Hannah
- Casamento. Esse foi o melhor! - Gargalhou enquanto cortava o peixe a sua frente.
Já fazia uns trinta minutos que havíamos saído do hospital e de lá viemos para um restaurante próximo.
- É muito errado o que nós estamos fazendo. - Segurei o riso.
- Mas é engraçado. - Bebeu um gole da sua água - E divertido. - Deu de ombros.
- Tenho que concordar. - Ri.
Conversamos mais um pouco e terminamos nosso almoço em silêncio.
- Vou pedir a conta. - Ele ia se levantar mas eu o chamei.
- Espera! - Ele se sentou novamente.
- O que foi?
- Ahm, nada. Vamos eu vou com você pagar.
- Não precisa, eu pago.
- Não, eu pago a minha e você paga sua.
- Eu sou seu "namorado". - Riu - Eu pago, se quiser pode esperar lá fora.
Bufei e sai para fora do restaurante.
Me sentei em um banco que tinha em frente á ele e fiquei observando a pequena praça a minha frente.
- Vamos? - Ele aparece do nada chamando minha atenção.
Como o restaurante era perto, nós viemos apé e o carro estava estacionado no hospital.
Assenti e me levantei.
- Vai voltar a ser tudo normal entre nós? - Perguntei enquanto caminhavamos.
- Como assim? - Me olhou.
- Você falou que estava tudo bem entre nós terça, só que continuou o resto da semana estranho comigo.
- Ah... - Ele desviou o olhar - É que eu andei meio ocupado.
- Para de mentir. - Empurrei-o de leve - Você passou a semana no video game e jogando bola com os meninos. - Gargalhei.
- Então, estava ocupado. - Deu de ombros e riu.
Revirei os olhos.
- Felipe? - Ele me olhou - Eu prometi pro Mateus que nós voltariamos lá mais vezes para ver ele, não me mata.
- Por que eu faria isso?
- Sei lá, está tudo bem para você?
- Sim, ué. - Riu.
Continuamos conversando até o carro e quando chegamos no mesmo, Felipe o destranca e entra e eu entro em seguida.
****
Uns vinte minutos depois havíamos chegado no condomínio.
— Como você acha que eles vão reagir? Na cabeça deles nós nos odiamos. - Apertei no botão do elevador.
— Relaxa, a notícia vai demorar a se espalhar não vamos se preocupar com isso agora. - Me olhou.
— Eu sei, mas eu não sei o que nós vamos falar! - A porta do elevador se abre.
— Na hora nós emprovisamos - Se encostou na parede metálica do elevador.
— E se der errado?
Ele revira os olhos.
— Já te falaram que você é muito pessimista?
— Não.
— Então eu falo, você é muito pessimista! - A porta do elevador se abre e logo saímos pela mesma.
Caminhamos até a porta do apartamento, Felipe coloca a chave e gira a maçaneta, assim que abrimos a porta praticamente somos comidos por olhares.
Amanda, Miguel, Bryan e Guilherme estavam na sala nos encarando e com a televisão ligada.
E eles estavam justo em um programa de fofoca, com a seguinte informação "O herdeiro Ramalho com uma suposta e nova namorada?", onde havia um video de nós dois saindo abraçados do carro.
É eles foram rápidos e até demais.
— Caramba, eu esperava uma semana para sair isso. - Sussurou no meu ouvido.
Suspiro.
— Vocês podem me explicar que porra é essa? - Meu irmão se levanta e vem até nós.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No Mesmo Quarto [Concluído]
Teen FictionDe férias da faculdade, Hannah decide passar o final do ano no apartamento do seu irmão mais velho que mora no Brasil. Hannah não vê Bryan a mais de cinco anos desde que ele foi para o Brasil a trabalho. Bryan mora no Rio de Janeiro com três garotos...