Froy Narrando.
Na terça feira da semana seguinte acordei com uma dor de cabeça enorme, a culpa foi de passar tanto tempo a chorar.
Fui até ao banheiro, tomei um duche quente que ajudou a aliviar um pouco as dores e a relaxar um pouco.
Vesti uma roupa confortável e me desloquei à cozinha para tomar o café da manhã.
Fiz duas torradas com nuttela e bebi um iogurte de morango e banana. No fim de comer tudo fui escovar os dentes e dar um jeito no cabelo.
Quando saí Demétrio estava no quarto me esperando sentado na sua cama.
- Bom dia. - falei.
- Melhor? - perguntou olhando para mim com um sorriso no rosto.
- Um pouco.
- Vem, vamos lá a baixo.
- OK.
Fomos para o jardim e nos sentamos no banco. Daqueles que balançam para a frente e para trás.
Conversámos por quase duas horas mas eu não podia deixar de ter a sensação de que estávamos a ser observados.
- Está tudo bem Froy?
- Está sim. - menti e olhei discretamente para todos os lados até que vi Mason nos espiando da janela do seu quarto. - Não olhes já mas o Mason está nos espiando.
- O quê? Onde?
- Da janela do quarto dele.
Ao fim de alguns segundos o Demétrio olhou discretamente e falou:
- Tens razão, isto é muito estranho, o Mason normalmente só quer saber da vida dele.
- Algo não está certo.
- Concordo mas nós vamos descobrir o que é, não te preocupes. - disse com os olhos semi serrados e com um olhar determinado. - Froy, eu preciso de te dizer algo.
- Diz!
- Eu acho que tu e o John deviam se reconciliar, devias lhe dar uma chance, não sei porquê mas eu tenho a sensação que ele não fez nada, ele ama-te demasiado para fazer uma coisa daquelas.
- Eu também o amo muito, mas ele magoou-me.
- Por vezes temos de aprender a perdoar, a vida não é perfeita mas nós temos de torná-la no melhor que pudermos, mesmo que isso implique pisar o nosso orgulho.
- Eu sei. - falei de cabeça baixa.
- Bom, não vamos pensar mais nisso, o que achas de saímos esta noite?
- De novo? Ainda no outro dia saímos.
- Sim. Não vais ficar aqui a deprimir pois não?
- Acho que não.
- Ótimo. Saímos para jantar e depois vamos ao cinema, saiu um filme novo que eu quero muito ver.
- OK.
×××mais tarde×××
Nós não devíamos ter saído. Estamos há quase 10 minutos a ser seguidos por um homem todo vestido de preto, do mesmo tipo de roupa que os comensais da morte usam.
Como é que eles sabiam onde nos encontrar?
Eu e o Demétrio acelerámos os nossos passos e ele logo sussurrou:
- Vamos para um sitio escondido, se ele nos continuar a seguir vamos acabar com ele
- OK. - sussurrei super nervoso, viramos uma esquina e começamos a correr em direção a um beco que estava entre dois prédios.
- Apareçam garotos, eu sei que vocês estão aí.
Nós estávamos escondidos atrás do contentor do lixo.
- Potter, tu não vais sair daqui com vida, isso te garanto, logo logo os meus aliados vão chegar e tu não terás saída.
Retirei a minha varinha do bolso a apontei para ele e pronunciei o feitiço:
- Reducto.
Um feixe de luz enorme saiu da minha varinha na sua direção e ele voou em qualquer direção mas estava escuro e eu não o conseguia ver.
Eu não acreditava no que tinha feito. Eu acho que matei alguém.
- Froy, CORRE. - disse Demétrio pegando na minha mão e corremos para a estação de metro.
- Dem, olha. - falei apontando para cima sem parar de correr.
Havia feiticeiros montados em vassouras por todo o céu.
- Vamos. Mais rápido. - falou correndo ainda mais depressa e eu o segui.
Um deles pousou rapidamente à minha frente, eu apontei a varinha na sua direção e disse:
- Bombarda Máxima.
Ele foi levado pelo ar juntamente com a explosão que saía da minha varinha.
Entramos na estação de metro e corremos o mais que pudemos para apanhar o metro mas alguém me puxou para dentro de uma sala, fechou a porta rapidamente e tapou a minha boca.
- Shhhhh, filho, sou eu.
- Pai?
- Calma, está tudo bem. - falou me abraçando e eu desabei a chorar nos seus braços.
- O que é que se está a passar?
- É uma longa história filho.
- Por favor.
- Ouve, eu sei que vai ser difícil mas eu quero que tu saibas que o pai nunca te vai abandonar outra vez, OK?
- Sim, mas apenas me conta o que se está a passar.
- Foi a tua mãe... Ela, ela não é mais a minha mulher.
- Porquê?
- Os comensais da morte apanharam-na a tentar bisbilhotar assuntos aos quais ela não devia ter acesso e a raptaram. Nós trabalhamos na área da investigação para o ministério da magia e é um trabalho muito arriscado.
- Onde é que ela está? - perguntei chorando.
- Ela agora é um deles Froy.
- Como... como é que ela pode?
- Eles disseram que se ela não se juntasse a eles, que a matavam a ela e a ti, ela fê-lo por vocês mas eles lavaram-lhe completamente a cabeça e ela agora é tão maldosa como eles.
- Porque é que eles estão atrás de mim.
- Eles querem vingar a morte do... daquele cujo nome não deve ser pronunciado porque o teu avô o matou. Eles não me podem matar e por isso estão atrás de ti.
- Porque é que eles não te podem...
- Froy, agora não, nós precisamos de ir embora.
- Para onde?
- Tu nunca devias ter saído de Hogwarts, não há lugar mais seguro do que aquela escola, é para lá que nós vamos, e eu não te vou deixar sozinho. - disse pegando no meu pulso e saindo daquela sala.
- Espera, o Demétrio.
- Quem é esse?
- Um amigo meu, ele estava comigo.
- Vamos procurá-lo, depressa.
Procurámos por toda a estação do metro e o encontrámos na casa de banho.
Quando dei por mim estava novamente arrumando as minhas malas para voltar para Hogwarts com o meu pai.
Os garotos ainda não sabiam de nada mas talvez fosse melhor assim. As pessoas que eu amo só vão estar a salvo longe de mim.
Gente... Votem e comentem, beijos e abraços 😘🤗.
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Potter (descendentes)
FanficFroy Guiterrez Potter era apenas um garoto de 16 anos, desde os seus anos mais jovens sempre se sentiu diferente, sempre que perguntara a seus pais o motivo de se sentir assim eles apenas desviavam a conversa, talvez por medo ou por não saberem lida...