Capítulo 10

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Lá estava eu, dentro do carro que era utilizado para organizações de projetos e eventos no Evermmy e imprevistos como o meu, em que preciso ir ao hospital Rhannad para esses exames desnecessários. Essa escola acha mesmo que eu vou processar eles caso aquela queda tenha prejudicado algo dentro dessa minha cachola que por si só já é doida? Então eles estão certíssimos, porque se eu tivesse dinheiro processava mesmo! Principalmente porque a pessoa que causou a minha queda é insuportável da Grisela.

Voltei a realidade quando duas meninas e um menino entraram no carro. Depois de alguns minutos em movimento, os três começam uma conversa alta o suficiente para me irritar e para fazer minha cabeça doer mais ainda.

— Minha gente eu estou ansiosa demais com esse baile! — A menina de cabelos loiros com mexas rosas falava entusiasmada — Ainda mais com o filho dos colaboradores do evento. Ele é… sabe aqueles galãs e tudo mais? Ele é tipo isso só que melhor! — disse batendo palminhas.
— A-d-o-r-o — O menino disse, deduzi que ele estava tão empolgado com o baile e com o garoto quanto elas…
— Gente, eu estou direto fuçando as redes sociais dele, que homem! — disse a de cabelos castanhos de corte channel.
Redes sociais, algo que eu nunca tive… talvez eu me sinta até menos adolescentes por causa disso. E talvez isso explique por que a maioria dos alunos do Evermmy me achem uma alienígena, afinal nos dias de hoje é quase um crime não expor a vida para Deus e o mundo.

— Qual o nome dele mesmo? — O garoto perguntou, me tirando do meu devaneio, enquanto pegava o celular para pesquisar por si só informações sobre a vida do famoso em questão.
— David Lael Corrieth — A menina dos cabelos rosas fez questão de falar.

— Que?! — Me alterei quando reconheci o nome.

— Que foi querida? Surtou? — A menina de cabelos castanhos channel falou rindo.

— Não, é só que… — Antes de completar a frase o motorista freiou e só assim me dei conta que o carro já havia chegado ao meu destino.

— Voltarei para buscar a senhorita assim que os assistentes do hospital ligarem para o internato. Mas isso depende do resultado dos exames. — O simpático motorista falou. Agradeci em seguida.

Antes de sair do carro, a garota de cabelos channel me entregou um folheto.
— Vá tentar uma chance com o bonitão no Baile! —  e riu debochada.

Quase joguei na cara dela. Mas me contive. Guardei o folheto no bolso da minha calça jeans surrada. Agora me soava interessante aparecer no tal Baile.

Eu não podia acreditar na grande possibilidade de ser David o cara em que estavam falando. Afinal, por mais que eu desconhecesse o sobrenome dos pais adotivos dele, eu sabia que o segundo nome dele era Lael. Quantos David Lael existem? Aposto que são poucos, ou talvez apenas um: o meu David Lael.

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