Froy Narrando.
A manhã surgiu para mim como um comboio que surge do nada e leva tudo à sua frente. Sei que durante toda a noite tive pesadelos, não sei ao certo sobre o quê porque quando me tentava lembrar não me surgia nada.
Eram cerca de 3 da manhã quando acordei do último pesadelo. Ainda pensei em acordar o John mas ele estava tão sereno dormindo na sua cama que decidi não o fazer.
Calcei as minhas pantufas, fui até ao refeitório e lá encontrei a professora de voo sentada sozinha numa mesa olhando para as suas mãos, ela parecia refletir sobre algo.
- Professora Hooch?... está tudo bem?
- Nossa, que susto Froy, o que é que estás a fazer aqui? Sabes que é contra as regras andar a vaguear por Hogwarts a esta hora da noite.
- Sim, eu sei, mas não consegui dormir, passei a noite toda tendo pesadelos.
- Com o quê?
- Não sei, não me consigo lembrar de nenhum.
- Isso é muito estranho.
- Eu sei, vim ver se encontrava algum lugar onde pudesse fazer um chá mas não conheço muito bem a escola.
- Meu filho... eu trabalho aqui há décadas e nem eu mesma conheço a escola.
- Porquê?
- É uma escola mágica, há tantos mistérios que a envolvem, duvido que alguém algum dia conheça cada ponta deste castelo.
- Eu li algumas coisas sobre salas que se abrem apenas em certas alturas.
- Sim, quando precisas profundamente de algo o castelo meio que sente e abre uma porta na parede mais próxima sem que ninguém veja.
- Wow.
- O teu avô foi um dos vários alunos que teve esse privilégio... quando ele e os seus amigos fizeram a armada de Dumbledore, como eles assim a chamaram, o castelo lhes deu o que eles precisavam... uma sala para treinarem a defesa contra a arte das trevas, já que a mulher que era diretora naquela altura proibiu o uso de magia.
- Porque ela faria uma coisa dessas?
- Porque ela fazia parte da ceita daquele cujo nome não se pronuncia.
- Faz sentido... professora?!
- Sim Froy?
- Acha que eu sou um bom aluno?
- Que pergunta é essa? Claro que sim, até agora só tens demonstrado muito potencial e força de vontade. E tenho a certeza que és um excelente garoto, assim como o teu avô.
- Eu tenho medo.
- De quê?
- Eu li artigos que falam dos comensais da morte e como muitos foram influenciados a se tornarem nisso... tenho medo de um dia me tornar um desses monstros.
- Não penses nisso garoto... tu és uma excelente pessoa e tenho a certeza que não serás uma desilusão para nós. - falou apertando o meu ombro.
- Como é que sabe que sou boa pessoa?
- Me fala uma coisa? Naquele dia, porque é que te arriscaste ao voar atrás do Rage mesmo sabendo que não sabias voar uma vassoura?
- Eu apenas queria ajudar o Fill.
- Aí tens a tua resposta, arriscaste a tua vida para ajudar uma pessoa que nem conhecias, e por muito que tentem, um coração puro e bondoso como o teu nunca conseguirá ser malvado como um daqueles vagabundos...
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Potter (descendentes)
FanfictionFroy Guiterrez Potter era apenas um garoto de 16 anos, desde os seus anos mais jovens sempre se sentiu diferente, sempre que perguntara a seus pais o motivo de se sentir assim eles apenas desviavam a conversa, talvez por medo ou por não saberem lida...