Capítulo 5

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Acordei cedo e comecei a revisão nos projetos, afinal não queria que nada desse errado.

— Bom dia, gata!

Tirei os olhos do notebook e subi a minha visão para encará-lo.

Ele estava apenas de cueca e com o cabelo completamente desalinhado.

— Bom dia, gato borralheiro.

Ele deu uma risadinha e puxou uma cadeira para sentar ao meu lado.

— O que temos aqui? Muitas alterações?

— Até que não, mas ainda não consegui engolir esse balcão ao lado da porta de entrada.

Ele ficou analisando comigo algumas possibilidades, até que optamos pela mudança.

— Com certeza esse balcão fará mais efeito se estiver bem em frente a porta.

— Concordo, gata.

— Mas o que faremos com esse expositor?

Passamos a manhã analisando item a item, até que encontramos uma solução perfeita para cada um.

Satisfeita com o resultado final resolvi coar um café, com o meu amigo no meu encalço.

— O que temos para comer?

— Você pode fazer aquela omelete "à la David"? Ele é simplesmente maravilhoso.

— Assim como eu.

Joguei o pano de prato na sua direção.

— Metido!

Ele deu risada e concordou.

— Sempre!

A cozinha americana não era muito grande, mas tinha um tamanho suficiente para nos mexermos sem que esbarrássemos um no outro durante o processo.

Assim que as minhas narinas sentiram o aroma da comida a minha barriga roncou.

Escutei mais uma risada do cidadão ao meu lado.

— Isso morde? Juro que estou com medo.

— Idiota!

Acabei rindo da sua cara de falso espanto enquanto colocava as xícaras e o café sobre o balcão.

Abri a geladeira e após pegar uma jarra de suco de laranja o David acabava de ajeitar o nosso café.

Sentei no banco e juro que se eu demorasse mais um pouco para comer aquela omelete a baba ia começar a escorrer.

Nem puxei papo com ele, pois estava muito ocupada deliciando a refeição do meu prato.

Após devorar tudo cortei um pedaço de bolo de chocolate e enchi novamente a xícara com café.

— Uau!

Parei o garfo no meio do caminho da minha boca para olhar o engraçadinho.

— O que foi agora?

— A quanto tempo você não come?

Dei de ombros.

— A sua omelete? Há um bom tempo.

— Amorzinho, a omelete já foi traçada há muito tempo e desculpe, mas pelo jeito que está comendo podia ser qualquer coisa aí nesse prato, a pobre refeição seria devorada vorazmente do mesmo jeito.

Bufei e me compenetrei novamente na minha comida.

Ele faz isso para me provocar, mas sabe muito bem que quando estou ansiosa como feito uma draga. Sorte que o metabolismo acelerado me ajuda, e muito.

Match - Um grande erro 2 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora