Briga

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Um mês depois

O som do despertador ecoa pelo quarto, abro os meus olhos devagar e espero me acostumar com a claridade que sai da janela. Primeiro dia de aula, estou ansiosa para começar.

Decide que vou ser pedagoga, amo crianças e ensinar para elas, isso é muito bom para a alma.

Saio do quarto arrumada e começo a ouvir barulho na cozinha, o idiota já acordou.

Nesse mês, foi bem complicado nossa relação, não sabia que podia odiar ele mais. Semana passada encontrei ele e uma garota no sofá, se eu não tivesse chegado...

- Quero tudo limpo depois.- Pego uma maçã na fruteira.

- Bom dia Melzinha.- Para de mexer o ovos e olha para mim.- Está servida?- Tira a panela do fogo.

- Não mesmo, estou indo.

- Eu também já vou descer, as minhas começam hoje também.- Diz com a boca cheia.

- Eu não estou interessada.- Sorrio sínica.

- Nossa Mel, assim eu vou achar que você não gosta de mim.- Coloca a mão no coração.

- Achei que estava óbvio!

Me viro e saio da cozinha ouvindo sua risada, como ele me irrita.

***

Entro na sala e escolho sentar na parede do lado janela, começo a observar as pessoas entrando e escolhendo seus lugares. Aonde eu estudava, eu não tinha amigos, só colegas!

Por isso resolvi fazer uma faculdade longe, assim posso conhecer pessoas novas.. Longe de pessoas como aquelas.

Uma menina de cabelos roxos entra e começa a olhar os lugares, seu olhar cai na mesa do meu lado e ela vem andando, logo se senta.

- Olá!- Estica seu braço.- Meu nome é Lua.

Fico parada um tempo, Lua? Saio do meu transe e percebo que ela continua com a mão esticada, dou um sorriso sem graça e estico minha mão.

- Olá, meu nome é Melissa.- Ela aperta minha mão e sorri.

- Vi que você era a mais normal daqui, todos têm caras de ricos cheios de si.- Ela revira os olhos.

Olho ao redor e percebo que ela tem razão, tem alguns meninos engomadinhos, meninas se jogando para eles e outras passando maquiagem.

- E eu ser normal é bom?

- Não muito.- Ela encolhe os ombros.- Olha o meu nome! Gosto de coisas estranhas.

Eu dou uma risada e em seguida o professor entra.

- Boa tarde, iremos começar..

***

- Ele é um deus grego Melissa!- Lua se abana.

Estamos no meu apartamento e ela está comentando sobre o professor Samuel, ele tem vinte e seis anos e exala masculinidade de todos das formas, diz ela.

- Ele nem é tudo isso Lua.- Reviro os olhos.

Ele é alto, branquinho e com um corpo definido.. Sabe aqueles caras com jeito de certinho, mas os olhos dizem que não é bem assim? É o Samuel!

- Não é tudo isso?!- Bate a mão no sofá.- Ele é perfeito, o homem dos meus sonhos.- Concorda com a cabeça.

- O homem da minha vida é...

- Eu.- A voz do Fabricio ecoa pela sala.

Eu olho para trás e ele está encostado no batente da porta de braços cruzados e com o sorriso de lado no rosto.

Amar ou odiar o Fabricio Onde histórias criam vida. Descubra agora