Capítulo 16

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Isabella

— Eu vou ser forte — Minha irmãzinha diz com o olhar distante.

Manuela tinha que entender que ela era a peça mais importante de tudo. Ela carregava um filho e ela precisava entender a beleza disso, ou ficaria destruída.

Batidas na porta nos fazem mudar a postura.
Ela faz um sinal de que posso abrir a porta e Pedro entra.

— Tudo bem, Manu? — Ela coloca um sorriso fraco no rosto e afirma.

— Sim, tudo ótimo. Mal vejo a hora de ir para casa — Pedro sorri para ela e se volta para mim.

— Fico feliz — Se vira para mim — Vamos? Acho que você tem que descansar. Teve um dia cheio — Afirmo sem querer discutir com ele de novo.

Ando até a cama da minha irmã e beijo sua testa devagar e olho em seus olhos.

— Promete que vai fazer o que é certo e se cuidar? — Ela afirma com um sorriso no rosto.

— Prometo, mas tem que ser na hora certa — Ela olha para Pedro — Se for demais pra você guardar esse segredo pode contar a ele. Confio no Pedro — Essa parte ela diz baixo para que só eu escute.

— Obrigada. Eu te amo. Quando chegar em casa me envie uma mensagem, tudo bem? — Ela assente e Pedro segura minha mão, me tirando de perto dela e se abaixa para beijar a testa da minha irmãzinha.

— Fica bem, pirralha, qualquer coisa liga pra gente — Minha irmã revira os olhos.

— Pirralha é sua irmãzinha, eu já sou uma mulher — Manu dá língua e Pedro ri abertamente.

Nos despedimos dela e seguimos para meu apartamento. O dia tinha sido tão cheio que parece que a festa aconteceu a dias. Não conversamos no carro, mas ele fez questão de subir comigo.

— Vou tomar um banho, hidratar meu cabelo — Puxo as mechas endurecidas pelo cloro da piscina.

— Vou preparar alguma coisa para você comer. Não comeu muito bem lá — Reviro os olhos e entro no banheiro.

Pedro

Vi aquele otário olhando para Isabella e rindo com mais dois caras. Pelos gestos que ele fazia, parecia algo sexual. Arranjo uma desculpa e deixo meus Tios em uma conversa sobre carros e ando até Bella que conversava com sua irmã.

Mesmo eu estando presente, o cara fez questão de se aproximar e flertar com ela na minha frente e ver ela insinuando que aquilo era normal e que demais caras chegariam falando assim com ela me deu raiva. Porque para todos os efeitos, estávamos juntos. Ela quer um namorado ou um babaca de enfeite?

Me afastei delas e fui até o bar. Pedi uma cerveja e logo senti sua mão nas minhas costas.

— Ei, Peh — Ela se senta ao meu lado.

— Cansou de ser admirada pelos modelos? — Ela suspira, mas não diz nada.

— Se eu não posso beber, você também não pode. Tem que ser solidário. Estamos grávidos — Isabella retira a cerveja das minhas mãos e deixa em cima do balcão.

— Eu não sei como agir. Não estamos juntos e não sei como agir — Ela confessa me encarando.

— Eu também não sei — Digo e ela segura minha mão.

— Que tal voltarmos para lá e fingirmos que as coisas não são complicadas assim. Podemos ser só um casal feliz com uma filha a caminho — Ela sorri e acabo sorrindo junto.

Passamos bons momentos em família. Rindo e brincando. Ela era carinhosa comigo enquanto se sujava com o picolé de morango que pediu para pegar para ela. A tarde estava perfeita, até a Manuela passar mal.

Agora estávamos em casa. Quer dizer, na casa dela. Não é minha casa. É a casa dela. Reafirmo em pensamento.

Estou colocando uma omelete com tudo que tem direito no prato, quando ela chega enxugando os cabelos com a toalha.

— O cheiro está me deixando com água na boca — Ela fala se sentando e aproximando o nariz para sentir o cheiro.

— Então coma — Abro a geladeira e retiro três laranjas para fazer um suco.

Ela dá uma garfada na omelete e geme em satisfação, enquanto espremo as laranjas e coloco em um copo com gelo.

— Cuida tão bem de nós — Ela fala depois de tomar um gole de suco.

— Que tal vermos um filme? — Ela afirma sorrindo e foca no prato a sua frente, terminando tudo.

Lavo a louça que sujei para preparar tudo e ela vai até o quarto fazer alguma coisa.

Quando retorna está vestida com um conjuntinho curto de dormir, vermelho e com os cabelos secos.

— Detesto ficar com o cabelo molhado — Explica se sentando.

— Se importa se eu tomar um banho? — Ela nega e pego minha mochila.

O banho me deixa muito mais confortável. Coloco uma bermuda, mas não tenho nenhuma blusa limpa, então fico sem.

— Manu já está em casa. Acabou de me mandar uma mensagem — Isa fala deixando o celular de lado.

— Que bom. Ela deu um baita susto hoje. Fiquei pensando se fosse você. Acho que morreria de preocupação — Digo e ela sorri. Um sorriso cheio de significados.

— Tem medo de me perder? — Pergunta baixo, enquanto me sento ao seu lado.

— Claro que tenho medo de perder vocês. Por mais que não estejamos juntos, é muito importante para mim, Isa. Sempre foi e sempre será — Seus olhos entristecem um pouco, mas ela se aproxima e segura minha mão.

— Sei que temos um acordo, e as vezes me pergunto se ele não é um erro. Temos algo aqui, Pedro. Algo que não controlamos. Sempre foi assim. Por causa da imaturidade, não soubemos lidar com isso, mas agora temos a abelhinha e sinto que tem algo a mais. Sinto que devemos tentar de verdade... por nós... por ela — Ela fala com incerteza e se aproxima, deixando a boca rosada bem próximo a minha.

O cheiro de flores, me deixa com saudade. Seu corpo perto de mim é algo que nunca soube controlar. A necessidade de tocá-la queimava minha pele. Deslizei uma mão para sua nuca, ouvindo ela arquejar.

Pedro — Bastou meu nome em forma de sussurro sair dos seus lábios, para que eu os cobrisse com minha boca.

O melhor beijo sempre foi o dela, não existia outro. Nunca existiu boca mais doce, e o encaixe nunca foi tão perfeito. Suas mãos pequenas subiram por meus braços, tocando todo pedaço de pele exposta que encontrava, me fazendo gemer e endurecer de imediato.

Tentei concentrar meus pensamentos em Sara, mas nada parecia importar. Só ela. Só elas.

Trouxe Isabella para meu colo, com uma perna para cada lado do meu corpo. Sua boca deslizava por meu maxilar, enquanto sua barriga pontuda, se encaixava em mim. Se não fosse pela gravidez, a tomaria aqui mesmo, nesse sofá, mas ela precisava ficar confortável. Por isso a segurando com cuidado, a levei para o quarto.

As poucas roupas foram sumindo, até restar apenas pele na pele. Olhar aquela barriga pontuda me deixava com ainda mais tesão, porque era meu. Era nosso. Abandonando seus lábios, desci beijando seu pescoço, seios, barriga, até chegar a minha parte favorita. Isabella sempre gostou muito de sexo oral. Tanto de fazer, quanto de receber. Ela sempre foi muito receptiva ao meu toque e isso me deixava louco.

Gemi degustando seu sabor, enquanto ela agarrava os lençóis e gemia palavras sem sentindo algum. Isabella era perfeita e me enlouquecia.

Eu sabia que uma conversa seria necessária depois disso. Por que isso que faríamos agora, mudaria tudo.

***

Até amanhã com cena hot pissual kk

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