continuação do cap 3

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Acabou. Ivan estava com aquela espingarda, arma que seu pai conseguiu sendo cidadão de bem e a usaria para se defender. O demônio encarava o trio de garotos, a máscara rosa apenas mostrava uma expressão sarcástica, com um sorriso reto e olhos sem vida.

- Ivan? O que você está esperando? - Kelvin falava entre os dentes não tirando os olhos do rosado. - Atira.

Ivan levantou o cano, estava com o dedo no gatilho. Victor sentia vontade de tomar a arma do parceiro e ele mesmo atirar, mas não iria colocar em risco ele e seus amigos. E então houve um silêncio onde só se ouvia a respiração pesada de Ivan que não tinha mais poder sobre seu corpo. Estava paralisado e não teve a força e coragem de conseguir atirar.

E o que pareciam horas, foram dispersadas quando o telefone de gancho preso a parede da cozinha começou a tocar. O susto repentino tirou os meninos do transe e levaram seus olhares para o aparelho. E nessa hora eles não conseguiram ser rápidos. Aproveitando a oportunidade, Pink Devil deu as costas correndo para a saída do cômodo. Ivan engoliu seco a tentativa de tentar pará-lo com aquela espingarda. Os outros foram atrás do serial killer na tentativa de tentar capturá-lo. E ele foi atrás com a arma na mão, deixando o telefone ainda tocando para trás.

O demônio conseguiu atravessar a sala. Ele teve que parar diante a porta que levava a rua, ela estava trancada. Sem pensar duas vezes, a sola do seu pé se ergueu e colidiu contra a madeira branca. Kelvin e Victor estavam chegando e o viram escapar noite a fora.

A rua era iluminada por postes. O local estava deserto, via-se apenas um carro vindo do horizonte. A bordo se encontrava uma jovem, seus cabelos estavam soltos e iam balançando contra o vento. O automóvel seguia o caminho ecoando Lie To Me da banda 5 Seconds of Summer. Ela parecia tensa, para ser honesta com ela mesma, não fazia ideia de onde estava. Foi erguer sua visão para estrada que viu um vulto cor-de-rosa atravessando a rua. Da forma mais ágil possível, ele tentou frear e desviar, na sua cabeça ela só não queria causar um acidente.

O carro parou, o demônio desviou do carro e saltou sobre o capô. Os garotos chegavam a rua e ele correu para o outro lado da via, encontrou sua fuga num bueiro. Simplesmente se jogou no chão e foi arrastado até cair no buraco.

Desesperada ela sai do carro. A sua espera encontra o grupo de meninos e se assusta com a arma nas mãos de Ivan.

- Amanda? - Victor, assim como os outros estavam surpresos ao encontrarem a garota por esse bairro. - O que faz aqui?

- Eu não sei. - Ela estava ficou mais perturbada ainda se tocando sobre o que havia acabado de acontecer - Era o Pink Devil?

Ela recebeu um aceno positivo como resposta. O espanto não poderia ter sido maior. Os quatro se reuniram nas escadas da casa de Ivan onde ele decide largar aquela maldita espingarda. Kelvin conta a Amanda o que aconteceu. Após ouvir atentamente e dar um tempo para digerir tudo, ela diz que seria melhor chamar a polícia e todos concordam. Ivan por um lado, não conseguia dizer mais nada.

Amanda estacionou o carro na vaga em frente a casa. E todos voltaram para dentro do imóvel esperando a polícia. Ninguém tomou coragem de ir até o local da fuga do assassino. Os bueiros escondem muitas coisas, isso eles podiam ter certeza a partir de hoje. Mas bem ali fora mesmo, próximo a boca do bueiro, o demônio havia deixado algo cair. Ali estava sua máscara.

*

O colégio estava agitado essa manhã. O vídeo do assassino invadindo a residência de Junior viralizou e não havia outro assunto.

Tudo indicava que haveria uma palestra sobre os casos de assassinatos. Alguns diziam que o rosa voltou a moda por causa do demônio cor-de-rosa. Outros insistem em dizer que ele é uma criatura que foi invocada com o intuito de exterminar alunos populares. Mas para muitos, é um aluno.

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