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Capítulo 8

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Capítulo 8.

Seis anos atrás.

Lena mordeu seu lábio inferior, batendo a sua caneta contra o caderno e apoiando a cabeça contra a palma da sua mão.

Ela estava bastante ansiosa, pois Kara, a sua paixão secreta e arrebatadora, estava preste a chegar para ajudá-la com os exercícios de matemática. Porém, o "problema" era que a Luthor era muito boa com números e equações.

Mas, Kara não precisava saber disso, certo?

- Filha? - Lilian chamou, colocando a cabeça pela abertura da porta, e a fitou com aprovação no olhar - Sua namo... - Tossiu para esconder sua risada - Amiga chegou.

Lena lançou um olhar carrancudo para a mãe, enquanto Kara, que estava atrás da Sra. Luthor, corou como o inferno e ajeitou seus óculos, nervosamente.

- Mãe! - Repreendeu, desgostosa e corada, levantando-se da sua cama - Mãe...Oi, Kara - Sussurrou, com um sorriso largo quando a viu - Entre, por favor! - Pediu, alegremente - E tchau, dona Lilian - Disse ao fechar a porta, assim que a loira entrou.

Lilian lhe lançou um olhar malicoso, antes da porta ser fechada completamente. Kara olhou o quarto e o achou lindo, mas arrepiou-se quando Lena tocou o seu braço.

- Desculpa. Minha mãe pode ser bem... - Franziu as sobrancelhas, fazendo o coração da loira palpitar e acha-la ainda mais linda - Estranha.

Kara assentiu, ajeitando os seus óculos de novo, e deixou a mochila vermelha sobre a cama de casal. Ela sentia-se ansiosa, nervosa e confusa sempre que estava perto de Lena.

Porém, ela já sabia o que sentia pela menina Luthor.

- Meus pais vão jantar na casa dos meus avós hoje, então... - A loira murmurou, mas os seus olhos escorregam até nos lábios vermelhos da outra - Não posso demorar muito - Completou, meio perdida.

Lena sorriu, pois sabia como afetava a loira. Havia se passado duas semanas do primeiro beijo delas, e a morena queria ter muito mais do que uma amizade colorida e escondida com Kara.

Ela queria ser a garota da Danvers.

- Vamos começar, Ka - Sorriu, sentando na beirada da cama, e puxou o caderno para o seu colo - O que foi? - Indagou, falsamente inocente, vendo como Kara tinha uma expressão aborrecida e frustrada.

- Nada, Lena - Resmugou, rabugenta, sentando-se ao seu lado e puxando o seu próprio caderno da mochila - Entã, vamos começar! - Pediu, porém os seus lábios pinicavam ainda espera de um beijo da morena.

Lena prendeu o riso, mas sabia que Kara esperava um beijo seu. Contudo, ele ficaria para mais tarde, assim como o que queria dizer também.

- Não entendo - Kara murmurou, confusa, duas horas depois, e a fitou com uma sobrancelha arqueada - Você realmente não sabe a matéria, ou usou isso como pretexto para me trazer na sua casa, Lena? - Perguntou, integrada e confusa.

A morena sorriu, deixando o seu caderno de lado, e as suas bochechas ficaram coradas.

- Na verdade, eu sei sim e isso foi apenas um pretexto para te trazer aqui, Ka - Confessou, aproximando-se, e depositou um beijo calido nos lábios rosados - Você sabe que sou bem direta, as vezes - Sorriu ao se afastar - E quero que você saiba que gosto muito de você.

- Eu também gosto muito de você, Lê - Kara confessou, sentindo o seu coração bater mais forte - E não é apenas como amiga - Corou.

Lena sorriu, feliz e satisfeita.

- Kara, estou extremamente e perdidamente apaixonada por você - A morena declarou sem rodeios, sentindo como se o seu coração fosse pular pela boca a qualquer momento - E quero saber... - Respirou fundo, tomando coragem - Se você aceita ser a minha namorada? - Pediu, ansiosamente.

Kara arregalou os olhos, e corou como o inferno. Ela sentia o seu interior ficar agitado e se contorcendo de felicidade.

Ela estava em êxtase.

Só que por estar em choque e sem reação, demorou alguns minutos para responder e Lena já começava a sentir-se rejeitada.

- Aceita logo, Kara! - Lilian soltou sem pensar, com a orelha colada na porta do quarto, e arregalou os olhos - Meninas, foi mal - Riu.

Lena bufou irritada, e Kara corou mais ainda. E olha que dava.

- Mãe! - Lena grunhiu.

- Sim! - Kara sussurrou - Eu aceito, Lê! - Repetiu com mais confiança e um sorriso imenso, fitando-a.

Os olhos verdes arregalaram-se, e Lilian fez uma dancinha idiota e feliz da vitória.

Trinta dias - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora