My newly freed wings

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Despedidas nunca foram necessariamente o ato social proferido de HyeMin, ela nunca soube como dizer adeus, ou até mesmo um nos vemos em breve para um amigo.

Então era de se esperar que a Park não só tinha omitido o dia de sua viagem, como havia marcado o vôo justamente em um horário praticamente impossível para Sehun e Jisoo irem levá-la para o aeroporto.

Para ela aquele almoço com a amiga já lhe bastaria como um "nos veremos em breve", sem precisar das já aguardadas lágrimas na hora de seguirem seus caminhos. Pelo menos parte dela acreditava nisso.

- Já sabe quando vai embora? - Jisoo perguntou enquanto escolhia o que pediria.

- Ainda não. - a morena respondeu vagamente, enquanto observava as opções de salada no cardápio.

- Devo acreditar nessa resposta vaga, ou deduzir que esse almoço já é um adeus? - a Park não escondeu o espanto ao se dar conta da conclusão da amiga, e acabou deixando seus ombros caírem.

- Como chegou a essa conclusão? - HyeMin então encara a amiga, notando a feição óbvia dela.

Jisoo sabia que a amiga era péssima em se afastar das pessoas, assim como não portava a habilidade para mentir bem. Então para ela não foi difícil chegar aquela conclusão após seu chamado repentino para almoçarem juntas, assim como a desculpa usada ser o tempo em que não faziam isso desde a sua demissão.

- Você não sabe esconder as coisas, ainda mais de mim. - Jisoo concluiu simplista, podendo ver o bico corriqueiro de HyeMin surgir - Já sabe o que vai fazer quando chegar em casa?

- Além de ser alvo das reclamações da minha mãe? - ela perguntou retoricamente e suspirou descontente - Não faço ideia.

- Olha eu andei conversando com o meu primo, e ele me contou que uma amiga da nossa família abriu mais uma cafeteria em Seoul. - a morena comentou atraindo a atenção da Park - Ele disse que pode conversar com ela sobre uma vaga pra você, caso retorne para Seoul dentro de duas semanas.

A Park não sabia se agradecia a amiga pela ajuda, ou se agradecia aos céus por poder falar para a sua mãe que não seria um peso nas contas de casa. Era até mesmo assustador ver algo dando certo em sua vida, e isso para ela poderia ser chamado de milagre.

A morena então agradeceu a Jisoo pelo grande empurrão na sua volta para casa, e não demorou para que ambas dessem início a uma conversa casual, tendo vez ou outra a garantia de que não demorariam muito tempo para se reencontrarem.

HyeMin poderia dizer com certeza, que aquela amizade entre elas era uma das melhores coisas que levaria de volta para casa. Pois quem conhecia a Park sabia o quanto era difícil para ela se relacionar com as demais pessoas,  e até mesmo permitir que se aproximassem dela como Jisoo havia  feito desde o priemro dia naquela empresa. 

Talvez lá no fundo aquela viagem para o Japão a tenha mudado para melhor. Mesmo que no decorrer do caminho, seu coração lhe gritasse que fugir de tudo tenha sido um grande erro.

........

A infinidade de cores e marcas naquelas prateleiras deixavam a Park confusa, era difícil para ela decidir qual daquelas tintas agrediria menos o seu cabelo e isso já estava a fazendo demorar quase uma hora.

Ela guiou sua mão a tinta de coloração rosa na parte mais alta da prateleira, e sentiu a revolta de ser baixinha lhe atingir em cheio pois ela teria de pedir ajuda ao moreno que trabalhava ali para pegar a tinta para ela.

Porém HyeMin sempre foi tímida e falar com as pessoas mesmo que nestas situações era difícil para ela, e por esse motivo a morena acabou optando por pular para alcançar a caixa com a tintura.

The Light Of Hope 》KTH/ PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora