Coração Bobo

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Olá queridos leitores! Fico feliz de ver que aos poucos estão aumentando os números de views. Espero que estejam gostando, conto com seus comentários e opiniões, além é claro das estrelinhas.

Bjs, Day

Fernanda

Eu estava cavando um buraco no corredor do hospital esperando notícias do Augusto. Eu sabia que estava tudo bem, o ogro ridículo que dizia ser irmão do meu “namorado” já havia me tranquilizado mas eu ainda não tinha visto com meus próprios olhos, e sendo eu a causadora daquele contratempo eu estava ansiosa aguardando a reação do Guto.

Se eu tomasse a atitude do Alexandre idiota, recalcado, grosso e cavalo como base, bom então eu estava em apuros porque o mané ali nem estava olhando na minha cara. Puxa vida será que ele achava que eu tinha envenenado o Guto de propósito? Detesto gente que pensa que nunca se engana, são os piores e tendem a não se dar bem ao meu redor, pois comigo por perto alguma coisa fatalmente dará errado.

Bom estávamos nós dois naquele silêncio de morte, aguardando o médico nos chamar ao quarto quando vi um casal de seus sessenta anos correr em nossa direção, seguidos de uma mulher super estilosa.

-Filho, que susto, o que houve? – Ok, identifiquei a mulher mais velha como minha “sogra”, se é que posso pensar nela assim. Uma loira bonita, elegante de casaco off-white bem cortado e saltos de crocodilo.

-Meu Deus Alexandre, como o Guto foi comer amendoim meu filho? – acabei de sacar que o homem alto de cabelos grisalhos e olhos azuis é o meu “sogro”.

- Oi Alê – a morena de botas over-knee, casaco de couro e frios olhos azuis ficou sem identificação preliminar mas deduzi que era alguém chegada a família, pois chegou com os pais do Guto, agarrou o braço do Alexandre e ficou pendurada nele fingindo que eu era invisível.

- Pois é gente, isso é o Augusto namorando. A namorada dele aqui – segurou meus ombros com o seu braço livre, formando um bizarro trio: eu, ele e a morena antipática – não sabia que ele era alérgico e fez uma cobertura extra para o bolo dele, o resto vocês já podem imaginar.

Eu sutilmente me soltei daquele abraço que estava me deixando nervosa.

As reações foram diversas:

-Namorada? – a mãe olhou para mim com espanto, afinal eu bem sabia que o Guto não namorava ninguém oficialmente há anos. Depois ela abriu um sorriso esperançoso.

O pai só levantou as sobrancelhas e olhou para mim como se esperasse que eu confirmasse a afirmação.

A malévola olhou para meu all-star branco que já viu dias melhores, minha calça verde mal cortada de Oxford, camisa branca, avental marrom escrito “The Book Café” e o boné verde e marrom e mostrou-me claramente seus sentimentos: horrorizada.

Esse amor que me faz delirarOnde histórias criam vida. Descubra agora