e eu acabei por rir também. Preciso ficar atento com essa naja hoje.

Após muita enrolação — de um Taehyung que não queria sair do banheiro nunca e sempre esquecia de algo —, saímos de casa. Conversamos enquanto andávamos, e adivinha o assunto? Hoseok. "Hobi deve ficar lindo de sunga.", "Aquele pacotão dele... — suspiro.", entre outros que ninguém merece ouvir e irei poupá-los disso. Da nossa casa até a do Jungkook são 10 minutos a pé. Nós acabamos de sair, ou seja, Taehyung tem bastante tempo pra falar coisas indevidas e me provocar. Que G-dragon me proteja nessa jornada, amém.

— Jimin, agora eu quero falar uma coisa séria. — Lá vem merda.

— Chora — disse sem mostrar interesse.

— Você não pensa em, sei lá, deixar as coisas acontecerem com o Jungkook? Eu sei que ele anda dando investidas "discretas" — fez aspas com os dedos.

Eu, JungKook e os PestinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora