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Vinte e cinco dias atrás.

Kara abriu a porta do apartamento de Lena com brutalidade, fazendo-a socar contra a parede e o estrondo preencheu o silêncio, enquanto a sua namorada a seguia com uma expressão carregada e sombria.

- Eu não acredito que você fez isso, Lena. Você deu um tapa no rosto dele - A loira grunhiu irritada, tirando a bolsa e jogando-a contra o sofá negro -  Ele é a porra do meu amigo - Repetiu, enquanto começava a andar de um lado para o outro dentro da sala - Amigo - Afirmou, parando e encarou-a.

Lena abriu um sorriso de lado e debochado, negando a cabeça.

- Amigo? - Repetiu em tom de zombaria - Amigo que quer te comer, Kara? Pensa que eu sou idiota? Eu vi o jeito que ele te olhava - Gritou exasperada - Por acaso, você abriu as pernas e já deu para ele, Kara? - Perguntou enciumada e descontrolada, mas sem pensar nas consequências.

Assim que se deu conta do que havia dito, a cor surgiu do seu rosto e Lena arregalou os olhos, sentindo-se arrependida no instante seguinte.

O soluço alto e doloroso de Kara cortou o breve silêncio da sala, enquanto pegava a sua bolsa e caminhava na direção da porta. Ela sentia-se magoada, humilhada e injustiçada por quem mais amava.

 Ela sentia-se magoada, humilhada e injustiçada por quem mais amava

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Tudo não passava de um mal entendido entre elas. Lena havia ido encontrar a namorada na cafeteira, perto de onde a loira trabalhava por meio período, quando chegou e viu Winn segurando-a pela a cintura. Porém, Kara tinha apenas se desequilibrado ao se levantar rápido de mais e ficou zonza, pois mal tinha se alimentado durante o dia.

- Ka, me desculpe...Eu... - A morena pediu com urgência e desespero na voz, quando a loira passava por si - Amor...Precisamos conversar...

- Não encosta em mim, porra! - Ela mandou magoada e irritada, tirando bruscamente a mão da morena do seu braço - E não temos mais nada para conversarmos, Lena. Afinal, você já tem as suas próprias conclusões, e não me deixou explicar nada - Sorriu com sarcasmo.

- Kara, eu perdoo...

- Winn é gay - Kara cortou-a duramente - E ele apenas me ajudou, quando me levantei e fiquei zonza - Continuou com frieza na voz, porém as lágrimas caiam por seu rosto livremente - Passei os últimos dias fazendo das tripas coração, naquela merda de lugar que trabalho, e até esquecia de comer... - Passou as mãos nas bochechas - Para comprar a merda das nossas alianças de casamento, já que estariam pagando uma ótima contia para quem desenvolvesse o melhor projeto - Finalizou com a respiração ofegante e pesada.

A culpa e o remorso borbulhavan dentro de Lena, enquanto as lágrimas escorriam por suas bochechas, silenciosamente.

- Ka...

- Acho melhor pararmos por aqui, Lena - Kara murmurou, puxando o colar no seu pescoço e jogou-o aos pés da morena - Está claro que você não confia em mim, e não me procure mais - Ordenou sôfrega, saindo do apartamento como um furacão e fechou a porta com um estrondo alto.

Lena ficou paralisada no lugar e sem reação, chorando na penumbra do seu apartamento.

E naquela mesma noite, o carro de Kara seria atingido por um motorista bêbado, que a deixaria em coma

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E naquela mesma noite, o carro de Kara seria atingido por um motorista bêbado, que a deixaria em coma...

Trinta dias - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora