Capítulo 15

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Froy Narrando.

Na terça feira da semana seguinte acordei com uma dor de cabeça enorme, a culpa foi de passar tanto tempo a chorar.

Fui até ao banheiro, tomei um duche quente que ajudou a aliviar um pouco as dores e a relaxar um pouco.

Vesti uma roupa confortável e me desloquei à cozinha para tomar o café da manhã.

Fiz duas torradas com nuttela e bebi um iogurte de morango e banana. No fim de comer tudo fui escovar os dentes e dar um jeito no cabelo.

Quando saí Demétrio estava no quarto me esperando sentado na sua cama.

- Bom dia. - falei.

- Melhor? - perguntou olhando para mim com um sorriso no rosto.

- Um pouco.

- Vem, vamos lá a baixo.

- OK.

Fomos para o jardim e nos sentamos no banco. Daqueles que balançam para a frente e para trás.

Conversámos por quase duas horas mas eu não podia deixar de ter a sensação de que estávamos a ser observados.

- Está tudo bem Froy?

- Está sim. - menti e olhei discretamente para todos os lados até que vi Mason nos espiando da janela do seu quarto. - Não olhes já mas o Mason está nos espiando.

- O quê? Onde?

- Da janela do quarto dele.

Ao fim de alguns segundos o Demétrio olhou discretamente e falou:

- Tens razão, isto é muito estranho, o Mason normalmente só quer saber da vida dele.

- Algo não está certo.

- Concordo mas nós vamos descobrir o que é, não te preocupes. - disse com os olhos semi serrados e com um olhar determinado. - Froy, eu preciso de te dizer algo.

- Diz!

- Eu acho que tu e o John deviam se reconciliar, devias lhe dar uma chance, não sei porquê mas eu tenho a sensação que ele não fez nada, ele ama-te demasiado para fazer uma coisa daquelas.

- Eu também o amo muito, mas ele magoou-me.

- Por vezes temos de aprender a perdoar, a vida não é perfeita mas nós temos de torná-la no melhor que pudermos, mesmo que isso implique pisar o nosso orgulho.

- Eu sei. - falei de cabeça baixa.

- Bom, não vamos pensar mais nisso, o que achas de saímos esta noite?

- De novo? Ainda no outro dia saímos.

- Sim. Não vais ficar aqui a deprimir pois não?

- Acho que não.

- Ótimo. Saímos para jantar e depois vamos ao cinema, saiu um filme novo que eu quero muito ver.

- OK.

×××mais tarde×××

Nós não devíamos ter saído. Estamos há quase 10 minutos a ser seguidos por um homem todo vestido de preto, do mesmo tipo de roupa que os comensais da morte usam.

Como é que eles sabiam onde nos encontrar?

Eu e o Demétrio acelerámos os nossos passos e ele logo sussurrou:

- Vamos para um sitio escondido, se ele nos continuar a seguir vamos acabar com ele

- OK. - sussurrei super nervoso, viramos uma esquina e começamos a correr em direção a um beco que estava entre dois prédios.

- Apareçam garotos, eu sei que vocês estão aí.

Nós estávamos escondidos atrás do contentor do lixo.

- Potter, tu não vais sair daqui com vida, isso te garanto, logo logo os meus aliados vão chegar e tu não terás saída.

Retirei a minha varinha do bolso a apontei para ele e pronunciei o feitiço:

- Reducto.

Um feixe de luz enorme saiu da minha varinha na sua direção e ele voou em qualquer direção mas estava escuro e eu não o conseguia ver.

Eu não acreditava no que tinha feito. Eu acho que matei alguém.

- Froy, CORRE. - disse Demétrio pegando na minha mão e corremos para a estação de metro.

- Dem, olha. - falei apontando para cima sem parar de correr.

Havia feiticeiros montados em vassouras por todo o céu.

- Vamos. Mais rápido. - falou correndo ainda mais depressa e eu o segui.

Um deles pousou rapidamente à minha frente, eu apontei a varinha na sua direção e disse:

- Bombarda Máxima.

Ele foi levado pelo ar juntamente com a explosão que saía da minha varinha.

Entramos na estação de metro e corremos o mais que pudemos para apanhar o metro mas alguém me puxou para dentro de uma sala, fechou a porta rapidamente e tapou a minha boca.

- Shhhhh, filho, sou eu.

- Pai?

- Calma, está tudo bem. - falou me abraçando e eu desabei a chorar nos seus braços.

- O que é que se está a passar?

- É uma longa história filho.

- Por favor.

- Ouve, eu sei que vai ser difícil mas eu quero que tu saibas que o pai nunca te vai abandonar outra vez, OK?

- Sim, mas apenas me conta o que se está a passar.

- Foi a tua mãe... Ela, ela não é mais a minha mulher.

- Porquê?

- Os comensais da morte apanharam-na a tentar bisbilhotar assuntos aos quais ela não devia ter acesso e a raptaram. Nós trabalhamos na área da investigação para o ministério da magia e é um trabalho muito arriscado.

- Onde é que ela está? - perguntei chorando.

- Ela agora é um deles Froy.

- Como... como é que ela pode?

- Eles disseram que se ela não se juntasse a eles, que a matavam a ela e a ti, ela fê-lo por vocês mas eles lavaram-lhe completamente a cabeça e ela agora é tão maldosa como eles.

- Porque é que eles estão atrás de mim.

- Eles querem vingar a morte do... daquele cujo nome não deve ser pronunciado porque o teu avô o matou. Eles não me podem matar e por isso estão atrás de ti.

- Porque é que eles não te podem...

- Froy, agora não, nós precisamos de ir embora.

- Para onde?

- Tu nunca devias ter saído de Hogwarts, não há lugar mais seguro do que aquela escola, é para lá que nós vamos, e eu não te vou deixar sozinho. - disse pegando no meu pulso e saindo daquela sala.

- Espera, o Demétrio.

- Quem é esse?

- Um amigo meu, ele estava comigo.

- Vamos procurá-lo, depressa.

Procurámos por toda a estação do metro e o encontrámos na casa de banho.

Quando dei por mim estava novamente arrumando as minhas malas para voltar para Hogwarts com o meu pai.

Os garotos ainda não sabiam de nada mas talvez fosse melhor assim. As pessoas que eu amo só vão estar a salvo longe de mim.

Gente... Votem e comentem, beijos e abraços 😘🤗.

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