Após um ano, as revistas eram as melhores fontes para rever Chanyeol e Youngho dois rapazes que desapareceram da minha vida — um deixou mágoas, o outro, saudades —.
Após aquele ensaio fotográfico que participei com Seo Youngho, a carreira dele deslanchou como modelo. No início, nós nos víamos com frequência — ele sempre tentava levantar o meu astral, me comprando comida, fazendo piadas — mas aos poucos a agenda lotada dele o impossibilitou de me visitar. Já fazem alguns meses desde nem trocamos mensagens.
Agora, o vejo posando com uma modelo norte americana para uma marca famosa de lingerie. É o mais próximo que posso chegar dele, atualmente.
A mesma situação se aplica a Park Chanyeol. Mesmo que eu sinta raiva dele por ter me usado, eu ainda compro todas as revistas que citam seu novo na manchete, na banca de jornal perto de casa. Minha raiva não se tornou uma obsessão, mas é um costume que acabei criando já que, no começo, Clara não contava nada sobre ele pra mim. Eu sempre perguntava porque dentro do meu íntimo havia uma fagulha de esperança de que Chanyeol se divorciasse da Beatriz e voltasse para mim com mil e uma explicações, eu jurei pra mim mesma que, se isso acontecesse, eu o faria sofrer como ele me fez, mas é claro que nada disso aconteceria.
Hoje seria mais um dia comum. Eu levantaria da cama, vestiria o primeiro casaco que encontrasse para me proteger do frio do lado externo e passaria as mãos nos meus cabelos — agora longos — numa tentativa de diminuir seu volume para então, finalmente, buscar as revistas que assino com o pessoal da portaria.
Era pra ser assim, uma atividade casual de quase toda a semana, mas estava longe de ser só isso.
Naquela manhã de quinta-feira, o elevador do nosso prédio estava quebrado — O que pra mim não fazia muita diferença já que eu tinha medo de elevadores — por tudo isso, desci as escadas rapidamente chegando à portaria, mas estranhamente, o senhor simpático que me entregava minhas revistas não estava ali com seu uniforme azul marinho e aquele sorriso amistoso em seu rosto. Na verdade, a portaria estava vazia, sem nenhum funcionário que pudesse me atender.
— Tem alguém aí? — Eu chamei, minha voz fez eco por todo o recinto. Eu ouvi passos atrás de mim e me virei bruscamente para trás, assustada.
— Desculpa, estava usando o trono. — Um garoto de lábios cheios e um olhar bondoso sorriu abertamente, exibindo seu sorriso de dentes simétricos. Seu sorriso permaneceu fixo em seu rosto mas seus olhos desapareceram de visão quando o funcionário deu a volta no balcão da portaria, olhando para alguma coisa abaixo. — O que deseja?
— Vim pegar minhas revistas. — Anunciei simplista.
— Ah, tá. Poderia me informar seu nome?
— Lee Shin Eye.
— Perdão? — Ele ergueu o olhar para encontrar com meu rosto, ele tinha uma ruga entre as sobrancelhas que denunciavam sua confusão.
— Lee. Shin. Eye. — Repeti pausadamente para ver se assim ele entendia.
— Eye, tipo, olho? — O garoto indagou curioso, eu rolei os olhos. Só queria minha revista.
— É. Tipo olho.
— Legal, vou te chamar de Shin Olhos.
— Mas o q-
— Sou o novo porteiro desse prédio, meu nome é Lee Taemin.
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Namorado de Aluguel 2 : A Revolta Das Pizzas
FanfictionAs cicatrizes de ter sido trocada por Beatriz ainda permaneciam abertas em Shin Eye em forma de insegurança, mas agora, ela procurava superar o passado, mesmo que esse a seguisse para onde quer que fosse... E se o namorado perfeito não existisse? E...